Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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31 de mar. de 2009

a justiça é cega


A pergunta que não quer calar: como é que o Marcola, ou Marcos Camacho, para os íntimos, deve cumprir 39 anos e 11 meses de prisão, Suzane von Richthoffen foi condenada a 39 anos de reclusão por ter matado os próprios pais e a Eliana Tranchesi, que pelo que me consta nunca chefiou tráfico, sequestro e assassinato, foi condenada a 94? Não há nada de esquisito nisso? Será que não haveria aí nenhum tipo de inversão? A propósito: Fernandinho Beira-Mar, 6 anos de prisão; Pimenta Neves, que matou a ex-namorada com tiro na cabeça, 19 anos e 2 meses; Carlos Eduardo Toledo Lima, que matou cruelmente o menino João Hélio, recebeu sentença de 45 anos e 3 meses. José Dirceu, que chefiou um dos maiores esquemas de corrupção, tráfico de influência, enriquecimento ilícito, peculato e formação de quadrilha de que já se teve notícia: ZERO. Por que será que alguns criminosos da política brasileira nunca são presos? Por que será que assassinos têm pena menor que a de Eliana, que nunca matou ninguém? 

A mesma turma que acolheu como "perseguido político" um assassino terrorista como Cesare Battisti deve saber.

COLABORAÇÃO: Nelson Mendes (imagem)

30 de mar. de 2009

a procuradora obtusa e a burrice aguda

Prezados leitores,

Já vi muitos argumentos a favor do aborto: alguns, bem estruturados e, dentro da lógica de quem é a favor, coerentes. Outros, completamente estúpidos, irresponsáveis, egoístas e intelectualmente anacrônicos. 

O programa Canal Livre, exibido neste domingo à noite, pela TV Bandeirantes, me deu a oportunidade de assisitir a uma dos discursos pró-aborto mais sem sentido de que já pude tomar conhecimento, em toda a minha vida. A procuradora de Justiça do Estado de São Paulo Luiza Nagib Eluf presenteou os telespectadores com uma argumentação tosca e anacrônica a favor do aborto. Segundo ela, a punição para a mulher que aborta, vigente no Código Penal brasileiro, é na verdade uma rejeição machista ao prazer feminino, um "punição" à mulher que faz sexo livremente, engravida e deve ter o direito de se livrar do incômodo "embrião", ou, num estágio mais avançado, "feto" (odeio essas palavras desumanizadoras para uma vida humana em formação). Nos anos 50 e 60, na origem do movimento feminista, o argumento da procuradora era usado pelos que defendiam a descriminalização da interrupção da gravidez em qualquer situação. Isso fez sentido no contexto de maio de 68, no início da divulgação dos métodos contraceptivos - sobretudo da pílula anticoncepcional, no auge do movimento feminista, que pregava a igualdade entre os sexos e rejeitava toda forma de submissão da mulher, inclusive a maternidade. Hoje, aproximadamente meio século depois, esse argumento provou-se falso na Europa e nos Estados Unidos, onde o que não falta é informação e onde, mesmo tendo a mulher amplo acesso a métodos contraceptivos, não se hesita em abortar para "evitar" a gravidez. Uma década após o início do século XXI, mesmo após os estudos da Biologia comprovando o início da vida na fecundação do óvulo pelo espermatozóide, mesmo após o DIU, a pílula e a camisinha, mesmo após a Constituição de 88 no Brasil, uma procuradora de Justiça usa esse argumento desfocado para defender o aborto.

No século XXI, neste país, com todo o acesso às possibilidades de se evitar a gravidez, só engravida quem é irresponsável. E outro ser humano, formado no ventre feminino por meio do sexo - não importa se o ato sexual foi entre marido e mulher ou totalmente  ocasional - não deve pagar com sua vida pela iresponsabilidade alheia. Hoje, em pleno 2009, o prazer feminino não é mais "punido", nem no Brasil nem no restante da sociedade ocidental, muito pelo contrário. O que a sociedade não aceita mais é a irresponsabilidade da mulher e, em menor escala, do homem, tendo em vista que não é ele que gesta a nova vida (e essa é uma realidade biológica, por mais que as feministas odeiem o fato). Ao contrário da procuradora Luiza, de São Paulo, a maioria da sociedade não crê que no ventre materno está uma coisa inanimada, um objeto descartável, mas um ser humano em desenvolvimento, indefeso, que tem o direito à vida, e cabe à sociedade, por meio do Estado, garantir a ele esse direito que a própria mãe quer tirar-lhe. 

O que é difícil para mim, nessa história toda, é imaginar como uma pessoa de perfil obtuso como Luiza Nagib Eluf chegou à Procuradoria de Justiça do Estado de São Paulo.

preservando a amazônia com os espanhóis...


Espanhóis querem comprar 100 mil hectares da Amazônia

Uma ONG que reúne cientistas espanhóis planeja comprar mais de 100 mil hectares na Amazônia para criar uma reserva natural administrada pelas comunidades indígenas.

"A história da Amazônia passou por séculos de esquecimento, e quando alguém se lembrou da região os resultados foram catastróficos, porque os brancos nunca conversaram com os indígenas", disse à Agência Efe o pesquisador Javier Lobón, do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) e membro da ONG Manguaré.

Segundo os responsáveis pelo projeto, a reserva natural ficaria entre a cidade colombiana de Leticia e o Parque Nacional de Amacayacu, situado na fronteira com o Brasil e o Peru, e às margens do rio Amazonas.

A região onde está prevista a criação da reserva possui 110 espécies de mamíferos e 500 de aves.

"Muitos indígenas estão extremamente preocupados", disse Lobón, pois as políticas de integração fizeram com que algumas etnias perdessem sua identidade.

"A prova disso é o fato de que, quando entram em contato com a civilização, a primeira coisa que os indígenas fazem é instalar antenas de televisão e, com elas, a cosmologia ocidental", indicou o especialista.

O projeto piloto, iniciado há alguns meses, acontece em um sítio de
80 hectares.

