Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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26 de ago. de 2014

Carta a um morto

Senhor Jackson Lago,

Sempre quis escrever esta carta. Devo confessar. Sei que agora o senhor está morto, mas se estivesse vivo provavelmente também não a leria. Aliás, como vai? Espero que me desculpe pela ousadia. Perguntar "como vai?" a um morto pode parecer ironia ou desrespeito, mas de fato me interesso pela sua vida. Desculpe-me, pela sua pós-vida. Mas não vou tentar adivinhar onde o senhor está. Isso não é comigo. Acima de tudo, peço que o senhor não se ofenda com esta missiva. Afinal, o senhor foi um homem público. Foi eleito governador do Maranhão – com a ajuda do meu voto, diga-se de passagem.

Primeiro, devo dizer que nutria pela sua pessoa grande admiração. Não só por sua figura austera, que me inspirava e me dava esperança de dias melhores, como também por sua destacada atuação no que se costumava chamar de “oposição”, aqui neste velho e surrado Estado do Maranhão. Oposição a um grupo que está no poder há mais de 50 anos. Essa oposição unia o senhor, políticos de diferentes origens e matizes ideológicos, profissionais de áreas diversas, cidadãos pobres, meio pobres, mais ou menos e também muitos ricos, artistas, pensadores, poetas e, provavelmente, o dono do Cuscuz Ideal. Mas há outra razão. Minha avó Maria Amélia, por quem nutro um amor filial e terno, muitas vezes me contou que tomou conta do senhor, ainda criança, em Pedreiras. Ela, já mocinha, conhecia sua família e por vezes cuidava de lhe trocar as fraldas. Suponho que dela o senhor não se lembre. Nem de mim, aliás.

Mas falemos de política. Há uma estranha e nociva inversão de valores em todos os lugares e áreas deste vasto mundo (talvez não na Nova Zelândia, mas este assunto fica para a próxima carta). Os eleitos para trabalhar pelo e para o povo se tornam pequenos monarcas, dignos de toda pompa e circunstância. Quando erram, tornam-se avessos a toda espécie de crítica. Com isso, não temos elegido servidores do povo, mas reis, rainhas, tiranos, semideuses.
   
Quando o senhor se candidatou ao Governo do Estado, após três felizes passagens  pela Prefeitura de São Luis, houve choro e ranger de dentes no grupo que ocupava o poder. E houve uma imensa alegria do lado de cá, daqueles que se diziam oposição, por um Maranhão mais livre, mais solto, mais crocante e com sabor original. Tive um lampejo de esperança de que finalmente – finalmente! – iríamos deixar o atraso decorrente de anos a fio de domínio político familiar nestas paragens. Mas descobri, também com seu Governo, que é muito difícil ter esperança no Estado do Maranhão. Em 2006, vi em sua candidatura uma oportunidade singular de darmos fim à letargia política deste pobre Estado. Não só eu. Em meu trabalho, a Universidade Estadual do Maranhão, colegas professores e funcionários e estudantes uniram-se pelo objetivo comum de elegê-lo governador. Não havia um só estudante que não declarasse, orgulhosamente, esperançosamente, o voto em sua candidatura. O senhor sabe, os professores universitários quase sempre acham que têm uma clarividência política que os demais mortais não têm. Pensam assim porque estudaram mais que a média da população, leram mais que a média, analisaram mais a situação política e debateram mais que a média. Ledo engano. Terrível engano.

Pois bem. Votei no senhor em 2006. Durante sua campanha, levava em meu carro, um Celta preto, 1.0, sua bandeira. Fui a um de seus comitês e pedi que soldassem, na parte traseira do carro, um suporte para que ela ficasse constantemente ali, tornando pública minha opção política e fazendo propaganda de sua candidatura. Também colei nos vidros do carro adesivos com seu nome e número (o 12!). Além disso, tinha o CD com aquela musiquinha “é 12, é 12, é 12, é 12...” e, ao sair de carro, os vidros abertos – pois não tinha ar condicionado – escutava-a no volume mais alto. Tenho o CD ainda hoje. Fiz campanha para o senhor como pude. Ganhei os votos que pude. Conversei com os colegas que encontrei pela frente, os amigos, os parentes, a fim de convencê-los de que o senhor era – enfim! – a solução. Sobretudo para a Universidade Estadual do Maranhão, tão empobrecida, carente de recursos, desvalorizada. Pensei que a Uema floresceria em seu Governo. Não só a universidade, mas toda a rede pública de Educação, que vive sempre dias de agonia em um Estado que apresenta os piores índices educacionais do Brasil.

Em 2007, entretanto, seu Governo propôs o PL 080/2007, transformado na Lei 8.592/2007, de 24/04/2007, pela Assembleia Legislativa do Maranhão. A Lei foi chamada por nós e pelos maranhenses de “Lei do Cão”. O senhor se lembra? Os vencimentos dos professores e de outras categorias do funcionalismo público seriam transformados em “subsídios”.  O que é um subsídio? Ora, o senhor deveria saber. Segundo o Artigo 39 da Constituição Federal, é a "forma de remuneração atribuída a membros de Poder,  detentores de mandato eletivo, ministros de Estado e Secretários Estaduais  e Municipais, fixado em parcela única, sobre a qual é vedada o acréscimo  de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação  ou outra espécie remuneratória..." E por que nós, professores, ficamos tão revoltados, senhor Jackson Lago? Porque com essa Lei o senhor acabou com várias gratificações e adicionais, que foram  transformados em "vantagens pessoais congeladas".

