Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

FAÇA COMO EU: VISITE O BLOG DELES, E SIGA-OS TAMBÉM! :)

30 de dez. de 2007

Para ver mais fotos, clique na foto abaixo!!!
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Feliz ano que vem...
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Maya
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Paris adormece


Paris adormece
Upload feito originalmente por Maya Felix
Fiz esta foto em Belleville, onde morava. Como Belleville é uma das colinas de Paris, hoje integrada à cidade, temos esta vista maravilhosa...

a luta contra a pornografia

Para ampliar a imagem...clique nela!


Psicóloga fala sobre a sexualidade e sobre o lançamento no Brasil do primeiro site pornô cristão

Sexo é inegavelmente um dos grandes assuntos do momento. Nunca se desejou tanto experimentar, discutir e, especialmente, ver. Este último é que vem se tornando uma grande dor de cabeça para as igrejas cristãs. Através da mídia e da internet, a indústria pornográfica cresce sem parar e já lucra 100 bilhões de reais por ano. Todo dia, quase 70 milhões de pessoas procuram o assunto em sites de busca. Mas não são apenas os "mundanos" que buscam esse tipo de coisa. Pesquisas recentes mostram que também os evangélicos parecem só pensar "naquilo". Nos Estados Unidos, 10% dos crentes é [sic] viciado em pornografia. Por aqui, ainda não existem estudos conclusivos, mas estima-se que a porcentagem seja ainda maior.

Preocupado com isso, um grupo de evangélicos resolveu atacar o mal na raiz e montou o primeiro site pornô cristão do Brasil. Antes de se escandalizar, é bom saber que o Sexxx Chrurch não tem nada de pornográfico. Seu objetivo é ser uma ferramenta de evangelização, usado para despertar as igrejas para o assunto e oferecer apoio àqueles que desejam se libertar do vício, mas não encontram força. Uma das cabeças por trás desse ministério é a psicóloga Sâmara Gabriela Baggio. Especialista em educação sexual, ela tira dúvidas, orienta e escreve materiais de escarecimento sobre o tema. "A igreja Evangélica, infelizmente, não está preparada para discutir o assunto, que continua sendo um tabu dentro dos templos", diz ela.

Apesar de jovem - ela tem 28 anos -, Sâmara fala com experiência. Quando era criança, foi vítima de abuso sexual. Depois, viu sua família se desintegrar com o divórcio dos pais. Passou nove anos fazendo terapia. Compreender a si própria e ajudar os outros foi o que a motivou a estudar o tema. "Mesmo assim, ainda era uma pessoa deprimida", conta ela. A libertação total veio em 2002, quando conheceu Jesus Cristo. Casada com Silmar e mãe de Samuel, de apenas quatro anos, ela garante ser bem resolvida com sua sexualidade. Tanto que trabalha na área de aconselhamento de sua igreja, o Projeto 242, uma comunidade alternativa coligada à Igreja do Evangelho Quadrangular, e é uma das líderes do inovador Sexxx Church. Aliás, foi esse o tema principal da entrevista que ela concedeu à ECLÉSIA:


ECLÉSIA: O que exatamente é um site pornô cristão?

Sâmara Gabriela Baggio - Calma, calma. Certamente não é um site de pornografia (risos). O Sexxx Church é um site cristão que aborda a pornografia a partir de uma perspectiva bíblica. A internet transformou-se na forma mais fácil de acesso a esse tipo de conteúdo. Basta um simples clique e está lá, até mesmo diante de crianças e dos adolescentes. Alguns estudos mostram que 12% de todos os sites da rede têm conteúdo pornográfico, o que dá uns 4,2 milhões. Ou seja, a oferta é abundante e muito bem aproveitada pelos usuários, pois uma em cada quatro pesquisas feitas em sites de busca como o Google é por pornografia e 35% dos downloads são de conteúdo pornográfico. Ufa! Diante dessa situação, pensamos: Por que não usar também a web para atrair todo esse pessoal e ajudar os viciados em pornografia a alcançarem a libertação? Para facilitar o acesso a esse público, a solução foi adotar o XXX, que na linguagem da internet é uma alusão à palavra sexo.

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NOTA: Trecho da entrevista deste mês da revista Eclésia, concedida a Marcos Stefano. O link para o Sexxx Chrurch está adicionado ao lado, na lista de sáites. A revista Eclésia é mensal, está à venda nas bancas de jornais e custa R$ 7,90. O link para o site da revista está também ao lado...

Jason Remai


Jason Remai
Upload feito originalmente por Maya Felix
Jason, from Saskatoon, Canadá, no Léon do Champs Elysées. Como eu sempre digo, perdido (ou achado) em Paris. Eu tirei a foto.
Para ver mais, clique na imagem...

o olho do Jason

O olho do Jason Remai.

29 de dez. de 2007

boa notícia

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O primeiro chocolate produzido no Brasil com 60% de cacau.
Lançamento de final de ano.
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Delicioso.
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UBE

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A UBE está preparando uma lista com as 10 melhores postagens de 2007, dos blogs evangélicos associados.
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Para participar, deixe um comentário com o título e o link de - no máximo - 3 [três] postagens que você considerou de maior relevância neste ano de 2007.
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Os blogs que tiverem seus posts inseridos no resultado final, terão à disposição um selo para publicação.
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PS1. Não serão aceitas indicações de posts do próprio blogueiro, nem de comentaristas anônimos.
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PS2. Ajude-nos a divulgar esse concurso por meio do seu blog.
Eu lavo as minhas mãos em relação àqueles que imaginam que falar seja conhecimento, que silêncio seja ignorância e que indecisão seja arte.

Kahlil Gibran

L'Afrique dit "non"