Os promotores da iniciativa esperam conseguir uma parte "suficientemente grande para conservar a cultura indígena e os ecossistemas", através da compra de terras de madeireiras e a cessão de outras por parte dos Governos de Brasil, Colômbia e Peru.

"Não é fácil conseguir escrituras que certifiquem a propriedade do território, mas conhecemos seus moradores e colaboramos com associações locais", especificou Lobón.

Com um orçamento inicial de US$ 240.730, os membros da ONG esperam conseguir financiamento com algumas entidades e organismos oficiais.


***

Por que não vendemos os animais de Brasília pra esse pessoal?


***


FONTE: UOL

 

28 de mar. de 2009

um ano em paris...


Merde!  Um ano em Paris

Comprei esse livro ontem! Estava passeando numa livraria (um programa bom pra sexta à noite) e o vi. Comecei a folheá-lo e, ao ler as primeiras páginas, o riso saiu fácil. A narrativa de Stephen Clarke é fluida, engraçada, soando como um diário. Se você entende alguma coisinha de inglês e francês vai achar o primeiro capítulo muito engraçado. Se conhece Paris e os franceses... bom, aí vai dar umas boas gargalhadas, como eu. O autor consegue captar muito bem l'état d'esprit dos iredutíveis gauleses modernos... O livro foi publicado no Brasil pela editora Record, tem 335 páginas, custa R$ 41,00 e foi traduzido do inglês (A Year in the Merde) por Alexandre Raposo. Já estou na página 128...

27 de mar. de 2009

fique esperto: dificulte a ação de estelionatários e ladrões


Um advogado circulou a seguinte informação para os empregados em seu escritório:

"Prezado colaborador:

Leia com atenção essas dicas:

1. Não assine a parte de trás de seus cartões de crédito. No lugar da assinatura, escreva 'SOLICITAR RG '.

2. Ponha seu número de telefone de trabalho em seus cheques em vez do telefone de casa. Se você tiver uma Caixa Postal dos Correios use esta, em vez de seu endereço residencial. Se você não tiver uma Caixa Postal, use seu endereço de trabalho. Ponha seu telefone celular no lugar do residencial.

3. Tire fotocópia do conteúdo de sua carteira e deixe em sua casa. Tire cópia de ambos os lados de todos os documentos, inclusive cartão de crédito. Assim, caso seja roubado ou perca sua carteira, você saberá o que havia em sua carteira e todos os números de conta e números de telefone para chamar e cancelar. Mantenha a fotocópia em um lugar seguro. Também leve uma fotocópia de seu passaporte quando for viajar para o exterior. Há muitas histórias horríveis de fraudes com nomes, CPF, RG, cartão de créditos... roubados.

Infelizmente, eu, um advogado, tenho conhecimento de tudo isso em primeira mão porque minha carteira foi roubada no último mês. Dentro de uma semana, os ladrões ordenaram um caro pacote de telefone celular, aplicaram para um cartão de crédito VISA, tiveram uma linha de crédito aprovada para comprar um computador, dirigiram com minha carteira e mais.....

Mas aqui está um pouco de informação crítica para limitar o dano no caso de isso acontecer a você ou alguém que você conheça.

Mais:

4. Nós fomos informados que nós deveríamos cancelar nossos cartões de crédito imediatamente. Mas a chave é ter os números de telefone gratuitos e os números dos cartões à mão, assim você sabe quem chamar. Mantenha esses onde você os possa achar.

5. Abra um Boletim Policial de Ocorrência imediatamente na jurisdição onde seus cartões de crédito ed emais documentos foram roubados. Isso prova aos credores que você tomou ações imediatas, e esse é um primeiro passo para uma investigação (se houver uma).

Mas aqui está o que é talvez o mais importante de tudo:

6. Chame imediatamente o SPC e o SERASA (e outros órgãos de crédito se houver) para pedir que seja colocado um alerta de fraude em seu nome e número de CPF nos cadastros dessas empresas. Eu nunca tinha ouvido falar disto até que fui chamado por um banco para confirmar uma aplicação para empréstimo que havia sido feita pela Internet em meu nome. O alerta serve para que qualquer empresa que confira seu crédito, pois ela saberá que seus documentos foram roubados (e eles têm que contatar você por telefone antes que o crédito seja aprovado). Até que eu fosse aconselhado a fazer isto (quase duas semanas depois do roubo), todo o dano já havia sido feito. Há registros de todos os cheques usados para compras pelos ladrões, nenhum de que eu soube depois que eu coloquei o alerta. Desde então, nenhum dano adicional foi feito, e os ladrões jogaram fora minha carteira. Neste fim-de-semana alguém a devolveu para mim. Esta ação parece ter feito eles desistirem."


COLABORAÇÃO:  Nanda e Tom

propagandas intrigantes














Para ampliar, clique na imagem
COLABORAÇÃO: Elzângela Paz Ribeiro

25 de mar. de 2009

pode ser a gota d'água

NOSTRADAMUS RECICLADO

Há um movimento propondo que o mundo apague as luzes durante uma hora, em defesa do clima. Nessa escuridão, será preciso se precaver contra os fantasmas. Especialmente o do aquecimento global.

As pessoas estão sempre em busca de uma causa nobre para suas vidas. A popularização dessa palavra de ordem “sustentabilidade” é o sinal claro de que, antes do efeito estufa, a chatice vai acabar com o planeta.

No fenômeno das mudanças climáticas, as causas são 10% ambientais e 90% literárias. O clima está péssimo.

Era mais interessante quando a profecia do apocalipse estava associada à chegada do ano 2000. Falava-se em Nostradamus, juízo final e toda essa estética meio Zé do Caixão. O roteiro do fim do mundo agora é um coquetel intragável de cartilhas politicamente corretas, que tentam te convencer de que você se salvará seguindo manuais de aterro sanitário e manejo de manguezal. Melhor a morte.

Essa “sustentabilidade” é um eufemismo ideológico para bom senso. Não gastar mais do que se tem, não sujar mais do que se pode limpar. Um bom começo seria economizar esses gastos astronômicos com a eco-burocracia e sua indústria do alarmismo.