Na época, fizemos uma Carta à sociedade explicando as razões de nosso movimento, o porquê de termos de paralisar as aulas, de termos de ir às ruas, de termos sido obrigados a ir contra o governador pelo qual tanto havíamos lutado. Segundo a nossa Carta, vale lembrar, senhor Jackson, que sua lei:

  • Congelou a gratificação por titulação, adicional por tempo de serviço e percentual de insalubridade, todos transformados em “vantagens pessoais”;
  • Extinguiu a condição Especial de Trabalho e o Adicional de Risco de Vida que incidiam 100% sobre o salário dos servidores técnico-administrativos. Foram extintos, e seriam substituídos por "serviço extraordinário", em valores também congelados (ref. março/2007);
  • Substituiu "vencimento" por subsídio, que vedava a agregação de quaisquer vantagens, feria o sistema meritocrático que fundamenta a carreira universitária, o que poderia ter resultado na evasão de cérebros e inibido a absorção de novos cientistas e técnicos altamente qualificados;
  • Proporcionou insegurança jurídica se as "vantagens pessoais" seriam levadas para a aposentadoria;
  • Impôs dificuldades na elaboração e negociação dos novos Planos de Carreiras, Cargos e Salários, com o conceito de "subsídio".

Quero continuar a citar a Carta, que ajudei a escrever e revisei. Mais do que outro documento, é ela que diz como foi o tratamento que recebemos do senhor, na época. Sigamos:

Para os trabalhadores da Uemaprofessores e técnicos administrativos, que têm salários ancorados em vencimento, o regime de subsídios sepulta o sistema meritocrático e do aperfeiçoamento científico que fundamenta a carreira universitária, com perdas irreparáveis ao capital humano da instituição. [...] A reação dos professores do ensino básico, logo seguida por todos os  servidores da Uema, a essa insensatez do governo foi acertadamente, firme  e imediata, só lhes restando o recurso da greve, para lutar contra as  lesões que a lei causa nos seus direitos, tão duramente conquistados, ao  longo da história. A greve da Uema foi iniciada pelo Sintuema/Assuema no dia 02/05/07 e em seguida apoiada pelos professores reunidos em Assembleia no dia 07/05/07. Os trabalhadores da educação da rede pública estadual de ensino, por meio do Sinproessema, aderiram ao movimento no dia 22/05/07. O movimento grevista, composto de 11 entidades sindicais, está sendo coordenado pela  CUT/MA. Nos primeiros 30 dias da greve, fizemos várias passeatas contra a lei, em uma das quais fizemos o seu enterro simbólico. Participamos de cinco reuniões com representantes do Governo, nas quais as negociações pouco avançaram, por conta da intransigência do Governo em não aceitar a revogação da lei nem tampouco discutir alternativas ao regime de subsídio.

A última reunião que tivemos no Palácio dos Leões, solicitada e dirigida pelo governador Jackson Lago (25/05/2007), resultou na criação de três comissões por ele sugeridas, formadas por representantes do Governo e pelos membros da Comissão de Negociação: a primeira, para estudar a questão dos subsídios; a segunda, para estudar OS PLANOS DE CARREIRAS, CARGOS E SALÁRIOS, e a terceira, para estudar um plano para a educação no Estado do Maranhão.

À primeira reunião da comissão de estudo dos subsídios, enquanto compareceram todos os representantes da Comissão de Negociação, o governo mandou quatro servidores de escalões inferiores, quase todos sem informações e com conhecimento limitado sobre o assunto.

À segunda reunião, só compareceu um desses representantes, ficando então confirmado o esvaziamento das comissões sugeridas por Jackson, numa atitude tão desrespeitosa para com os grevistas quanto desmoralizante para o governador, pois induziu à convicção de que havia alguém com maior poder de decisão que o governador.

Diante dessa circunstância, a Comissão de Negociação decidiu buscar o apoio da Assembleia Legislativa, resultando numa demorada reunião da qual participaram, além do Chefe da Casa Civil, a Comissão de Negociação e oito deputados, inclusive o Presidente da Assembleia. Como resultado dessa reunião, a Comissão de Negociação assumiu o compromisso de apresentar as suas postulações sobre a revogação ou mudanças na Lei do Cão.

Tal compromisso foi honrado pela Comissão de Negociação, com a entrega de um documento ao Sr. Aderson Lago, no dia 14 de junho de 2007,  conforme ficara acordado. Em decorrência, Aderson anunciou aos grevistas que haveria uma reunião no início da semana seguinte, provavelmente, na terça, ou na quarta feira, pois na segunda feira, o Ministro Gilberto Gil estaria visitando a nossa cidade.

Enquanto a Comissão de Negociação aguardava pelo convite do Chefe da Casa Civil para a continuação do diálogo, o Governo, de modo traiçoeiro e mesquinhamente autoritário, apequenou-se: rompeu, unilateralmente, o diálogo e decidiu pedir à Justiça que decretasse a greve ilegal. O movimento grevista recorreu a alguns deputados federais da bancada maranhense e que são da base do Governo, no sentido de impedir que fosse pedida a ilegalidade da greve. Para tal, realizou-se, na residência do dep. João Evangelista, uma reunião com a Comissão de Negociação, da qual participaram os deputados: Domingos Dutra, Julião Amin, Ribamar Alves, Pinto da Itamarati e Cléber Verde, que tomaram conhecimento de toda a questão. 

No dia seguinte, os citados deputados reuniram-se com Jackson, trataram de vários assuntos, e sobre a greve, mesmo, só de raspão, mas foi o suficiente para ouvirem do governador a reafirmação de sua inabalável e inflexível decisão de pedir à Justiça que decretasse a ilegalidade do movimento, o que, de fato, ocorreu, para a decepção plena dos que votaram em Jackson, certos de estarem elegendo um Governo democrático.
           