Ainsi donc, au grand dam de l’arrogante Europe, l’inimaginable s’est produit : dans un élan de fierté et de révolte, l’Afrique, que certains croyaient soumise parce qu’appauvrie, a dit « non ». Non à la camisole de force des accords de partenariat économique (APE). Non à la libéralisation sauvage des échanges commerciaux. Non à ces ultimes avatars du « pacte colonial ».
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Cela s’est passé à Lisbonne, en décembre dernier, lors du IIe sommet Union européenne - Afrique, dont l’objectif principal était de contraindre les pays africains à signer de nouveaux traités commerciaux (les fameux APE) avant le 31 décembre 2007, en application de l’accord de Cotonou (juin 2000), qui prévoit la fin de la convention de Lomé (1975). Selon celle-ci, les marchandises en provenance des anciennes colonies d’Afrique (et des Caraïbes et du Pacifique) entrent dans l’Union quasiment sans droits de douane, à l’exception de produits sensibles pour les producteurs européens comme le sucre, la viande et la banane.
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L’Organisation mondiale du commerce (OMC) a exigé le démantèlement de ces relations préférentielles, ou alors leur remplacement – seul moyen, selon l’OMC, de préserver la différence de traitement en faveur des pays africains – par des agréments commerciaux fondés sur la réciprocité (1). C’est cette seconde option qu’a retenue l’Union européenne, le libre-échange intégral camouflé sous l’appellation « accords de partenariat économique ».
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Autrement dit, ce que les Vingt-Sept exigent des pays d’Afrique (et de ceux des Caraïbes et du Pacifique (2)), c’est d’accepter de laisser entrer dans leurs marchés les exportations (marchandises et services) de l’Union européenne, sans droits de douane.
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Le président sénégalais Abdoulaye Wade a dénoncé ce forcing et a refusé de signer. Il a claqué la porte. Le président de l’Afrique du Sud, M. Thabo Mbeki, l’a immédiatement soutenu. Dans la foulée, la Namibie a également pris la courageuse décision de ne pas signer, alors qu’une augmentation des droits de douane de l’Union européenne sur sa viande bovine marquerait la fin de ses exportations et la mort de cette filière.
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Même le président français, M. Nicolas Sarkozy, qui avait pourtant eu des mots fort malheureux à Dakar en juillet 2007 (3), a apporté son appui aux pays les plus opposés à ces traités léonins : « Je suis pour la mondialisation, je suis pour la liberté – a-t-il déclaré –, mais je ne suis pas pour la spoliation de pays qui, par ailleurs, n’ont plus rien (4). »
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Cette fronde contre les APE – qui suscitent, au sud du Sahara, une immense vague d’inquiétude populaire ainsi qu’une intense mobilisation des mouvements sociaux et des organisations syndicales – a porté. Le sommet s’est terminé sur un constat d’échec. M. José Manuel Barroso, président de la Commission européenne, a été contraint de céder et d’accepter la revendication des pays africains de poursuivre le débat. Il s’est engagé à reprendre les négociations en février prochain.
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Cette cruciale victoire de l’Afrique est un signe supplémentaire du moment favorable que connaît le continent. Au cours des dernières années, les conflits les plus meurtriers se sont terminés (seuls demeurent ceux du Darfour, de la Somalie et de l’est du Congo), et les avancées démocratiques ont été consolidées. Les économies continuent de prospérer – même si les inégalités sociales demeurent – et sont pilotées par une nouvelle génération de jeunes dirigeants.
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Autre atout enfin : la présence de la Chine, qui, investissant massivement, est sur le point de supplanter l’Union européenne au premier rang des fournisseurs du continent africain, et qui, par ailleurs, pourrait devenir, dès 2010, son premier client, devant les Etats-Unis. Il est loin le temps où l’Europe pouvait imposer de désastreux programmes d’ajustement structurel. L’Afrique se rebiffe désormais. Et c’est tant mieux.
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Ignacio Ramonet.
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(1) Lire Alternatives économiques, Paris, décembre 2007.
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2) Les pays des Caraïbes ont accepté, le 16 décembre 2007, de parapher un APE avec l’Union européenne.
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3) Dans son discours à l’université de Dakar, le 26 juillet 2007, M. Sarkozy avait déclaré : « Le drame de l’Afrique, c’est que l’homme africain n’est pas assez entré dans l’histoire (...), jamais l’homme ne s’élance vers l’avenir. » Lire Anne-Cécile Robert, « L’Afrique au kärcher », Le Monde diplomatique, septembre 2007.
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4) Le Monde, 15 décembre 2007.
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NOTA: este pode ser o começo para uma reviravolta também na África. Vejo aí surtir efeito o Fórum Social Mundial, no qual reafirmamos nossa certeza de que as pessoas são mais importantes que o lucro das empresas reunidas no Foro de Davos. Cá entre nós, Ignácio Ramonet continua brilhante.

28 de dez. de 2007

Também suborno não aceitarás, porque o suborno cega até o perspicaz, e perverte as palavras dos justos.

Êxodo 20:15, Bíblia Sagrada

Encantada


Fui ver...


Encantada!!! OK, podem dizer o que for, mas eu amei o filme! Hoje à tarde foi Shrek I e II com meu sobrinho Davi, que é fã do Shrek, e Encantada, à noite. Encantada é bem ao estilo iconoclasta de Shrek e outros. Só que os heróis até mudam de roupa, mas as narrativas continuam canônicas, partindo de um equilíbrio inicial, chegando ao conflito, às peripécias, até a volta ao equilíbrio. Patrick Dempsey, que eu vi adolescente em Manequim, envelheceu e melhorou! Lindo! A história é engraçada, leve, boa pra uma tarde chuvosa e fria (não é o caso, estou quase na Amazônia). Cinema, pra mim, tem essa cara: tarde chuvosa e fria, lanche quente depois, casa, banho quente. Por que, não sei, boa pergunta. Outro filme meio nesse estilo é De Repente 30, com Jennifer Garner. E nada substitui um final feliz, que me perdoem os discordantes... Mas em uma coisa concordamos: os contos de fada não são mais os mesmos. Quando eu era pequena ainda me lembro do clássico A Bela Adormecida... De Branca de Neve e Os Sete Anões... Ninguém mais é inocente, que chato. Bom, o filme é romântico e engraçado, vale o ingresso.

27 de dez. de 2007

Ferreira Gullar


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O que oprime ao pobre insulta o Criador, mas a este honra o que se compadece do necessitado.


Provérbios 14:31, Bíblia Sagrada.

A volta do nazifascismo

Assunto: 185ª Edição (14 de janeiro) por Renato Pompeu
Data: 14 Jan 2005 15:33:48 -0300
De: "Caros Amigos" webmaster@carosamigos.com.br

A volta do nazifascismo
por Renato Pompeu

O nazifascismo está voltando? O mundo todo ficou chocado com as fotos do príncipe inglês de uniforme nazista num baile à fantasia. Na Áustria, Suíça e Itália, facções nazifascistas fazem parte de coalizões governamentais; na França, o candidato de extrema-direita, Le Pen, havia há poucos anos chegado ao segundo turno das eleições presidenciais, superando os socialistas. Em São Paulo, há pouco mais de um mês, foi feita uma reunião nacional para refundar um partido integralista brasileiro.

O economista húngaro Karl Polanyi, autor do célebre livro “A Grande Transformação”, em que conta como a primeira onda do capitalismo, nos séculos 18 e 19 esmagou direitos seculares da população, como o direito à alimentação, roupas e moradia – o que levou a sociedade a reagir, instaurando as leis trabalhistas e os direitos sociais –, costumava dizer que o surgimento de pensamentos e movimentos de tipo fascista é inerente ao capitalismo.