Relatórios, papéis, consultores, seminários, almoços, ONGs e mais ONGs estão consumindo com voracidade os recursos planetários e a paciência humana.

Os países da Cortina de Ferro destruíram seu meio ambiente com seu socialismo obscurantista. Bastou entrar um pouco de luz, liberdade e bom senso para a situação se reverter. O mundo está procurando (e encontrando) saídas econômicas e tecnológicas para a poluição. Foi assim com a camada de ozônio, com o ar das metrópoles (os índices de melhora nunca fazem barulho), com os agrotóxicos.

Mas isso estraga a onda do romantismo de aluguel. O marketing do fim do mundo fuzila tudo que o desminta.

Fique no escuro, se quiser. Mas cuidado, porque daqui a pouco vão te convencer a almoçar dia sim, dia não, para reduzir os gases na atmosfera.


Texto de Guilherme Fiúza


FONTE: Blog do Guilherme Fiúza

campanha nacional


Já ficou mais do que provado que nenhum senador é santo. O que não rouba é cúmplice. O que não é cúmplice é omisso. O que não é omisso é pior: é submisso. Em 2010, 56 senadores encerrarão um longo mandato de oito anos. São estes aí, da foto, dos quais um brasileiro comum não conhece mais do que dez. Aí vão os nomes, estados e partidos:

DEM 


1. Adelmir Santana DF
2. Antonio Carlos Júnior BA
3. Demóstenes Torres GO
4. Efraim Morais PB
5. Eliseu Resende MG
6. Gilberto Goellner MT
7. Heráclito Fortes PI
8. José Agripino RN
9. Marco Maciel PE

PDT

10. Cristovam Buarque DF
11. Jefferson Praia AM
12. Osmar Dias PR
13. Patrícia Saboya CE

PMDB

14. Almeida Lima SE
15. Garibaldi Alves Filho RN
16. Geraldo Mesquita Júnior AC
17. Gerson Camata ES
18. Gilvam Borges AP
19. Leomar Quintanilha TO
20. Lobão Filho MA
21. Mão Santa PI
22. Neuto De Conto SC
23. Paulo Duque RJ
24. Pedro Simon RS
25. Renan Calheiros AL
26. Romero Jucá RR
27. Roseana Sarney MA
28. Valdir Raupp RO
29. Valter Pereira MS
30. Wellington Salgado de Oliveira MG

PR

31. César Borges BA
32. João Ribeiro TO
33. Magno Malta ES

PRB

34. Marcelo Crivella RJ
35. Roberto Cavalcanti PB

PSB

36. Antonio Carlos Valadares SE

PSDB

37. Arthur Virgílio AM
38. Eduardo Azeredo MG
39. Flexa Ribeiro PA
40. João Tenório AL
41. Lúcia Vânia GO
42. Papaléo Paes AP
43. Sérgio Guerra PE
44. Tasso Jereissati CE

PSOL

45. José Nery PA

PT

46. Aloizio Mercadante SP
47. Augusto Botelho RR
48. Delcídio Amaral MS
49. Fátima Cleide RO
50. Flávio Arns PR
51. Ideli Salvatti SC
52. Marina Silva AC
53. Paulo Paim RS
54. Serys Slhessarenko MT

PTB

55. Romeu Tuma SP
56. Sérgio Zambiasi RS

Colabore com a limpeza pública. Não dê um novo mandato para nenhum deles. É o mínimo que podemos fazer para que o Senado deixe de ser uma casa de tolerância com o roubo, a propina e a corrupção.
..................................................................................

Segundo o site Transparência Brasil, os seguintes senadores citados acima possuem processos na Justiça ou estão citados pelo TCU:
  • Eduardo Azeredo (PSDB/MG)
  • Fátima Cleide (PT/RO)
  • João Ribeiro (PR/TO)
  • Leomar Quintanilha (PMDB/TO)
  • Lobão Filho (PMDB/MA)
  • Lúcia Vânia (PSDB/GO)
  • Mão Santa (PMDB/PI)
  • Neuto De Conto (PMDB/SC)
  • Renan Calheiros (PMDB/AL)
  • Roberto Cavalcanti (PRB/PB)
  • Romero Jucá (PMDB/RR)
  • Sérgio Guerra (PSDB/PE)
  • Valdir Raupp (PMDB/RO)
  • Wellington Salgado de Oliveira (PMDB/MG)


blog


Celso Daniel era prefeito de Santo André (SP) pelo PT quando foi assassinado. Sua família foi ameaçada de morte e hoje vive fora do país. A hipótese de crime político sempre existiu. 

Celso Augusto Daniel (Santo André16 de abril de 1951 — Juquitibajaneiro de 2002) foi um político brasileiroPrefeito da cidade paulista de Santo André pelo Partido dos Trabalhadores, foi assassinado em 2002. Entre os suspeitos encontram-se criminosos comuns e políticos da oposição. Após o início das investigações, sete testemunhas morreram, todas em circunstâncias misteriosas. A Faculdade de Engenharia do Centro Universitário Fundação Santo André leva seu nome, em forma de homenagem. (Wikipédia)

sobre o terrorismo

Os Inimigos de Meus Inimigos

O balanço de poder foi definitivamente alterado – ou melhor, tal alteração foi reconhecida como fato –; pequenos países ou mesmo organizações privadas, apoiadas por tecnologias baratas e facilidades comerciais, adquiriam poder para desestabilizar e pôr de joelhos Estados mais desenvolvidos economicamente. Outrossim, o ciclo de transformação da própria acepção e mecanismos do terrorismo parece ter finalmente sido terminado, quando as forças aparentemente desconexas – que viriam incitar o terrorismo desde os primórdios da Revolução Francesa – iriam ser integradas através de uma bandeira comum: o ódio ao ocidente em geral e à América em particular.