Como está claro, tentamos de todas as maneiras conversar com o senhor. Nossa intenção não era, de início, entrar em greve. Mas o caráter autoritário de seu Governo, assim como sua inflexibilidade, levou-nos a reagir, a fim de tentar preservar o pouco que tínhamos de nossas  carreiras. Procuramos informar a sociedade maranhense que havia algo errado, profundamente errado, em sua iniciativa. Fiz parte da Comissão de Greve e pude acompanhar de perto o esforço dos colegas para esclarecer o povo, pedir ajuda, abrir o diálogo com as autoridades, levar as informações corretas aos estudantes e suas famílias e à população, de modo geral. É claro, tentamos falar com o senhor, que não nos recebeu em nenhum momento, tratando-nos como indigentes à porta de seu palácio. Logo a nós, senhor Jackson, que tanto havíamos lutado para que o senhor se elegesse! Que grande e triste surpresa! A cada assembleia, a cada reunião, chegávamos à conclusão de que elegê-lo havia sido um erro. Não bastasse a Educação e a Saúde estarem vivendo graves problemas, a crise da Segurança Pública tornava-se mais e mais complexa – a secretária, Eurídice Vidigal, era mulher de seu amigo, Edson Vidigal. A propósito, seu Governo, em termos da contratação e do beneficiamento de amigos e parentes não foi muito diferente dos sucessivos governos da oligarquia. Mas vou falar disso em outro momento.

Também preciso dizer, oportunamente, que seu Governo não se fez sozinho. Por isso mesmo, o hoje candidato pelo PC do B ao Governo do Maranhão, dono de um discurso quase idêntico ao seu, o juiz Flávio Dino, na época foi ao Supremo Tribunal Federal a fim de defender a Lei 8592/07, a nefasta "Lei do Cão", implantada pelo senhor e derrubada pela governadora Roseana Sarney assim que assumiu o comando do Estado, em 2009. Quem denunciou isso? O hoje candidato ao Governo pelo PSTu, Saulo Arcângeli, que na época era professor da Universidade e estava conosco no propósito de barrar a citada Lei. Flávio Dino, que era então deputado federal, também se preocupou em ir aos sindicatos e associações de servidores – Sindjus (Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Maranhão), Sinproesemma (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão), Sintuema (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Estadual do Maranhão), Assuema (Associação dos Professores da Uema)  a fim de nos pressionar a aceitar o acinte que sua Lei nos impunha.

No final das contas, o senhor deve também se recordar, o STF determinou que seu Governo suspendesse a vigência da malfadada Lei 8.592/2007. Essa suspensão foi solicitada pelo PMDB e aprovada por 10 dos 11 ministros do Supremo. Isso obrigou seu Governo a retornar ao sistema antigo de pagamento dos salários dos 120 mil servidores da administração direta e indireta, suspensos pela sua Lei do Cão. No Magistério, somente, ficaram parados 35 mil professores do Ensino Básico (83 dias) e da Uema (103 dias).

Mais? O senhor quer mais? Ora, quem sou eu, senhor Jackson, para contestar esse tal “legado” que seus amigos dizem que o senhor nos deixou. Não é? Porque aqui no Maranhão a construção política quase sempre não é feita com fatos, mas com relações de compadrio, de camaradagem, de oportunismo, cobertas de inverdade e interesses escusos. Obviamente, quem quer que conteste seu grande legado será mal visto. E mal quisto. Eu me preparo para as pedras e para os tomates, como sempre me preparei. O que não faço nem farei é engolir mentiras para dizer que estou do lado de alguma verdade.

Sigamos. Vamos mais adiante. Em uma de nossas passeatas, pacífica, como todas as que ajudei a organizar e das quais participei, o senhor enviou a Polícia Militar para nos receber. Devo dizer ao senhor que tenho verdadeiro respeito pela PM, e que já tinha dado aulas para turmas do Curso de Formação de Oficiais, na mesma Uema que o senhor queria destruir. Por isso mesmo, encontrava, aqui e ali, alguns de meus alunos. Estupefatos, pediam desculpas por estarem ali. Sabiam que nosso movimento era legítimo. Que não estávamos armados. Que estávamos caminhando pacificamente – assim como pacificamente havíamos acampado em frente ao Palácio dos Leões, e ali também cheguei a passar uma ou duas noites – nós, professores e estudantes, funcionários, parentes. Pacificamente, portanto, recebemos as balas de borracha e os gases lançados contra nós. O que fizemos? Corremos. Uma de minhas alunas, que estava próxima a mim, foi baleada com as tais balas de borracha. Sua perna, inchada, aparecia sob o jeans da calça, rasgado.

Levei-a ao hospital, aquele da Rua do Passeio, chamado de “Socorrão”. Novo choque, senhor Jackson! O que vi ali me deixou mais horrorizada ainda com seu Governo. Os corredores estavam lotados, não havia circulação de ar, doentes velhos, novos, graves e menos graves se misturavam. Esperei minha aluna ser atendida e fui me embora dali. Se na Educação seu Governo demonstrava total inépcia, na Saúde não se saía melhor. E o senhor era médico. Médico. Isso nunca me saiu da cabeça. E há os que defendem o “seu legado”! Minha aluna ficou semanas sem andar direito, sentindo muita dor. A dor que eu sentia era no coração. Eu me sentia enganada. Saí daquele hospital, fui para casa e, nos dias seguintes, adoeci. Devo ter pego alguma virose no Socorrão. Enquanto esses fatos se passavam, o senhor deveria estar em seu gabinete, cercado por seus assessores. Soube, aliás, que alguns deles saíram de seu Governo em ótimas condições financeiras. Pelo menos alguém foi ajudado, diria Oscar Wilde, ironicamente. Seus assessores, secretários, amigos, correligionários. Seus cúmplices.