Pois o capitalismo, ao desenvolver-se, gera o internacionalismo, por meio da liberação dos mercados mundiais e por meio das migrações em massa que promove. A esquerda, mesmo sendo defensora das culturas nacionais ameaçadas pela crescente internacionalização, também defende ideais internacionalistas, de solidariedade entre os povos e entre os trabalhadores do mundo inteiro.

O medo diante da internacionalização, seja a promovida pelo capitalismo, seja a promovida pelos movimentos esquerdistas, leva muitas pessoas a não só tentarem defender os valores da cultura de sua nação, mas a exigir que sua nação seja posta como um valor acima de tudo, sendo necessário purificá-la da presença de estrangeiros – os imigrantes que o capitalismo traz, em busca de mão-de-obra mais barata, e que a esquerda defende, em nome dos direitos humanos. Os nacionalistas de direita querem a expulsão desses “estrangeiros”, mesmo que estejam há várias gerações no país.
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Mesmo tendo ódio ao socialismo, por este ser internacionalista, os nacionalistas de direita são, em primeiro lugar, inimigos do capital estrangeiro; e, em segundo lugar, são contra a destruição dos direitos sociais esmagados pelo capitalismo, como novamente acontece na atual nova onda do capitalismo. O nazifascismo, assim, exige uma regularização das relações de trabalho.
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Não podendo dinamizar a economia pelos investimentos estrangeiros, nem pela socialização dos meios de produção, os nazisfascistas impõem ao mesmo tempo a economia de guerra e a regulação estatal da economia, assegurando encomendas estatais, principalmente de material bélico, às empresas privadas, reunidas em trustes e cartéis. Para fazer a economia funcionar desse modo, e para conquistar os mercados estrangeiros, o nazifascismo recorre às guerras de agressão.
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Daí, e diante da derrota histórica do comunismo e da crescente exploração antinacional do capitalismo, se explica o renascimento dos ideais neonazifascistas. O mais impressionante é que o atual regime dos Estados Unidos, inteiramente voltado para as guerras de agressão e a conquista militar de mercados, é ao mesmo tempo melhor e pior do que o fascismo. Melhor porque ainda há eleições e, embora cada vez mais restringida, também liberdade de expressão. Pior porque não existe, como no nazifascismo, um patamar mínimo de defesa dos trabalhadores. Como a Grã-Bretanha segue uma política semelhante à dos EUA, não chega a ser de todo surpreendente que o príncipe inglês tenha aparecido em público com o uniforme nazista.
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Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor de “Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória” (Ediouro) e de “Memórias de Uma Bola de Futebol” (Editora Escrituras).

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NOTA: Este texto é muito bom! O brilhante Renato Pompeu, de modo absolutamente didático, explica em poucas linhas as diferenças mais basilares entre nazifacismo e socialismo... Pesquei do Correio Caros Amigos. Alguns dos que foram meus alunos em Leitura e Produção Textual conhecem-no, pois trata-se de um texto bem escrito, coeso e coerente, no qual as idéias são concatenadas de modo preciso.

26 de dez. de 2007

feio não é bonito...

Existem grandes, profundas diferenças entre nacional-socialismo (vulgo nazismo) e socialismo. Pra início de conversa, o socialismo é internacionalista, o nacional-socialismo é nacionalista! Amanhã vou postar aqui um excelente texto a respeito disso.
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Quinteto Armorial

Formado em Recife em 1970, foi o mais importante grupo a criar uma música de câmara erudita brasileira de raízes populares. Ligado ao Movimento Armorial de Ariano Suassuna, que propunha um diálogo entre o cancioneiro folclórico medieval e as práticas criativas e interpretativas nordestinas, o grupo era composto tanto por rabeca, pífano, viola caipira, violão e zabumba quanto por violino, viola, flauta transversa. Seus integrantes eram Antônio José Madureira, Egildo Vieira do Nascimento, Antonio Nóbrega, Fernando Torres Barbosa e Edison Eulálio Cabral.

Visite a comunidade do Orkut Quinteto Armorial:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=48930

O Quinteto e o Movimento Armorial

Gravura de Gilvan Samico: Alexandrino e o pássaro de fogo
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Contracapa do disco, com texto de Ariano Suassuna.
Para ampliar a imagem, clique nela.
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O QUINTETO E O MOVIMENTO ARMORIAL
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Iniciado oficialmente em 1970, o Movimento Armorial interessa-se por Cerâmica, Pintura, Tapeçaria, Gravura, Teatro, Escultura, Romance, Poesia e Música, sendo que estamos a ponto de tentar nossas primeiras experiências no campo do Cinema e no da Arquitetura.

No que se refere à Música, o trabalho do Quinteto Armorial é o que, na minha opinião, temos de mais importante, pois contamos com compositores que já estão dando o que falar, no campo da Música brasileira e erudita, de raízes nacionais e populares. Sem se falar de nossos dois grandes patronos de nome já firmado - Guerra Peixe e Capiba, aqui presentes neste disco - trata-se de gente como Antonio Carlos Nóbrega de Almeida, Jarbas Maciel, Egildo Vieira, e, sobretudo, esse extraordinário Antonio José Madureira, a meu ver a maior esperança da Música brasileira atual. Assim como Gilvan Samico, partindo das xilogravuras da Literatura de Cordel, criou importância para a Cultura brasileira, o mesmo está fazendo Antonio José Madureira a partir dos cantores do nosso Romanceiro Nordestino, dos toques de pífano, das violas e rabecas dos nossos Cantadores - toques ásperos, "desafinados", arcaicos, acerados como gumes de faca-de-ponta. Foram os compositores armoriais que revalorizaram o pífano, a viola sertaneja, a guitarra ibérica, a rabeca e o marimbau nordestino, estranho e belo instrumento, de som áspero e monocórdico, lembrando - como a rabeca também - os instrumentos hindus ou árabes, estes últimos de presença tão marcante no nordeste, por causa da nossa herança ibérica.

Os músicos do Quinteto Armorial poderiam ter partido em busca de dois caminhos fáceis: limitar-se, por um lado, à boa execução da Música européia, tradicional ou "de vanguarda", e procurar, por outro lado, o fácil sucesso popular, tocando, à sua maneira, "baiões" comerciais. Não o quiseram. Convencidos de que a criação é muito mais importante do que a execução, preferiram a tarefa mais dura, mais ingrata, mais difícil e mais séria: a procura de uma composição nordestina renovadora, de uma Música erudita brasileira de raízes populares, de um som brasileiro, criado para um conjunto de câmera, apto a tocar a Música européia, é claro - principalmente a ibérica mais antiga, tão importante para nós mas principalmente apto a expressar o que a cultura brasileira tem de singular, de próprio e de não-europeu.