O terrorismo moderno é uma característica inseparável do mundo civilizado porque, primeiramente, depende dele para poder existir. É impossível conceber uma organização terrorista ativa e eficaz no contexto da Alemanha Nazista , da Rússia Stalinista ou, para citar um exemplo atual, do Iraque até então governado por Saddam Hussein ou da Cuba de Castro – a não ser, é claro, se patrocinada pelo próprio Estado Totalitário. Todavia, se o terrorismo depende de um grau de liberdade para poder sobreviver – e se sua intenção maior é a destruição da própria liberdade – obviamente isso implicaria que o terrorismo seria, em essência, autodestrutivo.

Ledo engano, os terroristas vitoriosos de hoje – ou mesmo alguns aparentemente derrotados – serão os homens de estado de amanhã. O Brasil é um exemplo clássico, com sujeitos como José Dirceu, José Genoíno e Fernando Gabeira hoje agarrados firmemente às tetas do poder.

A razão para tanto é a máxima do conquistador persa Hassan bin Sabbah Homairi (um dos heróis de Osama Bin Laden): Os inimigos de meus inimigos são meus amigos. Os que advogam a causa terrorista a tudo e a todos se unem no objetivo primeiro de destruir o inimigo. Como o terrorismo internacional hoje em dia é, por excelência, islâmico e já que o principal inimigo do terrorismo islâmico são os Estados Unidos no Ocidente e Israel no Oriente Médio, todas as demais forças convergem contra essas duas nações, trazendo no caminho uma série de organizações e instituições que quanto postas em conjunto dão poder inusitado ao terror.

A principal arma do terror, na atualidade, é o pensamento esquerdista. Seja a visão marxista da luta de classes, o maniqueísmo revolucionário que divide o mundo numa dicotomia vulgar e inflexível entre certo e errado, as idéias de Rousseau que valorizam ao extremo um modelo social fracassado, ou o pensamento politicamente correto que transfere o veneno marxista para todos os aspectos de nossa cultura.

Isso dá ao terrorismo um escudo moral de tamanha força que suas ações são antecipadamente perdoadas, enquanto todo esforço antiterrorista transforma-se no esforço de opressão dos poderosos contra os humildes, condenando-nos à paralisia dos derrotados.

A aliança entre as esquerdas internacionais e o Islã não deveria ser tão subestimada pelos especialistas, relegada a uma espécie de teoria da conspiração, quando a História está aí para provar, justamente, que há mais ligações perigosas entre o Islã e as esquerdas do que desconfia nossa vã filosofia.

Os ativistas islâmicos possuem enormes pontos comuns com os nazistas – ao contrário do que muitos pensam, um movimento tipicamente de esquerda –, não me refiro apenas ao anti-semitismo explicito (o desejo pela solução definitiva) e ao ódio contra a herança judaico-cristã, pilar de nossa civilização; o próprio entendimento e concepção da natureza da morte são semelhantes, como nos lembra Heitor de Paola em um brilhante artigo intitulado Islã: a conexão Nazista: “Os princípios que guiam as duas ideologias [o Islã e o Nazismo] são similares: a visão de um povo unido frente à dominação estrangeira – principalmente Ocidental – que traz deterioração moral e culturalAmbas são ligadas, de forma bastante semelhante, à morte pelo martírio como instrumento de depuração sacrificial. A morte é vista como o supremo bem. Enquanto Hitler se baseava nas velhas lendas inspiradas nas sagas dos Nibelungen, do Valhalla como campo dos heróis nacionais mortos em combate, das Valkírias, e da superioridade do Homem Nórdico, o Islã se baseia nas lendas de Sinbad, nos Cavaleiros Árabes e do Rubayyat de Omar Kahyyam, povoadas de guerreiros e mortais que desafiam os deuses pela glória da morte pelo martírio”.

Porém, o que é ainda pior, é o fato de que a conseqüência lógica de tais idéias – o modo de depurá-las para torná-las instrumentos de ação – é a construção de um Estado totalitário e opressivo, o que tem sido visto em todas as sociedades islâmicas.

A Revolução Iraniana de 1979 foi um fenômeno essencialmente antiocidental, marcando o início de uma luta sem trégua entre os radicais islâmicos e os “infiéis” do ocidente. Contudo, foi aplaudida pelas esquerdas em todo o mundo como expressão do direito de autodeterminação dos povos. Não preciso nem lembrar que os organizadores de tal revolução estudaram quase todos em universidades ocidentais, tendo assim, bebido do veneno comum de vários dos mais sanguinários ditadores na África e Ásia, o Marxismo. Que ao invés da classe operária, os clérigos tomem todo o poder e destruam todos os vestígios da sociedade “burguesa” isto é um mero detalhe técnico. Por fim, vemos hoje Irã e Cuba trabalhando conjuntamente em diversos níveis, mas com um propósito fixo. Em sua visita ao Irã, em 2001, Fidel Castro declarou que juntos, Irã e Cuba, poderiam vencer os EUA. Tal aliança só é concebível porque as diferenças entre estes países são apenas superficiais, ambos são ditaduras corruptas que desrespeitam os direitos humanos e que pretendem servir de modelo para uma revolução em escala muito maior.

Visto que os ativistas islâmicos e as esquerdas não são forças antitéticas, podemos observar que a esquerda serve ao terrorismo islâmico primeiramente – mas não somente – em três níveis: acadêmico, jornalístico e diplomático.

Em termos acadêmicos, vemos a dificuldade mesma de definir o que é terrorismo. Quando vários estudiosos insistem na doentia concepção de que terroristas e freedom fighters sejam conceitos intercambiáveis. O problema aí reside na influência marxista que acaba por induzir os estudiosos a enxergarem o terrorismo como um movimento revolucionário das massas, o que é uma mentira das mais deslavadas. O terrorismo, especialmente o islâmico, é, de fato, um movimento intelectual de elites. Das massas eles recebem nada mais do que carne de canhão para levar a cabo os seus propósitos.

Já em termos jornalísticos nós vemos a insistente apresentação das notícias sob uma duplicidade de critérios que só não é mais ofensiva porque a mentalidade das massas já foi anestesiada. No mundo em geral – mesmo na América – e no Brasil em particular a grande mídia se presta ao papel de ponta de lança das causas terroristas por, justamente, serem incapazes de apresentá-las à sociedade como tais. Isso se dá pela influência acadêmica que, desde cedo, prepara jornalistas para serem agentes de transformação, que devem usar tudo ao seu alcance que possa favorecer as ideologias dominantes, inclusive manipular e ocultar informações. Os próprios militares brasileiros sentem isso na pele todos os dias.