Quando o STF cassou seu mandato, estávamos exaustos. Achei a cassação injusta, fruto de manipulação política orquestrada pelo grupo que manda há muito tempo no Estado. O senhor tinha sido eleito pela maioria, e eu chamei essa cassação de golpe branco. Apesar disso,  e peço que o senhor tente se colocar no meu lugar – não fui às ruas para defendê-lo. Eu e meus colegas, alunos, parentes e amigos teríamos ido às ruas defender sua permanência, mas estávamos cansados, ainda estupefatos com a sua Lei do Cão e, finalmente, preocupados em repor os dias de aula perdidos. Teríamos ido às ruas lutar para que o senhor terminasse seu tempo de Governo, mas nós nos perguntávamos qual a razão para defender um político que só havia nos atacado. Por que ir ao STF pedir que anulasse sua decisão a fim de beneficiar um Governador que estava prejudicando o Maranhão. Por que lutar para que o senhor continuasse propondo leis injustas, prejudicando a Educação, a Saúde, a Segurança Pública, como era notório. Então não fomos. Então o senhor saiu do Governo. Perdeu a melhor oportunidade da “oposição”, até aquele momento, para melhorar o Maranhão. Continuamos ruins. Continuamos deficitários. Continuamos nos últimos lugares. Continuamos sendo notícia por causa de nossa ineficiência, do roubo dos políticos, da violência, da falência do sistema prisional. Se for falar para o senhor de todos os nossos problemas, terei que produzir uma enciclopédia.

Por outro lado, senhor Jackson, sinto que devo agradecê-lo, sinceramente. Porque comecei a perceber, com o senhor, que ser oposição ou situação, aqui no Maranhão, dá na mesma: resume-se a quem vai comer o bolo. Quem vai enriquecer. Quem vai ser o califa da vez. Os grupos podem se alternar, e neste exato momento o senhor deve estar acompanhando estas eleições, em que o então na época deputado federal Flávio Dino, que lutou para nos prejudicar, publica aos quatro ventos que quer “mudar o Maranhão”. Ele está certo. Ele quer tirar a oligarquia do poder porque talvez tenha chegado a sua hora de abocanhar o bolo. O que entendo é que seja ele, seja outro, o Maranhão continuará a mesma coisa. Por isso costumo dizer que o único legado que o senhor nos deixou foi a decepção – ainda que esta seja a inaceitável verdade.

Maya Felix
São Luis, 25 ago 2014.

P.S. Devo fazer um mea culpa, sr. Jackson: o hospital Socorrão, que cito neste texto, não era nem é responsabilidade do Governo do Estado do Maranhão, mas da Prefeitura de São Luis. E em 2007 o prefeito era o sr. Tadeu Palácio, médico como o sr. Desculpe-me pela injustiça. O estado lastimável do Socorrão, de fato, não era culpa de sua administração.

23 de fev. de 2014

uma visão estreita que vai pelo caminho largo

"[...] é preciso fazer a diferença entre o dom de curar e as curas que Deus faz em resposta à oração. Aqueles que tinham o dom de curar - e parece que estava restrito aos apóstolos e seus associados - nunca falhavam. Cada vez que determinavam a cura, ela acontecia. Não há caso registrado de alguém com dom de curar, como Paulo e Pedro, terem comandado a cura que ela não tenha acontecido. E estamos falando da cura de cegos, coxos, aleijados, surdos e mudos, muitos dos quais nem tinham fé. E mesmo da ressurreição de mortos. Obviamente não apareceu depois dos apóstolos ninguém na história da Igreja, até os dias de hoje, com este mesmo poder." (Augustus Nicodemus, pastor presbiteriano cessacionista, mostrando que conhece as obras do Espírito Santo nos dias de hoje tanto quanto eu conheço a Gramática do Mandarim) 

O link: http://tempora-mores.blogspot.com.br/2013/02/entrevista-sobre-cessacionismo-e.html

Meu comentário: Obviamente, sr. Nicodemus, o poder não era "dos apóstolos", mas de Deus, e este mesmo poder, deste mesmo Deus, permanece, continua e age em quem Deus quer que aja, por meio de quem Ele escolhe para manifestar sua glória. Se o sr. não vê, isso não significa que não exista e que muitos outros não o tenham visto agir. E benditos os que não viram e creram. Leia aqui: O Espírito Santo cura HOJE.



10 de fev. de 2014

Recortes de São Marcos

amarelokiboncasquinha doismolduracasquinhapedra
belo horizonteeducaçãoferrugemtravellinglonaescola de surf
kibon doisreflorestamentocartier bresson deuxteen poweraquáriocartier bresson
fogareirosansão e as ostrasdunapoubelle

Recortes de São Marcos, um álbum no Flickr.
Fotos tiradas na tarde do dia 8 de fevereiro, domingo, na Praia de São Marcos (ou Praia da Marcela), em São Luis do Maranhão.

6 de mar. de 2012

amar é ser vulnerável


“To love at all is to be vulnerable. Love anything and your heart will be wrung and possibly broken. If you want to make sure of keeping it intact you must give it to no one, not even an animal. Wrap it carefully round with hobbies and litt...le luxuries; avoid all entanglements. Lock it up safe in the casket or coffin of your selfishness. But in that casket, safe, dark, motionless, airless, it will change. It will not be broken; it will become unbreakable, impenetrable, irredeemable. To love is to be vulnerable.” C.S. Lewis
 
"Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, você não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva-o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro, sem movimento, sem ar -- ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai se tornar indestrutível, impenetrável, irredimível. Amar é ser vulneravel." [C. S. Lewis, em Os Quatro Amores]

19 de mai. de 2011

Grande manifestação em favor da família, da liberdade de expressão, da liberdade religiosa e contra o PLC 122/2006 em Brasília

Se você mora em Brasília, em Goiânia ou em Belo Horizonte, ou em alguma cidade próxima, ou em alguma cidade distante, mas crê que vale a pena participar... Se você acredita que a liberdade de expressão está ameaçada com o PLC 122/2006, de autoria do PT... Se você acredita no que diz a Bíblia sobre a família e quer continuar a ter o direito de expressar o que pensa... Se você acredita que o Brasil deve evitar a todo custo entrar numa ditadura de poucos... Se você acredita que todo ser humano deve ser respeitado, mas não há uma categoria ou um grupo acima de outros... Se você acredita... Participe!