O Quinteto Armorial tem seu trabalho ligado ao departamento de extensão Cultural da Pré-Reitoria para Assuntos Comunitários da UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO.

Ariano Suassuna

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NOTA: Quando criança eu me lembro do LP que meu pai guardava e ouvia, do Quinteto Armorial - Do romance ao galope nordestino. Na verdade, salvo engano, o único trabalho do grupo que foi comercializado. Mais tarde, encontrei o CD, como uma jóia... Este texto, já na grande capa do LP, apresentava o Quinteto aos ouvintes. O Movimento Armorial, iniciado em Pernambuco, bucou resgatar as origens ibéricas da cultura nordestina, como tão bem explica o texto de Ariano Suassuna, considerado o pai do Movimento. O próprio sebastianismo, marcante no nordeste brasileiro por sustentar políticos salvadores, que resgatariam o nordeste de sua miséria secular, traz a figura de D. Sebastião, rei de Portugal que, jovem, teria se perdido em batalha e foi aguardado pelo povo português, durante séculos, para livrá-los de seus opressores e decadência. Isso foi muito bem tratado por José Saramago, em A Jangada de Pedra: o desejo da separação, da independência de Portugal dos ricos próximos, fosse a Espanha, fosse a Inglaterra, fosse a França. A poesia de Fernando Pessoa, em Mensagem, sinaliza a melancolia portuguesa dos dias de glória das navegações. E, assim como foi a Península Ibérica fortemente influenciada pelos árabes, ou "mouros", assim também toda a cultura de Portugal e Espanha, sobretudo no sul, que se diferencia deveras da cultura do sul da França e da Itália, por exemplo, ligada à cultura provençal-românica das línguas da Langue D'Oc (que não deixou de abarcar parte do sul da Espanha, que se faça justiça), Langue d'Oui e de outras (mais fortemente, na França, pela Langue D'Oc, na verdade um conjunto de dialetos). E, marcado de modo indelével pela riqueza da cultura árabe, Portugal colonizou o Brasil e deixou no nordeste, de modo mais visível, esses contornos. O sul e o sudeste, recebedores de alemães, italianos, poloneses, japoneses e outros, no início do século XX e depois da Segunda Guerra, sofreu maior apagamento desta influência. Portanto, as feiras nordestinas, as xilogravuras, as músicas, a literatura de Cordel, as procissões, as festas populares, as crenças... tudo traz a marca árabe-portuguesa do medievo. E o Movimento Armorial, de maneira brilhante, resgata essas origens e nos oferece a beleza. Minhas homenagens a Ariano Suassuna e ao Quinteto Armorial, que marcaram minha infância, minha adolescência e minha "universidadiência". A irmã de minha avó paterna, Professora Maria do Socorro de Almeida, que traduziu e estudou o El Cid do Espanhol medieval para o português, é professora aposentada de literatura e cultura ibéricas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Vem-me à memória sua casa, em Santa Teresa, Rio de Janeiro, abarrotada de livros, e uma das belas xilogravuras de seu marido, Sérgio, que se tornou a capa do livro de poesias de minha avó, Aurora Felix, o Poemas Brancos. Tinha muito a dizer do Movimento Armorial, El Cid e, me lembrei disso agora, Gargantua, de Rabelais, tão bem lido por minha orientadora do mestrado, Professora Michele Perret, hoje aposentada da Université de Nanterre, em seus estudos diacrônicos sobre o uso de dêiticos e em seu livro Introduction à l'histoire de la langue française, que ela me enviou de Paris, com bela dedicatória. Mas fico por aqui, esperando que a curiosidade os leve além.
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Mais uma coisa: O presidente estadunidense, que hoje arroga a superioridade de sua cultura em relação aos árabes, é tão burro que desconhece o fato de que enquanto seus ancestrais europeus subiam em árvores os árabes já possuiam desenvolvidas a medicina, a poesia e a álgebra, para citar as áreas mais conhecidas. Forte, grande e rica foi e é a cultura árabe, hoje desprezada e rotulada por esses que invadiram a Europa como "bárbaros", a fim de suplantar o decadente império romano. Há árabes islâmicos, cabe também lembrar, e árabes cristãos. Foi o caso do meu bisavô e de sua família, vindos do Líbano para o nordeste brasileiro, pelo que me contaram tios-avós, por conta de perseguição religiosa. Salaam Aleikum!

a bruxa de blair




O ex-primeiro ministro britânico Tony Blair se converteu ao catolicismo. A notícia foi confirmada por seu porta-voz.
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O primaz católico da Inglaterra e Gales, Cardeal Cormac Murphy-O'Connor, deu as boas-vindas a Blair, ao catolicismo, no curso de uma cerimônia celebrada na capela da casa do cardeal, no centro de Londres.
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O cardeal-arcebispo de Westminster declarou que estava "muito contente em dar as boas-vindas a Tony Blair à Igreja Católica". Ele afirmou ainda que durante muito tempo o ex-premier britânico "assistira, regularmente, à missa, com sua família e, nos últimos meses, seguiu o programa de formação para se preparar à plena comunhão. "Minhas orações, disse também o Cardeal O'Connor, são para ele, sua esposa e sua família, neste momento feliz de seu percurso comum de fé."
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"Em junho passado, pouco antes de expirar seu mandato de mais de 10 anos como primeiro-ministro britânico, Tony Blair se encontrou com Bento XVI. Segundo a imprensa britânica, o líder político considerava sua visita ao Vaticano como uma boa oportunidade para anunciar sua conversão à Igreja Católica. Ele teria sido aconselhado, porém, pelo primaz católico da Inglaterra e Gales, que o acompanhava na viagem, a aguardar o fim de seu mandato político para divulgar uma decisão de caráter tão pessoal.
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No Vaticano, o clima é de "alegria e respeito" pela decisão de Tony Blair: "A Igreja Católica, disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, se une ao sentimento de alegria expresso pelo arcebispo de Westminster, Cardeal Cormac Murphy O'Connor, que ofereceu a comunhão a Blair. A decisão de uma personalidade tão relevante, de ingressar na Igreja Católica, só pode suscitar alegria e respeito", disse Pe. Lombardi, ressaltando que a escolha de Blair deve permanecer um fato espiritual e pessoal.
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"Tony Blair teria mantido secreto por anos, seu desejo de se converter ao Catolicismo, fé que professam sua esposa, Cherie, e seus filhos. Entretanto, preferiu não se converter, enquanto ocupava o cargo de premier britânico.
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Segundo a imprensa britânica, a conversão de Blair não ocorreu durante o período de seu mandato como chefe de Governo, porque isso, provavelmente, criaria um conflito com a Igreja Anglicana, já que é premier britânico quem nomeia os bispos anglicanos.
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Embora a lei do Reino Unido não proíba que um primeiro-ministro seja católico, o cargo nunca foi ocupado por um político dessa religião. Apenas o rei ou a rainha da Inglaterra, como chefes da Igreja Anglicana, e seus cônjuges não podem ser católicos, em virtude de uma lei aprovada após a chamada Revolução Gloriosa, que derrubou o último rei católico do país, James II, em 1688.
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NOTA: O ex britânico, que apoiou incondicionalmente G. Bush na invasão do Iraque, em qualquer igreja será o que é. O que muda o coração do homem não é a igreja, mas o verdadeiro conhecimento de Deus.

papai noeeel...