Por último, vemos a questão diplomática. A ONU desde a década de sessenta é um celeiro de terroristas, seus debates, seus programas, sua própria raison d'être obedecem à lógica terrorista, disseminando anti-semitismo e antiamericanismo pelos quatro cantos do planeta, e buscando ao máximo impedir que se haja de forma mais dura contra países que apóiam abertamente o terrorismo. Todavia, a ONU nos é apresentada pela imprensa e pela intelligentsia como o que existe de melhor nas relações humanas, quando todos os crimes por trás desta organização são ocultados sistematicamente numa tentativa de pôr de joelhos até os mais poderosos estados.

É claro que terroristas islâmicos e esquerdistas de vários tipos não serão aliados para sempre. Suas diferenças, que hoje se encontram em estado de suspensão, tenderão a surgir com força total na medida em que seu poder político se expande, levando a um inevitável confronto de interesses. Haverá, obviamente, um momento de ruptura, caracterizado por extrema violência de ambos os lados.

Mas aí também já não mais importa, pois o ocidente – junto com os valores judaico-cristãos – já estará morto ou escravizado.

***

Texto de João Costa postado no blog Junqueiradas, de Álvaro Junqueira.

aborto e política

ESTE TEXTO FOI PUBLICADO ORIGINALMENTE NO PORTAL DA CNBC: http://politica.blogueiroscristaos.com/2009_02_01_archive.html

Ainda sobre o aborto

Quero voltar à polêmica decisão do presidente dos EUA, Barack Obama, de financiar com dinheiro público ONGs pró-aborto. E não quero falar de religião. Vamos falar de política. Obama, tão cultuado por alguns evangélicos e já antipatizado por outros, tomou uma decisão polêmica. E pretende, segundo já afirmou, colaborar mais e mais para que o aborto seja legalizado não só nos EUA, mas em todo o mundo. Em que ele se baseou, além de sua formação moral, para ter tomado sua decisão?

Se ele tivesse se baseado nos dados acerca do aborto nos EUA, veria que a prática não diminuiu com a legalização, ao contrário: desde que foi legalizado em alguns estados, o número de abortos cresceu assustadoramente. Isso porque as mulheres que o praticam o fazem como “método contraceptivo”, digamos assim: em vez de se prevenir, ao praticar o sexo, elas “remediam” a situação da gravidez abortando. Então, o aborto não é o último recurso, como gostam de defender os pró-aborto: ele é, muitas vezes, o primeiro, no lugar até mesmo de práticas contraceptivas conhecidíssimas, como o preservativo e a pílula anticoncepcional.

Obama se baseou na opinião da maioria do povo dos EUA? Não. Se ele tivesse se dado o trabalho de querer saber o que pensa a maioria, talvez tivesse se dado conta do que afirmou uma pesquisa realizada para o grupo católico Cavaleiros de Colombo pelo Instituto da Opinião Pública Marista, entre 24 de setembro e 3 de outubro: a maioria dos norte-americanos é contra o aborto, e a favor de limitar sua prática a alguns casos específicos, como salvar a vida da mãe, gravidez por estupro ou incesto. Segundo a pesquisa, “apenas 8% dos residentes nos Estados Unidos escolheram a afirmação de que o aborto deveria ser livre em qualquer etapa da gravidez. A mesma porcentagem disse que o aborto deveria ser permitido apenas durante os primeiros seis meses de gravidez; 24% se mostraram partidários de colocar limite nos três primeiros meses de gravidez. A maior porcentagem, 32%, disse que o aborto deveria ser permitido apenas nos pressupostos de estupro, incesto ou para salvar a vida da mãe. Cerca de 15% optou pela quinta possibilidade: que o aborto seja permitido apenas para salvar a vida da mãe. E 13% dos participantes afirmaram que o aborto não deveria ser permitido em nenhuma circunstância.” Ou seja: Obama decidiu por uma minoria, pois 90% dos norte-americanos desejam reduzir os equisitos para interromper a gravidez.

Obama levou em conta a moderna Biologia? Não. Segundo a teoria mais basilar, a vida começa na concepção. Se o “feto”, ou “bebê”, tem alma, ou não, ou sente dor, ou não, ainda se discute. Mas o aborto é, segundo a ciência, a interrupção da vida humana.

Então, em que Obama se baseou? Ele se baseou não no bem comum, certamente, mas em programa partidário, lobby político e crenças pessoais. Neste caso, não estaria mais fazendo política a favor do bem comum, mas de uma parcela diminuta da sociedade, à qual ele talvez creia dever muito e da qual possivelmente faça parte. Por último, pode ser que, de fato, os interesses de Obama sejam maiores que “o bem comum”. Neste artigo detalhado da Comunidade Católica Canção Nova, muitas hipóteses são levantadas. Mas é assunto para outra conversa: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=235421

Diante de tudo o que avaliamos, quem faz Política, com “p” maiúsculo, deve seguir princípios claros. Deve buscar beneficiar a maioria sem prejudicar a minoria, obedecendo a princípios éticos, morais e culturais. Segundo a Wikipédia, “o termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.”

Ou seja: a política é a arte de governar, e governar exige sabedoria. Não diria que Obama agiu com sabedoria. Aquele que deseja agir com sabedoria, governando ou não, vê a exigência não só da maioria, mas o que está em jogo em relação a diferentes aspectos – inclusive o religioso. No caso do aborto, está em jogo vida humana em formação. No caso dos EUA, país de maioria cristã, a maioria é contra.  E, além do mais – e agora vou falar daquilo em que creio – diz a Bíblia que aquela “substância informe”, retirada do ventre materno violentamente no procedimento do aborto, já é conhecida por Deus, já é amada por Ele e para Ele já tem nome (Salmo 139). No final das contas, fazer política desprezando o que Deus ama é, também, jogar-se contra um rochedo.