13 de fev. de 2011

relativismo cultural é blablablá que só funciona em conversa de mesa de bar



Blablablá



por Luiz Felipe Pondé

O que você faria se estivesse a ponto de assistir a um ritual de antropofagia? Interromperia (sem risco para você)? Ou deixaria acontecer em nome do relativismo cultural (essa ideia que afirma que cada um é cada um, que as culturas devem ser respeitadas em sua individualidade e que não podemos compará-las)?

No primeiro caso, você seria um horroroso descendente dos "jesuítas"; no segundo você seria um relativista chique. Sempre suspeitei que esse papo relativista fosse blablablá. Funciona bem em aula de antropologia, em bares, em parques temáticos e lojas de curiosidades. É evidente que "jesuítas" de todos os tipos fizeram horrores nas Américas. Todo adulto bem educado sabe que é feio condenar cultos à lua ou à chuva. Mas há algo no relativismo cultural que me soa conversa fiada: o relativismo cultural morre na praia quando você é obrigado a conviver com o Outro. E o "Outro" nem sempre é legal.

Se você aceita a antropofagia em nome do respeito à "cultura", aceita implicitamente a ideia de que o valor da vida humana seja subordinado à "cultura". A vida humana não tem valor em si. Todo estudante de antropologia sabe recitar esse credo. Quando confrontado com dilemas como esse, o relativista diz que se trata de uma situação meramente hipotética (hoje não existe mais antropofagia). Mas a verdade é que quando o relativista diz que a antropofagia é hoje quase nula, e, portanto, esse dilema não tem "validade científica", está literalmente correndo do pau porque "alguém" acabou com a antropofagia, não? Por que a antropofagia "acabou"?

Algumas hipóteses: 1) os antropófagos foram mortos por gripes ou em batalhas; 2) foram convertidos pelos horrorosos "jesuítas" e seus descendentes; 3) descobriram formas mais fáceis de comer e rituais que deixam as pessoas (isto é, os Outros) menos irritadas e com menos nojo. É importante conhecer o "lugar" da antropofagia nas religiões dos canibais, mas isso é apenas um "dado" antropológico. Uma descrição de hábitos (ruins). Mas o relativista tem que correr do pau mesmo, porque seu credo funciona bem apenas nas conversas de salão. A vida é sempre pior do que as festas. Relativistas culturais são, no fundo, puritanos disfarçados, gostam de "aquários humanos".

Os seres humanos são culturalmente promíscuos, e "a cultura" sem promiscuidade (trocas, misturas, confusões) só existe nos livros. Use internet, televisão, celulares, aviões e estradas, faça sexo ou guerra, e o papo do relativismo cultural vira piada. Na realidade, as pessoas lançam mão do argumento relativista somente quando lhes interessa defender a "tribo" com a qual ganha dinheiro e fama. O problema com o debate sobre os índios (ou qualquer outra cultura considerada "coitada") é a mitologia que ela provoca. Se, de um lado, alguns falaram dos índios (erradamente) como inferiores, bárbaros ou inúteis, por outro lado, os que "defendem" os índios normalmente caem no mito oposto: eles são legais e só querem viver "sua cultura", e eles não são "capitalistas" como nós, e blablablá. Índios gostam de poder como todo mundo, vide os índios "conscientes de seus direitos" devorando computadores, celulares e internet no Fórum Social, em Belém -ou ficam na idade da pedra mesmo e precisam que o Estado os defenda do mundo.

As culturas mais bem-sucedidas são predadoras e seduzem as mais fracas (ser mais bem-sucedida não implica ser legal). Por que levar medicina científica (invenção dos "opressores") para as aldeias? Não seria contaminação "cultural"? Vamos ou não brincar de "curandeiros"? Que tal abraçar árvores? Se você é católico e quer ser fiel aos seus princípios, você é um retrógrado; se você quer viver no meio da selva (com direitos adquiridos porque você é de uma cultura "coitada"), você é apenas uma tribo com direito a integridade cultural. O conceito de cultura é quase um fetiche do mercado das ciências humanas. Não que não existam culturas, mas o conceito na sua inércia preguiçosa só funciona no laboratório morto da sala de aula ou do museu. A vida se dá de forma muito mais violenta, se misturando, se devorando.

Nada disso é "contra" os índios, mas sim contra o relativismo como ética festiva. O oposto dele não é o obscurantismo, mas a dinâmica da vida real. O relativismo é um (velho) problema filosófico e um "dado" antropológico. Um drama, e não uma solução.


***

Pesquei do Paulo Lopes Weblog. Sugestão de leitura do Gutierres Fernandes Siqueira.

Leia também: Brasil: infanticídio indígena e relativismo multicultural, no Mídia Sem Máscara.