Arte do Kayser, de Porto Alegre (RS)

aldo rebelo


Arte do Kayser, de Porto Alegre - RS
FOTOGRAFIA: Mayalu Felix - Alcântara (MA)

Os amigos e os inimigos do Messias

Enviou-os a Belém e disse: “...Logo que o encontrarem, avisem-me, para que eu também vá adorá-lo”. Mt 2:8
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A primeira vinda do Messias – gerado miraculosamente e nascido desinstaladamente – foi o cumprimento de promessas proféticas. As estrelas e os anjos lhe emprestam um caráter cósmico; os pastores e os magos sinalizam o seu caráter terreno, histórico.
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As Boas Novas transformariam vidas individuais e relacionamentos, no grande milagre da metanóia (salvação e santidade), mas a sua destinação deveria ser muito mais ampla: a sinalização do Reino de Deus e seus valores diante dos anti-valores do anti-reino das trevas e da morte.
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Daí, o seu primeiro conflito foi de natureza política. O rei Herodes se sentiu ameaçado em seu trono, procurou (como muitos políticos, e não-políticos) “levar na conversa” os magos, com a demagogia e a insinceridade de procurar saber onde estava o menino, para ir e também adorar.
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Os magos, advertidos pelo céu, literalmente saíram pela tangente, e o rei, furioso, provocou um infanticídio coletivo, mandando matar todos os meninos de Belém, que tivessem de dois anos para baixo.
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Advertido em sonho, José toma Maria e a criança e vão para o Egito como refugiados políticos, somente voltando após a morte do tirano. Ao longo da História – e hoje – quantos tiranos forçaram milhares de pessoas a sair de suas terras e viverem em condições miseráveis como refugiados?
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Quando o Evangelho é anunciado em sua plenitude acaba sempre batendo de frente com os poderes deste mundo: político, econômico, social, cultural, religioso. O Evangelho desinstala, subverte, ameaça com a ordem de Deus a desordem do mundo.
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Hoje, além do fanatismo religioso anti-cristão, que gera um novo ciclo de martírio, discriminação e privação, de parte dos crescentes setores extremados das grandes religiões, temos a sua negação pelo racionalismo ocidental fora e dentro das Igrejas, e a própria festa tomada pelos símbolos do secularismo consumista.
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Concordo com o Rev. Ramacés Hartwig, nosso clérigo na Paraíba, que a nossa reação não pode se restringir ao mero lamento, ao mero discurso de denúncia ou a uma necessária renovação do anúncio, mas a um embate de símbolos, com a decoração de motivos natalinos cristãos nos lares e nos templos. No lugar de Papai Noel, o Presépio e a Coroa do Advento, para darmos dois exemplos.
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Um Evangelho que não incomoda os Herodes da nossa época; um Evangelho que ainda não se concretizou em Boas Novas para os pobres; um Evangelho que não motiva uma batalha no campo das artes, dos símbolos e do lúdico, é um Evangelho distorcido, parcializado. Alguma coisa está faltando.
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Os cristãos ultra-místicos que retiram o Evangelho da História para o recôndito da alma, o outro mundo ou o fim do mundo, e os cristãos, que em sua iconoclastia, despojamento, falta de sensibilidade artística ou anti-romanismo primário, procuram enfrentar os símbolos secularizantes com quatro paredes caiadas e um sermão raivoso, se tornam (tantas vezes como inocentes úteis) aliados dos inimigos do Messias.
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Cristo Nasceu! Cristo está Nascendo! Cristo Renascerá!
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Um abençoado natal para toda comunidade diocesana Anglicana do Recife – territorial e extraterritorial –, para nossos irmãos e amigos em todos os rincões, porque as novas de grande alegria “será para todo o povo” (Lc 2;10b).

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Dom Robinson Cavalcanti, Bispo Diocesano.
FONTE: Pavablog

25 de dez. de 2007

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Estava um garoto todo esticado tentando alcançar uma campainha. Passou por ele um policial e perguntou se queria ajuda.
- Sim, seu guarda, será que dava para o senhor tocar a campainha por mim?
O policial assim fez. O garoto, saindo em desembalada carreira, então gritou:
- Agora fuja, que eles costumam jogar água!

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Em um dia de prova na faculdade o professor avisa aos seus 100 alunos:
- As provas serão enceradas as 10:30 e passando desse horário não receberei mas nenhuma.
Às 10:32 ele pede as provas aos alunos. Um deles, que estava sentado no fundo da sala, foi o último a entregar; já eram 10:45 e o professor não quis mais receber a prova. O aluno chegou para o professor e perguntou:
- Você sabe com quem está falando?
O professor respondeu:
- Não.
O aluno voltou a perguntar:
- Você tem certeza de que não sabe com quem está falando?
O professor, meio desconfiado, respondeu novamente:
- Não...
O aluno, então, rapidamente colocou a prova no meio da pilha de outras provas que estava nos braços do professor e disse:
- Agora descubra...

***

Anúncio de "precisa-se" colocado em jornal por um menino de dez anos:
"Desejo entrar em contato com homens que tenham terminado o curso primário em 1960 e que tenham conhecido meu pai naquela época. Objetivo: verificar se ele era tão bom aluno como diz."

***

O pai, com o boletim na mão, diz para o filho:
- É uma pena que não dêem nota de coragem. Você teria nota 10 por trazer isto para casa.

***
COLABORAÇÃO: Claudíssima!!! Íssima!!!

24 de dez. de 2007

Feliz Natal!

