Quase 75 mil prostitutas brasileiras trabalham atualmente na Europa, de acordo com estimativas da Organização Internacional de Migrações (IOM), agência ligada à ONU. E esse número só cresce. "Espanha, Holanda, Suíça, Alemanha, Itália e Áustria são os principais destinos", diz a entidade. E o total de mulheres que deixam o Brasil é bem superior ao de homens. Na Itália, dos 19 mil brasileiros vivendo legalmente no País em 2000, 14 mil eram mulheres. O número elevado de prostitutas contribui para a diferença.
Dados do governo espanhol apontam existência de 1,8 mil prostitutas brasileiras no país e 32 rotas de tráfico de mulheres. Muitas usam Portugal como porta de entrada e praticamente todas chegam ao continente com documentos falsos. O número de brasileiras é tão grande que algumas chegam a cargos de chefia em associações locais.
Algumas chegam a montar casas de prostituição. Em Zurique, um edifício de três andares no bairro do Paquis é ocupado por 40 brasileiras. Elas pagam aluguel simbólico pelos quartos e têm alimentação no local - uma cozinheira baiana garante feijoada aos sábados. Mas são obrigadas a deixar pelo menos metade do que recebem nas mãos da dona, um travesti.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o tráfico de pessoas para exploração sexual transformou-se num dos negócios mais rentáveis do mundo - US$ 28 bilhões por ano. Nas próximas semanas, uma campanha suíça combaterá o tráfico de latino-americanas. Segundo a imprensa local, elas estariam sendo contratadas por R$ 100 mil para casar com supostos terroristas de Bangladesh para garantir-lhes visto. A denúncia foi feita por uma ex-prostituta brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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2 comentários:
Maya,
Vi esta triste notícia e penso que vivemos dias apocalípticos, em que impera um sistema bestial, onde se "vendem almas humanas". Acredito que há razões das mais diversas, para se chegar a esse ponto, sendo uma delas, a exclusão social.
Nele, que concedeu perdão a mulher pecadora,
Juber Donizete Gonçalves
www.juberdonizete.blogspot.com/
Sim, sem dúvida a exclusão social é um problema sério, mas há também uma crise moral sem precedentes; o mal é chamado de bem, e o bem, de mal...
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