6 de dez. de 2010

luiz felipe pondé


A atitude conservadora, que não é defesa irracional do passado, significa o cuidado com nossa história cognitiva, emocional e intelectual

1. REACIONÁRIO é um termo comum em assembléias e bares. Visa tornar a vítima inelegível para jantares inteligentes, aniquilando a sua vida acadêmica. Pensamento, sensibilidade e ceticismo são termos mais afeitos à crítica que supera os vícios da medrosa utopia moderna. Paralisado diante do que desconhece, o medo moderno prefere reduzir essa atitude a seus fantasmas infantis: fogueiras da inquisição, fé cega e obscurantismo medieval. Erra, como todo preconceituoso, pois a discussão se dá estritamente no campo da razão e da defesa do comércio livre de idéias. A atitude conservadora -que não é uma defesa irracional do passado- significa o cuidado com nossa história cognitiva, emocional e intelectual contra a tendência totalitária do irracionalismo moderno, que detesta a realidade e decide modificá-la à luz da teoria que melhor apetece às suas pequenas manias inconfessáveis.

2. Esse irracionalismo fracassado delira com um mundo a partir de teorias de gabinete e suas reconstituições abstratas da realidade. O homem utilitarista de mercado, a metafísica marxista, o radical progressista, a asfixia burocrática, o gozo instrumental, a álgebra psicopolítica, todos estrangulam a experiência humana.

3. O pensamento religioso é mais sábio do que os ídolos dos últimos 200 anos que criaram fórmulas de perfectibilidade para nossa risível Babel. Filosofia, ciência e religião devem fundamentar a formação dos mais jovens. A relação entre razão e infelicidade é empírica, a relação entre razão e felicidade é ideal. Contrariamente ao pensamento mágico que se crê científico, reconhecer a sabedoria da religião nada tem a ver com a contradição moderna entre razão e fé, pois tal oposição já é fruto de má filosofia.

4. A natureza humana não é passível de redução a abstrações e deve ser olhada com respeito e temor: somos agressivos, banalmente interesseiros, às vezes santos. A "educação" - engenharias pedagógicas de última geração - nunca conseguirá "inventar" o homem ético abstrato. Contra o sonho da publicidade psicossocial, razão e emoção não fundam valor. Nem se deduz avanço a partir dos clichês da crítica social. Crítica e virtude não são necessariamente irmãs gêmeas. Formação é um conceito mais sofisticado do que os manuais de felicidade social podem ensinar. A conduta humana é em muito fruto de processos que transcendem a especulação racional e deitam raízes no passado ancestral. Prudência, delicadeza e tremor devem nos guiar na formação.

5. O "puritano" moderno ama o homem abstrato e detesta a multiplicidade intratável que sangra. Facilmente ele se torna um pregador sem a contrapartida da piedade, que apenas aqueles que se sabem maus podem, talvez, contemplar.

6. Para além do mapa astral e do acúmulo do capital, um problema estrutural do humano é o orgulho desmedido e reativo contra sua evidente condição de sombra, silenciosamente contemplada no espelho e nos hospitais ao longo da banalidade das horas. Responsabilizar prioritariamente o contexto pela desgraça humana é uma mentira científica e tagarela.

7. Todo governo é opressor. O que impede que sua forma invisível esmague o indivíduo são as instâncias intermediárias de poder entre ele e o Estado, que jamais deve ser um agente moralizador. O pior Estado é aquele que cria valores. A importância da Idade Média, entre outras coisas, está na falta de uniformidade das instâncias de poder, mas o irracionalismo moderno só conhece a Idade Média dos iluministas e do cinema. A democracia corre o risco de se alimentar de mediocridade em nome da igualdade e da eficácia.

8. Mudanças pontuais e prudentes contra a agonia humana são bem-vindas, mas não a partir de teorias sociais ou psicológicas gerais. Nossa perigosa espécie acumulou ao longo dos milênios um delicado equilíbrio contra o risco contínuo de autodestruição. Não podemos crer nas engenharias psicossociais de almas afoitas em fundar um paraíso para seres com tão grande vocação para a mentira como nós.

9. Um traço cognitivo moderno é seu hábito metafísico inconsciente. Por exemplo, não existe tal coisa denominada "A liberdade", mas apenas lugares onde o governo, a mídia e as outras pessoas não podem entrar quando são indesejáveis.

10. Mais do que idéias, e contra o narcisismo dos vivos, o que nos humaniza é o convívio com os mortos e com os que ainda não nasceram.

LUIZ FELIPE PONDÉ, 47, filósofo e teólogo, é professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e da da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado). É autor, entre outras obras, de "O Homem Insuficiente".

23 de out. de 2010

dedução, maiakóvski.



Dedução

Não acabarão nunca com o amor,

nem as rusgas,

nem a distância.

Está provado,

pensado,

verificado.

Aqui levanto solene

minha estrofe de mil dedos

e faço o juramento:

Amo

firme,

fiel

e verdadeiramente.


Vladimir Maiakóvski






























3 de out. de 2010

Dia de votação: tudo azul!




Vim para São Luis (MA), a fim de votar. Estas fotos foram feitas hoje de manhã, no local de votação. Nesta logo acima, eu e minha mãe, de azul, e duas sobrinhas, parentes nossas. :) Votamos em José Serra, do PSDB (45). Vamos ter segundo turno e temos esperança de que o Brasil n ão se torne uma Venezuela, como tem acontecido. Um abraço a todos!

17 de set. de 2010

a formiga e a cigarra: atualizando a fábula!


A FORMIGA E A CIGARRA


Era uma vez uma formiga que trabalhava duro, de sol a sol, construindo sua toca e acumulando suprimentos para o longo inverno que se aproximava.

A cigarra viu aquilo e pensou:

- Que idiota!

E passava o tempo todo dando gargalhadas, cantando e dançando. Assim, passou todo o verão...

Ao chegar o inverno, enquanto a formiga estava aquecida e bem alimentada, a cigarra, que não tinha abrigo nem comida, morreu de fome.