Afirmamos que Jesus, o Messias, salvou, libertou e curou a humanidade quando lutamos por justiça, contra a opressão, o mal, a iniqüidade. Quando perseveramos para que o Reino de Deus venha entre nós. Afirmamos que Ele tomou sobre si nossas iniqüidades quando nos levantamos para que a iniqüidade seja destruída pela verdade. Confirmamos na Terra que Ele é Maravilhoso Conselheiro quando não nos deixamos moldar por este mundo e nos voltamos contra a ignorância, o desconhecimento de Deus. Sabemos que Ele é o Deus Forte quando declaramos sua verdade em nós, e somos por ela fortalecidos. Ele é o Pai da Eternidade, em nossas vidas, quando não buscamos os bens que a traça corrói, mas os tesouros do céu, que são eternos. Proclamamos que Ele é o Príncipe da Paz quando nos opomos à guerra, ao genocídio, à tortura, à alienação humana, ao assassinato, à desigualdade, à truculência, ao ódio, à exploração.

Louvado seja Jesus de Nazaré, o Cristo. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Feliz Natal!

Maya

: )

O Messias

... O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitam na região da sombra da morte resplandeceu a luz. Tu multiplicaste este povo e a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos. Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre ele, a vara que lhe feria os ombros e o cerro do seu opressor, como no dia dos midianitas. Porque toda a armadura daqueles que pelejavam com ruído e as vestes que rolavam no sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo.
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Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos exércitos fará isto.

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Livro do profeta Isaías, capítulo 9, versos de 2 a 7 - O advento e o poder do Messias - Bíblia Sagrada, Ed. CPAD.
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O Messias

Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
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Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
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Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
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Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosqueadores, ele não abriu a boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido. E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano em sua boca.
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Todavia, ao SENHOR agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom saber do SENHOR prosperará na sua mão. O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. Pelo que lhe darei a parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.

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Livro do profeta Isaías, capítulo 53 - A aparição, as dores e a glória do Messias. Bília Sagrada, Ed. CPAD.

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23 de dez. de 2007

ex-piritual

Os ativistas pelos direitos humanos ganharam um presente de Natal na semana passada: dos 37 Estados que praticam a pena de morte nos EUA, um deles, Nova Jersey, acaba de proibir esse tipo de punição. Para os defensores da sentença, 2007 foi o pior ano desde 1976, quando a execução voltou a ser permitida no país. Além da proibição em Nova Jersey, uma decisão de setembro da Suprema Corte já havia suspendido e execução por injeção letal, o método preferido na maioria dos Estados. A suspensão continuará valendo até que novos estudos atestem que o método não faz o condenado sofrer. A decisão pela proibição em Nova Jersey é conseqüência de um relatório de uma comissão de estudiosos que apontou a ineficácia da pena de morte em dissuadir novos assassinatos. Outra conclusão foi que executar criminosos é mais caro que mantê-los presos pelo resto de suas vidas. Os EUA executaram 53 pessoas no ano passado. Em números absolutos, o país só fica atrás da China. Até países árabes, tradicionalmente muito rigorosos em suas condenações, mataram menos que os americanos, segundo um levantamento divulgado pelo jornal The New York Times. Entidades de direitos humanos acreditam que uma decisão definitiva da Suprema Corte sobre a injeção letal, a ser tomada em 2008, poderá influenciar outros Estados a seguir o exemplo de Nova Jersey.

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FONTE: revista Época, 24/12/2007, p. 16.

NOTA: Na semana passada, Diogo Mainardi escreveu um genial artigo sobre a pena de morte. Ele se colocou a favor do método, bem como a favor do aborto. Genial! E muitos blogs e sáites cristãos louvam freqüentemente o Diogo Mainardi! Grande articulista! Inteligente! Me digam, meus irmãos mainardianos: vocês gostam do Diogo Mainardi porque ele é a favor da pena de morte ou porque ele é a favor do aborto?

22 de dez. de 2007

frases...

FOTOGRAFIA: Mayalu Felix - Lençóis Maranhenses (MA)


  • "Há apenas duas maneiras de obter sucesso neste mundo: pelos próprios hábitos ou pela incompetência alheia." - Jean de La Bruyère


  • "O sucesso tem muitos pais, mas o fracasso é órfão."- John Fitzgerald Kennedy


  • "O único lugar onde sucesso vem antes de trabalho é no dicionário."- Vidal Sasson


  • "A distância entre loucura e genialidade é medida apenas pelo sucesso."- James Bond, no filme Tomorrow Never Dies


  • "Eu não conheço a chave para o sucesso, mas a chave para o fracasso é tentar agradar todo mundo."- Bill Cosby


  • "O sucesso geralmente vem para aqueles que estão muito ocupados para estarem procurando por ele."- Henry David Thoreau


  • "Cada vez que você é honesto e conduz a si próprio com honestidade, uma força de prosperidade impulsionará você em direção a um grande sucesso. Cada vez que você mente, mesmo uma pequena mentira inofensiva, existem fortes forças empurrando você em direção ao fracasso."- Joseph Sugarman


  • "É literalmente verdade que você consegue ter sucesso melhor e mais rápido em ajudando os outros a prosperarem."- Napoleon Hill


  • "Despertar interesse e inflamar o entusiasmo é o caminho certo para ensinar facilmente e com sucesso."- Tryon Edwards


  • "Uma pessoa tem entusiasmo por 30 minutos, outra por 30 dias, mas é a pessoa que tem entusiasmo por 30 anos que faz da sua vida um sucesso."- Edward B. Butler


  • "O sucesso e o amor preferem o corajoso."- Ovídio


  • "Sucesso é o prêmio para aqueles que se mantêm fiéis às suas idéias!"- Josh S. Hinds


  • "Não use sua imaginação para invejar o jardim do outro. Todos nós escolhemos imagens que moldam nossas vidas. Se o jardim do outro é poderoso, use-o como um modelo e seja grato pela inspiração."- Dr. Sonia Choquette


  • "A inveja é uma merda." - Frase popular


  • "O termômetro do sucesso é meramente a inveja dos descontentes."- Salvador Dali


  • "Todas as coisas são possíveis àquele que crê."- Bíblia - Marcos 11:23


  • "A fé remove montanhas."- Bíblia - Jesus Cristo


  • "A consciência do homem é o pensamento de Deus."-Victor Hugo


  • "Eu guardei muitas coisas em minhas mãos, e perdi todas; mas todas as que coloquei nas mãos de Deus, essas eu ainda possuo."-Martin Luther King, Jr.