 

*** 


Para saber mais:

http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=9452

http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2008/05/16/a-pioneira-do-aborto-arrependida/

http://www.zenit.org/article-19779?l=portuguese

http://pt.wikipedia.org/wiki/Política

***

Semana que vem quero colocar aqui algumas reflexões sobre o caso da criança de nove anos que engravidou do padrasto, em Recife, e abortou os gêmeos que esperava. No meio cristão houve reações contrárias ao aborto, mas os matizes de condenação foram diferentes. A sociedade, de modo amplo, foi favorável à tentativa de diminuir o sofrimento da criança com a realização do aborto. Eu pensei muito sobre isso, e escrevi algo.  

24 de mar. de 2009

arnaldo jabor e a desmoralização do senado.


Precisamos de mais diretorias no Senado

Uma comissão vai estudar a reestruturação dos 181 diretores do Senado. O Sarney disse que vai cortar metade. Devemos ser contra! As diretorias antigas eram fachadas que não refletiam a verdadeira alma do Senado, o seu funcionamento complexo entre o público e, principalmente, junto ao privado.

Temos de criar mais diretorias, que reflitam o verdadeiro funcionamento da casa. Poderíamos criar, por exemplo, a Diretoria entre Acertos Financeiros entre Empresários e Senadores, a Diprop (Divisão de Propinas), a Diretoria de Fabricação de Notas Frias, Diretoria de Ocultação de Despesas. Precisamos de um diretor para terceirizar o nepotismo.

E a Deop (Direção de Estratégia para Confundir a Opinião Pública)? E a Dimatre, para pagamento de pensões para ex-mulheres gestantes com auxílio de empreiteiras, claro. Precisamos da Recesse, diretoria para pagar horas extras durante recessos. Até para estética precisamos de diretores: a Dibel, direção de alfaiataria para melhorar ternos e gravatas, para modernização e tingimento de cabelos e bigodes.

Precisamos da Diretoria de Manutenção de Castelos Medievais e duas importantes e ativas diretorias novas: Direção de Espionagem da Vida de Jarbas Vasconcelos e, finalmente, uma grande diretoria para dirigir as diretorias.


Texto de Arnaldo Jabor, cineasta.

Colaboração: Olavo de Carvalho

22 de mar. de 2009

bráulia ribeiro

De como a ideologia matou Tititu


Numa sala apertada, com janelas pequenas e paredes de cal desbotadas, sentaram-se, desiludidos, índios e não-índios.

-- É sempre muito triste. -- disse-me a Lucília na volta. 

Ela tinha ido à cidade de Lábrea para a reunião do Distrito de Saúde Indígena (DISEI), da qual participavam a JOCUM e o CIMI, juntamente com órgãos públicos. Lucília sempre ora pela microcidade e por suas mazelas: corrupção, devassidão extrema, doenças, entre outras. 

Os habitantes de Lábrea têm os rostos macilentos das muitas malárias e cachaças. Falam sem convicção, parecendo não saber o que dizem. Mas sabem; só não creem mais que algo possa mudar no caos de desserviços que o governo finge prestar àquele arremedo de cidade.

-- Isto é o que mais me dói -- me diz Lucília na volta. -- Os índios baixam a cabeça como animais domesticados à custa de muita dor. O formato da reunião é excludente. Discute-se como em uma repartição pública, e os indígenas não acompanham. 

A situação Suruwahá é debatida. Lucília imagina a dificuldade dos técnicos presos no posto distante de tudo. Parece que nem visitar a aldeia eles conseguem. O medo, a pouca educação, o salário menor ainda -- os índios que se virem para chegar até o posto.

E assim foi. No dia 14 de janeiro Naru caminhou sete horas com Tititu nos braços, antes saudável, agora sem vida. A menina estava em péssimo estado e o técnico não sabia como tratá-la. Fez gestos e sons imitando um avião, para mostrar aos pais da menina que ela deveria ser retirada. A noite caiu, a menina piorou. De madrugada o corpinho esfriou e foi endurecendo aos poucos. A alma de Tititu foi para Jaxuwá, no reino onde as bananas são fartas e os peixes, grandes.

Tititu foi escolhida para morrer desde que nasceu. A ideologia que impede os Suruwahá de obter tratamento médico decente prevê que casos de deformidade congênita sejam “eliminados” no nascimento. O pai da menina recusa-se a matá-la ao ver a deformidade com que nasceu. Não conhece a ideologia, ainda se sente gente. Pede ajuda, e Lucília e Moisés conseguem retirá-la da aldeia. Com a oferta de muitos irmãos, ela vai a São Paulo para ser operada no Hospital das Clínicas. Mas a ideologia envia um procurador do Ministério Público, que proíbe a cirurgia. Os médicos ficam chocados com a proibição. A mídia divulga o caso e a pressão aumenta. O procurador desiste do impedimento e a menina é operada. Volta à aldeia, mas precisa de um medicamento mensal. Enquanto a JOCUM está presente, o remédio chega -- agitamos meio mundo, vamos para a Funasa a cada atraso. Até que a ideologia nos impede de voltar à aldeia. Nas mãos da ideologia, os índios não têm chance. Para o CIMI, a Funai e a Funasa eles não são gente. São um construto, uma abstração antropológica, um número nos gráficos. A falta do medicamento na data precisa poderia causar a morte da menina Tititu; morte já prevista, escrita, desenhada e explicada academicamente na voz estridente da ideologia.

É a inexorável força darwiniana. Tristes, imaginamos o sofrimento de Naru, o pai, e de Kusiumã, a mãe, carregando a filha na mata escura para vê-la esfriar de repente ao som de um forró desafinado no barraco de madeira do posto da Funai.


• Texto de Bráulia Ribeiro, missionária em Porto Velho, RO, e autora de Chamado Radical (Editora Ultimato). Contato: braulia_ribeiro@yahoo.com.
FONTE: Revista Ultimato mar-abr/2009.