MORAL DA HISTÓRIA:

Trabalhe duro! Seja previdente e responsável!


VERSÃO BRASILEIRA:

Era uma vez uma formiga que trabalhava duro, no sol escaldante de verão, construindo sua toca e acumulando suprimentos para o longo inverno que se aproximava.

A cigarra pensou:

- Que idiota!

E passou o verão dando gargalhadas, cantando e dançando como nunca.

Ao chegar o inverno, a cigarra, tremendo de frio, armou uma barraca de lona na entrada da toca da formiga, convocou toda a imprensa para uma entrevista e exigiu explicações!

- Por que é permitido à formiga ter uma toca aquecida e boa alimentação, enquanto as cigarras estão expostas ao frio e morrem de fome?

Todos da imprensa compareceram à entrevista: SBT, Band, Zero Hora, Jornal do Brasil, Correio Braziliense, Estadão, Rede Globo, CBN etc. Tiraram muitas fotos da cigarra trêmula de frio e com sinais de desnutrição! As imagens dramáticas na televisão mostraram uma cigarra em deplorável condição, sentada num banquinho, debaixo de uma barraca de plástico preto... E, mais adiante, mostraram a formiga, em sua toca confortável, com uma mesa farta e variada! O canalha do Datena apresentou um quadro de 15 minutos, mostrando a cigarra cambaleante!

O povo brasileiro fica perplexo e chocado com o contraste!

A BBC de Londres manda ao Brasil uma equipe para fazer uma reportagem especial a ser distribuída em rede para toda a Europa! A CBS, nos EUA, interrompe uma entrevista coletiva sobre as ações no Iraque, antes da entrega do Oscar, para mostrar como anda a cidadania das cigarras brasileiras... A notícia recebe o apoio imediato do PT, com a ressalva de que os recursos devem ser dirigidos ao programa Fome Zero, do Governo Lula... E cogita-se uma Emenda Constitucional para que se aumente os impostos para as formigas e ainda obriga as comunidades a promoverem a integração social das cigarras.

A formiga, multada por supostamente não entregar sua quota de folhas verdes ao Ministério das Folhas e não tendo como pagar todos os impostos e contribuições que foram apurados retroativamente, pede falência!

A Câmara Federal instala uma comissão de inquérito para investigar a falência fraudulenta de inúmeras formigas abastadas.

O Ministério das Folhas nomeia uma comissão de auditores fiscais, suspeitando que as formigas tenham desviado recursos do FF5 (Folhas Frescas nº 5, do Banco Central), lavando folhas!

A cigarra decide invadir a toca da formiga e lá acampa!

A formiga pede ajuda à polícia, mas essa informa que não dispõe de efetivo para atender ocorrências dessa natureza, e, que, também por orientação do Secretário de Segurança, deseja evitar confronto com os "Sem Tocas", não podendo atuar.

A formiga entra na justiça para obter a reintegração da toca, mas o pedido é negado! O juiz, invocando um novo ramo do direito, "o econômico", sentencia que a formiga não provou a produtividade da Toca!

O Ministério da Reforma Agrária desapropria a Toca da Formiga, por não cumprir sua função social, e a entrega à friorenta e desnutrida cigarra...

O Ministério da Justiça, examinando exemplares do jornal Última Hora, descobre que a cigarra fora presa no passado, por promover greves, assaltos e sequestros ("crimes políticos")... Assim, inclui a cigarra no grupo dos perseguidos políticos com direito a indenização federal e pensão vitalícia!

Agora, quando começa novamente o verão, as formigas trabalham e as cigarras cantam e dançam...

MORAL DA HISTÓRIA?

Você decide!
 
***
 
COLABORAÇÃO: Paula Costa

3 de ago. de 2010

os pastores das igrejas assembleias de Deus e as eleições de outubro 2010, por joão cruzoé

No dia 03 de outubro de 2010, serão realizadas eleições para todos os cargos políticos eletivos desta nação, exceto para prefeitos e vereadores. As principais matérias de cunho anticristão, tais como aborto, casamento gay, projeto de lei da homofobia, projeto de direitos autorais da internet e outras, estão estrategicamente escondidas nas gavetas do Congresso esperando o término dessas eleições para voltarem com toda força. No momento, os crentes, que sempre foram considerados o atraso da sociedade brasileira pela grande maioria dos políticos, estão sendo paparicados e adulados.

Creio que isso não é novidade para nenhum dos leitores.

Como também não é novidade a certeza de que muitos políticos descrentes têm de que é muito fácil comprar o voto dos evangélicos a partir de propostas indecentes para seus pastores. Eles sabem que a fé e a moral desses pastores são bem relativas -- com as raras e abençoadas exceções de sempre.

Pois bem, assim que os próximos deputados federais e senadores tomarem posse, em 2011, todos os assuntos antibíblicos engavetados e camuflados voltarão à pauta. E os crentes voltarão a ter o cheiro ruim de fundamentalismo e atraso que eles sempre disseram, depois de eleitos.

Se esses projetos contrários à Bíblia se converterem em Lei -- como já aconteceu na Argentina, no Chile e na Suécia, berço dos missionários que fundaram e organizaram a Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Brasil -- eu tenho algo muito grave a dizer. Se essas leis vieram a prejudicar a sociedade brasileira, é por culpa principalmente dos pastores da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

Por que?

Porque seus templos recebem a visita de todos os candidatos com pretensão ao Congresso Nacional. Os homens que decidirão o destino das leis. Esses pastores sabem exatamente o que deve e o que não deve ser feito com os votos dos membros das suas Igrejas. E digo mais: que é muito difícil um aspirante ao Congresso Nacional, hoje, conquistar seu cargo sem votos de evangélicos.