  • "É a falta de fé que faz as pessoas terem medo de encontrar desafios, e eu acredito em mim mesmo."-Muhammad Ali


  • "Eu quero conhecer os pensamentos de Deus; o resto são detalhes."-Albert Einstein


  • A fé não experimentada pode ser uma fé verdadeira, mas é certo que é uma pequena fé, e é provável que permaneça anã enquanto não for testada."- Charles Spurgeon


  • "Apresente sua petição perante Deus, e então diga, 'Seja feita a Tua vontade, não a minha.' A mais carinhosa lição que eu aprendi na escola de Deus é deixar que o Senhor escolha por mim."-Dwight L. Moody


  • "Tome cuidado no que você coloca todo o seu coração. Pois isso certamente deverá ser seu." - Ralph Waldo Emerson


  • "Convicções fortes conquistam homens fortes, e então os fazem mais fortes." - Walter Bagehot


  • "Fere libenter homines id quod volunt, credunt. - Os homens prazerosamente acreditam naquilo que eles desejam."- Caius Julius Caeser


  • "A fé não é complacente; fé é ação. Você não tem fé e espera. Quando você tem fé, você se mexe."-Betty Eadie


  • "Não é da minha conta pensar em mim mesmo. Meu negócio é pensar em Deus. É Deus que pensa em mim."- Simone Weil


  • "Assim como um pequeno fogo é extinto pela tempestade enquanto que um grande fogo é aumentado por ela, da mesma forma uma fé fraca é enfraquecida pelas dificuldades e catátrofes enquanto que uma fé forte é fortalecida por elas."-Viktor E. Frankl


  • "Não há nada que melhor defina uma pessoa do que aquilo que ela faz quando tem toda a liberdade de escolha."- William M. Bulger


  • "Aquele que agrada todo mundo não agrada ninguém."- Samuel Johnson


  • "Nosso caráter é um presságio de nosso destino, e quanto maior a integridade que temos e mantemos, mais fácil e nobre este destino tem probabilidade de ser."- George Santayana, The German Mind: A Philosophical Diagnosis


  • "A personalidade pode abrir portas, mas somente o caráter consegue mantê-las abertas."-Elmer G. Letterman


  • "O melhor indicador do caráter de uma pessoa é a) como ela trata as pessoas que não podem lhe trazer benefício algum, e b) como ela trata as pessoas que não podem revidar."-Abigail van Buren


  • "Eu não me importo com o que os outros pensam sobre o que eu faço, mas eu me importo muito com o que eu penso sobre o que eu faço. Isso é caráter."-Theodore Roosevelt


  • "A medida fundamental de um homem não é como ele se posiciona em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se posiciona em tempos de desafio e controvérsia." -Martin Luther King, Jr.


  • "Nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que importam." -Martin Luther King, Jr.


  • "Dos escombros de nosso desespero construímos nosso caráter." -Ralph W. Emerson


  • "Quando me desespero, eu me lembro que durante toda a história o caminho da verdade e do amor sempre ganharam. Têm existido tiranos e assassinos e por um tempo eles parecem invencíveis, mas no final, eles sempre caem - pense nisso, SEMPRE." - Mahatma Gandhi


  • "No Final, nós nos lembraremos não das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos." -Martin Luther King, Jr.


  • "Nunca deixe sua cabeça baixar. Nunca desista e sente e lamente. Encontre outro caminho. E não reze quando chove se você não reza quando o sol brilha."-Leroy "Satchel" Paige


  • "As pessoas crescem através da experiência se elas enfrentam a vida honesta e corajosamente. É assim que o caráter é construído."-Eleanor Roosevelt


  • "Pessoas de caráter fazem a coisa certa, não porque elas acham que irão mudar o mundo, mas porque elas se recusam a ser mudadas pelo mundo."-Michael Josephson


  • "As circunstâncias não fazem o homem, elas o revelam."- James Allen

20 de dez. de 2007

divina inspiração...

TEXTO DE SÉRGIO PAVARINI POSTADO EM 15/12/2007, EM SEU BLOG. O TEXTO SERÁ PUBLICADO NA REVISTA ECLÉSIA...

15.12.07

Saco cheio de rótulos

“Os conservadores não são necessariamente estúpidos,
mas quase todos os estúpidos são conservadores.”
John Stuart Mill

O discurso dos conservadores me dá tédio. Como o próprio termo denuncia, eles dão-se por satisfeitos simplesmente em “conservar” as coisas. Desprezam e combatem os apóstolos auto-ungidos, mas também se auto-arvoram guardiões da ortodoxia.

São uma espécie de versão ambulante do Google. Você digita a palavra-chave de alguma novidade que rola por aí e eles batem o martelo: “No ano de 1254, havia um ignorante que pregava essa mesma idéia estapafúrdia. Viu como não há nada de novo debaixo do sol?”

Nesse ponto, a ala dos passistas conservadores tem razão. Se dependesse da criatividade do grupo, por exemplo a inovação artística seria reduzida a sapateados fora do ritmo. Naturalmente, a performance sempre é provocada pela ira ao ler algo “perigoso” para a igreja que o herege da hora (sem trocadilho) escreveu.

Ao contrário do que apregoa o adágio, o leite derramado lhes proporciona um indisfarçável prazer de entrar em ação. Com o advento da internet, descobriram que não estão sozinhos em seus posicionamentos intransigentes. Falam a centenas de pessoas na rede... e a centenas de cadeiras em determinados eventos e reuniões.

Seria injusto afirmar que desprezam a arte. Na verdade, exercitam sua verve criativa na “releitura” dos hinetos ou corinhos que, num ato de insuspeita generosidade, permitirão à igreja entoar. Cortam frases, trocam palavras e submetem cada linha ao crivo exegético, hermenêutico e doutrinário. Reis da logomaquia, têm maior prazer em dissertar sobre a má qualidade das composições do que em propriamente cantá-las durante as celebrações, ops, durante os cultos solenes.

Vivessem no Paraíso com Adão e Eva, e os animais permaneceriam sem nome até hoje, dado o número de concílios, simpósios, conclaves e outros nomes dados aos soporíferos encontros para discutir assuntos importantes como a quantidade de anjos que cabem na cabeça de um alfinete.

Do ponto de vista do raciocínio cartesiano, esses “alfinetadores” consideram-se “engenheiros”. Se analisarmos o declínio de certos grupos dos quais participam, talvez possam ser chamados de “coveiros”.

Os conservadores protagonizam uma estranhíssima espécie de casamento no qual o marido parece preferir levar para a cama a certidão de casamento, deixando a esposa a ver navios. Ou melhor, garfos, facas e panelas. O desvelo pela ortodoxia parece estranhamente não encontrar similaridade na devoção pelo próprio Jesus.

Do outro lado

“Raspe a tinta de um liberal e você encontrará
um fundamentalista alienado embaixo dela”Renny Scott, citado por Brian McLarenem
Uma ortodoxia generosa.

A situação também não é muito animadora no grupo dos liberais, a despeito do clima descontraído dos convescotes dos caras. Ao contrário do que rola na facção conservadora, na qual as “cartas” parecem estar dispostas à mesa, do outro lado elas permanecem na manga e em outros esconderijos.