NOTA: No discurso de abertura do Congresso da Abralin houve a citação de missões que trabalham com os índios: a antiga SIL, a ALEM e a JOCUM. Infelizmente, a visão dos linguistas que trabalham com a cultura indígena é a de que as entidades missionárias prejudicam não só os índios, mas o trabalho dos linguistas. No discurso de abertura do Congresso foi salientado que as instituições brasileiras produzem poucos linguistas que trabalham com línguas indígenas, e que, talvez devido a essa lacuna a Europa se organiza e cria fóruns de apoio ao trabalho de europeus no registro fonográfico dessas línguas. No discurso de abertura do VI Congresso da Associação Brasileira de Linguística (João Pessoa-PB, 04/03/2009), que completou 40 anos, seu fundador, Prof. Dr. Aryon D'Alligna,  o maior especialista em línguas indígenas brasileiras do mundo, frisou: os linguistas brasileiros tem dedicado pouco de seu trabalho e de seu tempo ao estudo dessas línguas. Como ressaltou o Prof. Aryon, antes que os linguistas brasileiros começassem a estudá-las, missionários protestantes chegaram ao Brasil com esse propósito, e, apesar das proibições (a missão SIL foi proibida de atuar no Brasil) as organizações missionárias continuam a trabalhar com indígenas (é o caso da ALEM e da JOCUM).  Hoje, entidades européias se organizam para obter a permissão governamental para entrar nas aldeias e registrar as línguas (gravar) a fim de estudá-las depois: registrar as línguas como objeto, coisa morta ou em vias de se deteriorar. Para mim, a questão é muito complexa. Concordo com o professor Aryon, em sua crítica à escassez de linguistas se dedicando ao estudo das línguas indígenas no Brasil. Eu mesma me dedico a outra coisa, não às línguas indígenas, e como brasileira me cobro por isso. Também concordo com ele e me preocupo com a chegada de europeus que vêm às aldeias com o único objetivo (único?) de registrar as línguas nativas, como se as aldeias, em seguida, fossem rumar para a destruição. Mas não concordo com a visão negativa das entidades missionárias, o que corrobora um pensamento antropológico purista e, quem sabe, um tanto irreal a respeito dos indígenas.  Infelizmente, para a maioria dos que se dedica ao estudo da cultura indígena brasileira, seja sob o aspecto linguista, seja sob outros, os índios não passam de objeto de estudo: eles são números, línguas, abstrações culturais e antropológicas, como salienta Bráulia Ribeiro. Não vejo como diferentes visões acerca da cultura indígena poderiam conviver harmoniosamente.

9 de mar. de 2009

do site da ABRALIN


O ano 1969 representa um marco bastante significativo para a Lingüística no Brasil: a fundação da Associação Brasileira de Lingüística – ABRALIN. Quarenta anos depois, e pela primeira vez em João Pessoa, estaremos comemorando esta data e promovendo os eventos que têm sido implementados pela Associação em sua trajetória. No período de 04 a 07 de março, realizaremos o VI Congresso Internacional e, nos períodos 02 a 04 e 09 a 13, o XIX Instituto de Lingüística. Reuniremos, nesses dois eventos, pesquisadores brasileiros e estrangeiros para discutir temas diversos ligados à Lingüística. A linguagem será o foco, e a ênfase será em seus múltiplos aspectos, principalmente aqueles que são objeto de estudo nos Programas de Pós-Graduação do Brasil.

Quer saber mais? Acesse: http://www.abralin.org/

4 de mar. de 2009

TSE cassa mandato de jackson lago e pastor porto, do maranhão



Estou na Paraíba, mas não poderia deixar de postar essa:




Em uma sessão que entrou pela madrugada de hoje, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram pela cassação do mandato do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT). O placar foi de 4 votos a 3 pela cassação, por abuso de poder na eleição de 2006. O comando do Estado deve ser entregue à senadora Roseana Sarney (PMDB), segunda colocada na disputa estadual. Há menos de um mês o tribunal também confirmou a cassação do então governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), e a posse, em seu lugar, de José Maranhão (PMDB).O relator do processo, ministro Eros Grau, concluiu em seu voto que houve uso da máquina do Estado na eleição, em favor da candidatura de Lago. Entre outras acusações, estava a realização de 1.817 convênios do governo estadual com prefeituras e associações civis no ano eleitoral.Grau disse também que ficou comprovada a compra de votos em Imperatriz, com a prisão de eleitores e a apreensão com o motorista de um vereador de R$ 17 mil em notas miúdas, de uma tabela com valores que seriam pagos em troca dos votos e de "santinhos" de Lago. "A prova é contundente para caracterizar a captação ilícita de sufrágio", concordou o ministro Ricardo Lewandowski.


FONTE: Reportagem de Mariângela Gallucci, do Estadão, via Blog do Reinaldo Azevedo.


Com mais detalhes:

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu em julgamento, por maioria (5 votos a 2), no início da madrugada desta quarta-feira, cassar os diplomas do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT) e de seu vice, Luiz Carlos Porto. Eleitos em 2006, eles são acusados de cometer irregularidades durante a campanha eleitoral. Ainda cabe recurso no TSE contra a decisão. No entanto, de acordo com a decisão dos magistrados, Lago e seu vice poderão permanecer no cargo até que se esgotem as possibilidades de recursos no tribunal. Também foi decidido dar posse à segunda colocada na eleição de 2006, senadora Roseana Sarney (PMDB), e ao ex-senador João Alberto (PMDB), vice dela na chapa, mas não antes da análise de eventuais recursos que venham a ser protocolados na Justiça. Votaram contra a cassação os ministros Marcelo Ribeiro e Arnaldo Versiani. A favor da cassação votaram os ministros Eros Grau, Fernando Gonçalves, Felix Fischer, Ricardo Lewandowski e o presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto. Lago foi acusado de compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições de 2006. O governador acompanhou o julgamento por meio de um telão montado em frente ao Palácio dos Leões, sede do governo do Estado. Ele estava acompanhado de integrantes do movimento em defesa de sua permanência no cargo, batizado de Balaiada. E também de correligionários, representantes da sociedade civil, do MST e trabalhadores rurais. Depois do anúncio do resultado pelo presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, o governador fez um discurso aos que acompanharam com ele os votos dos ministros. De acordo com a assessoria do governo do Maranhão, Jackson Lago disse que a batalha jurídica ainda não acabou e que vai lutar para continuar no cargo, pois ainda cabe recurso.