Se, na próxima legislatura, as crianças e adolescentes de nossas Igrejas voltarem para casa com uma cartilha de homoafetividade na mão, impressa com autorização do MEC, como está acontecendo no Chile; se, no dia de amanhã, pastores forem obrigados a mudar a liturgia ministerial em suas Igrejas para se adequar à lei de homofobia, como aconteceu na Suécia; se, no dia de amanhã, quebraram as portas de templos evangélicos para celebrar casamentos e outros eventos para gays e lésbicas, eu vou culpar e responsabilizar principalmente os pastores da "minha" Igreja -- a Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

Vou culpar por não conscientizarem seus membros, porque eu não me atreveria a pensar que os culparia por negociar os votos potenciais de suas Igrejas em favor de ímpios por dinheiro ou vantagens inescrupulosas. Ou por empregos para parentes, terrenos para templos ou cinco milheiros de blocos.

Senhores pastores, o voto evangélico representa, no mínimo, 25% dos eleitores desta nação. Não costumamos votar com base em vida religiosa dos candidatos, mas por sua potencial competência. Mas, de agora em diante, os candidatos comprometidos com causas inimigas da Igreja, ainda que vierem vestidos de branco e trazendo auréola de santos, não merecem o nosso voto. Não devem receber um voto que seja de um cristão que tenha temor de Deus.

E, por falar em temor de Deus, antes de votar em outubro pergunte para seu travesseiro: o deputado federal e os dois senadores em que estiver pensando em votar vão respeitar os interesses cristãos diante de um projeto que venha a prejudicar a Igreja? Se tiver dúvidas, não vote neles.

E, se seu pastor estiver fazendo campanha ostensiva ou disfarçada na Igreja em favor de candidatos que só aparecem na Igreja no período eleitoral, reúna alguns irmãos e peçam explicações a ele. Não seja omisso, pois no dia em que seu filho ou neto voltar para casa com uma cartilha gay ou sua Igreja for obrigada a realizar casamentos gays, ou for proibido ler a Bíblia inteira no púlpito, a culpa vai ser do seu pastor e também sua, porque não fez nada, a não ser criticar.

Isto é muito duro, mas é melhor dizer agora -- antes das eleições.

***

Texto de João Cruzué, autor do Blog Olhar Cristão: http://olharcristao.blogspot.com/

Gravura: "O Beijo" - desconheço o autor.

Revisão: Maya

15 de jul. de 2010

Governo do PT censura imprensa e cala liberdade de expressão


PATRULHAMENTO GERAL

O primeiro jornalista a sofrer cerceamento do direito de bem informar, em consequência dos seus verdadeiros, contundentes e procedentes comentários contra os desmandos do atual governo foi o Boris Casoy. De acordo com o noticiário da época, ele foi demitido a pedido do próprio Lula. Entretanto, aos olhos dos menos atentos, a coisa vem se agravando de maneira avassaladora e perigosa; senão, vejamos:

O Programa do Jô tirou do ar (sem dar qualquer satisfação ao público) o quadro "As Meninas do Jô" que era apresentado às quartas feiras, no qual as jornalistas Lilian Witifibe, Ana Maria Tahan, Cristiana Lobo, Lúcia Hippólito e, por vezes, outras mais, traziam à público e debatiam todas as falcatruas perpetradas por essa corja de corruptos que se apossou do país. As entrevistas sobre temas políticos não têm sido mais levadas a efeito, atualmente. Virou um programa de amenidades e sem qualquer brilhantismo.

O jornalista Arnaldo Jabor, considerado desafeto pelo governo atual, vem sofrendo, de forma velada e sistemática, todo tipo retaliação. Já foi processado, condenado, amordaçado e por aí vai. Sua participação diária, às 07h10, na Rádio CBN, tem se limitado a assuntos sem a relevância que tinha, haja vista que está impedido de falar sobre assuntos que envolvam a política nacional e o atual governo.

A jornalista Lúcia Hippólito, que tinha uma participação diária, às 07h55, na Rádio CBN, não está mais ocupando o microfone da emissora como fazia e nenhum comunicado foi feito pelo âncora do horário, o jornalista Heródoto Barbeiro. Sorrateiramente, colocaram-na como âncora em outro horário, em que enfoca matérias mais amenas e sem a habitual, verdadeira e procedente contundência.

Diogo Mainard, da Revista Veja, além de processado vem sofrendo várias ameaças de morte por parte do jornal do MR-8 (que faz parte da base aliada ao Lula) e de integrantes dos chamados "Movimentos Sociais".

O jornal "Estadão" de São Paulo está sob forte censura governamental há pelo menos 300 dias.

Pelo que se vê, Fidel Castro está fazendo escola na América do Sul. O primeiro a colocar em prática esses ensinamentos, aniquilando o direito de imprensa, foi Hugo Chaves, e pelo andar da carruagem o nosso PresiMENTE está trilhando pelo mesmo caminho.

Constitucionalmente:

Onde está o ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO?

Onde está o LIVRE DIREITO DE MANIFESTAÇÃO?

Onde está a LIBERDADE DE EXPRESSÃO?

Onde está a LIBERDADE DE UMA NAÇÃO?

Este poema diz muito sobre a atualidade:

Poema DA MENTE
(atribuído a Affonso Romano de Sant'Anna)

Há um presidente que mente,
Mente de corpo e alma, completa/mente.

E mente de maneira tão pungente
Que a gente acha que ele, mente sincera/mente,
Mais que mente, sobretudo, impune/mente...

Indecente/mente.
E mente tão nacional/mente,
Que acha que mentindo história afora,
Vai nos enganar eterna/mente.

***

AUTORIA DO TEXTO: Desconhecida.
COLABORAÇÃO: Paula Costa, minha irmã, que tem medo do PT.

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