FONTE: Folha Online

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NOTA: Jackson Lago perseguiu o funcionalismo público e os professores do Estado, em particular, com sua política de "subsídio", em 2006 e 2007. Ele foi malvado mesmo, e sofremos em sua mão: nem sequer recebeu os trabalhadores em Educação, durante longa greve que fizemos. Mandou a polícia bater na gente, durante passeata... Bom, também existem indícios fortes de corrupção em seu governo, o que não é novidade no Maranhão (e no Brasil). Roseana Sarney (dispensa apresentação) assume como governadora. Não sei se rio ou se choro.
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Veja a notícia na imprensa maranhense (percebam, amigos, como cada um dá a notícia segundo suas conveniências, o que não deixa de ser engraçado...):
  1. Jornal O Estado do Maranhão, da família Sarney
  2. Jornal O Imparcial (Associados), ligado ao PC do B e aliado de Jackson Lago
  3. Jornal Pequeno, oposição ferrenha ao grupo Sarney

3 de mar. de 2009

longe de casa...

Amigos, estou longe, muito longe de casa, numa cidade acolhedora, bela e quente do Nordeste. Viajo a trabalho: apresento comunicação, fruto de pesquisa e muito estudo, assisto a cursos, palestras, mesas-redondas, conferências e afins em importante congresso científico de minha área. Talvez não consiga postar como de hábito, mas peço que continuem a visitar este humilde - porém decente - Blog e a postar seus valiosos comentários. Um abraço nordestino de João Pessoa, na Paraíba.
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Maya
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:)

reinaldo azevedo



O "Eu poético" de Tarso Genro e seu senso de justiça

Alguns leitores me pedem que republique um pequeno ensinamento sobre o que vem a ser o "Eu poético" num poema. Ok. Segue conforme o publicado no dia 6 de abril do ano passado:
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Esta sai com a ajuda de um leitor. Para quem não tem intimidade com a área, uma explicação: o “eu poético”, num poema, é quem nele se pronuncia, também chamado de “eu lírico”. Vejam estes versos do português Mário de Sá-Carneiro em Dispersão:
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Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.
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Ainda que este “eu” possa ser Sá-Carneiro, isso não tem importância. O “eu”, ali, é o “Eu Poético”. Agora vejam este exemplo de um poema de Tarso Genro, ministro da Justiça:
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"Quanto te esperei e quanto sêmen
inútil derramei até o momento"
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É um caso genuíno de “Eu Punhético”.
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Para completar, segue trecho de outro post de 10 de fevereiro do ano passado:
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Mas não é só esse Tarso cheio de amor pra dar que enriqueceu a língua. Também temos notas, assim, plenas daquele lirismo cotidiano, que deixaria Adélia Prado em estado de choque:
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"A vovó Cacilda parecia uma patinha
e a vovó Julica elétrica e risonha
conversava com lagartos"
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Não sei. Não creio que alguém antes tenha associado a própria avó a uma pata. Um pequeno passo para o verso, mas um grande salto para a psiquiatria.
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E Tarso também sabe dispensar adjetivos e firulas para produzir o verso seco, à moda João Cabral, cortante mesmo:
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"Em Cuba planta-se cana"
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Por que isso tudo? Exijo a volta de Tarso Genro à poesia. Seus versos ainda são melhores do que seu senso de justiça.
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NOTA: Cá entre nós, que grande injustiça com a poesia comete o sr. Reinaldo Azevedo em um tão singelo comentário!

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A HORA DOS HOMICIDAS. OU: "A CNBB, a OAB e o capeta"


Imaginem a seguinte situação:Uma entidade legal de defesa de proprietários rurais — NÃO ME REFIRO A PISTOLEIROS A SERVIÇO DE GRILEIROS — mata, com tiros nas pernas, na cabeça e no rosto, quatro invasores de terra. Ouvido, o representante dessa entidade diz: “O que matamos não foram pessoas comuns. Eram invasores violentos".
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- Qual teria sido a reação do ministro da Justiça?
- Qual teria sido a reação dos colunistas humanistas?
- Qual teria sido a reação dos congressistas?
- Qual teria sido a reação da OAB?
- Qual teria sido a reação da CNBB?
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Mas o que se deu foi outra coisa. Um movimento sem existência legal, o MST, executou quatro seguranças que garantiam uma reintegração legal de posse. E o que temos?
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- O ministro da Justiça não vê excesso de violência, mas "arrojo".
- Os colunistas humanistas acusam preconceito contra o MST, embora admitam que assassinato seja crime (como são ousados!).
- A reação no Congresso é de uma timidez vexaminosa.
- A OAB não soltou um pio. Seu presidente, Cezar Britto, estava ocupado em condenar o embargo a Cuba, onde havia participado de um encontro internacional de advogados trabalhistas... Pra que serve advogado onde não há estado de direito? Britto um dia satisfaz essa nossa curiosidade.
- A única voz que se ouviu foi a dos bispos de passeata. E eles saíram em defesa do MST. Os religiosos preferiram criticar o ministro Gilmar Mendes. E isso torna essas autoridades católicas cúmplices morais da morte dos quatro Silvas.
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Reitero: quem silencia diante dos cadáveres e ataca o presidente do STF (que cobrou o cumprimento da lei) é nada menos do que isto: CÚMPLICE MORAL DE HOMICIDAS. Tanto pior quando vestem batina porque conspurcam também uma religião. O DIABO SEMPRE RONDA AS VIZINHANÇAS DE DEUS. E, às vezes, entra no seu quintal. Quando li a opinião da CNBB, disse cá comigo: "Sai, capeta!". Ah, sim, dr. Britto: o socialismo é o capeta da democracia. Tribunal em Cuba é paredão, companheiro!
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