Acostumados a analisar tudo pela aparência, muitos incautos quebram a cara (e a fé, em vários casos), quando o objeto em questão é um liberal. A calça moderninha, o vocabulário cheio de gírias e o estilo casual transmitem a sensação de proximidade e de acolhimento. No entanto, na hora de administrar seus grupos alguns liberais arrepiam mais que seus cabelos quando livres do gel. Defendem suas idéias e propostas com a elegância de um pit bull em jejum prolongado.

Hábeis com as palavras e pseudopublicitários, são sempre receptivos às novidades. Contudo, a estratégia de eliminar filtros escancara portas para certas práticas que beiram a heresia. Sem limites nas extravagâncias, não têm problemas com certos meios se ao final forem pessoalmente beneficiados.

A fama de liberal parece desobrigar seus detentores da necessidade de aprimorar os conhecimentos. Para compensar a tibieza nesse item, exibem um ego tão inflado que mandaria qualquer pavão para o veterinário-terapeuta.

Na falta de idéias próprias, vivem despejando citações alheias, de preferência perpetradas por pensadores que fujam do lugar-comum. São capazes de mencionar a Tati Quebra-Barraco em uma prédica, digo, reflexão, só para mostrar o quanto são “antenadinhos”. Na verdade, estão mesmo é “atoladinhos” em suas idéias fixas e convicções tão consistentes quanto gelatina fora da geladeira por várias horas. Às vezes, é preciso conservar...

Julgando-se incompreendidos e flagelados pelos opositores, murmuram sem cessar as cantilenas de sempre, especialmente quando praticam seu esporte favorito, a caça aos conservadores. Liberais pós-modernos sabem que a prática esportiva faz bem muuuito bem para a saúde!

Epílogo

De longe, toda montanha é azul /De perto, toda pessoa é humana (Dom Pedro Casaldáliga)

Se você chegou até aqui na peroração, por certo identificou um sem-número de exageros e extrapolações carentes de fundamentação. Exatamente o que ocorre todas as vezes que recorremos a rótulos para classificar alguém. Sem identidade, fulano passa a ser simplesmente o “fundamentalista”, enquanto sicrano é “liberal”.

O rótulo esconde completamente a pessoa e suas idéias serão analisadas de forma tendenciosa ad infinitum. Em decorrência, as barreiras erguidas são robustas e contribuem para a desintegração cada vez mais crescente de um povo que deveria ser “um só rebanho”. Haja pasto para acomodar tantas vertentes aparentemente imiscíveis...

Valorizamos tanto a homogeneidade dos tons que até o arco-íris deixou de fazer parte da simbologia cristã, bem como a bandeira da “diversidade”. Em ambos os lados do front, prepondera uma posição beligerante e inflexível. Filhos do mesmo Pai tornam-se figadais inimigos e o amor é substituído pelo desprezo e pelo ódio disfarçado.

Como lembra o bispo N. T. Wright, “compreendemos melhor alguma coisa não meramente criticando, dissecando e duvidando dela, mas também confiando, amando e respeitando-a”. E conclui: “Quando crítica e questionamento vêm no contexto do amor, elas produzem ainda mais percepções”.

O mundo não está em busca de idéias e princípios defendidos com ardor extremado. As pessoas aguardam Deus “com gula”, segundo a inspiração de Arthur Rimbaud. A simplicidade das “boas notícias” perdeu-se em meio aos embates. O saco cheio de rótulos deve ser esvaziado para que possamos voltar a sentar à mesma mesa, evidenciando a todos que o amor de Jesus suplanta quaisquer divergências de opinião.

Tenho ciência da puerilidade aparente deste discurso ao observar tantas feridas purulentas decorrentes de inúmeros confrontos. Contudo, sei o quanto Deus se agrada ao descobrir traços de pureza no coração de seus filhos. Da mesma forma que “Abraão, contra toda esperança, em esperança creu”, essa certeza me motiva a exercer meu sacerdócio espicaçante... pero sin perder la ternura jamás. Afinal, de acordo com a licença poética de Frei Betto, “o amor dura enquanto é terno”.

texto meu [do Sérgio Pavarini... : )] que sairá na próxima edição da revista Eclésia.

TEXTO DE RODRIGO DE LIMA FERREIRA PUBLICADO NO SITE DA REVISTA/EDITORA ULTIMATO. POSTADO AQUI NO BLOG EM 01/12/2007.

RÓTULOS

Vivemos em um mundo frenético, em que as mudanças ocorrem em uma velocidade louca. Aquilo que era novidade na semana passada hoje pode estar defasado.

Não conseguimos nos habituar a isso. Precisamos, para suportar um pouco, de classificações e definições das coisas que mudam, ainda que tais definições e classificações sejam aleatórias e passageiras.

Quer um exemplo? Eu gosto muito de rock, é meu estilo musical favorito. Gosto de praticamente todas as vertentes dentro do rock. Mas é engraçado que aquilo que eu considerava como heavy metal há vinte anos hoje passa a ser classificado como hard rock. Aquilo que trazia desconforto para as igrejas hoje é suportável por se tratar não mais de um ritmo mundano, mas de um ritmo gospel.

Neste aspecto, fico pensando em como temos usado e abusado de rótulos para classificarmos uns aos outros. E o que é pior: aceitamos tais rótulos sem muito questionamento.

Durante o meu tempo de seminário, alguns pastores mais velhos do meu presbitério me alertavam, não sem um pouco de pavor na voz: “Cuidado com o que você vai ler! Cuidado com os liberais!”. Mas, para minha surpresa, li alguns autores ditos “liberais” e vi que eles eram mais consistentes com a doutrina bíblica do que os autodenominados “conservadores”.

Fui alertado, também, sobre outro mal: “Cuidado com o ecumenismo! Leva pro inferno!”. Mas na cidade onde desenvolvo meu ministério atual tenho grande afinidade com o padre, que posso afirmar, sem medo, se tratar de um homem de Deus. Vi que em nossa amizade há grandes possibilidades para a expansão do Reino.

E por aí vai. Podemos ser calvinistas (supralapsarianos e infralapsarianos) ou arminianos; carismáticos, pentecostais ou históricos; amilenistas, pré-milenistas ou pós-milenistas; pré, mid ou pós-tribulacionistas; cessionistas ou não; fundamentalistas ou liberais; ortodoxos ou pós-modernos.

Hoje vejo que tais rótulos são fruto da mentalidade mercantil de nosso protestantismo. São definições humanas que, à luz da Bíblia, têm pouca serventia. O evangelho, afinal de contas, é para o grego, o judeu, o bárbaro, o cita, o circuncidado, o incircunciso, o escravo, o livre (Cl 3.11).

Creio que posso aprender e crescer com o meu irmão que pensa diferente de mim. Afinal, o histórico de vida dele é diferente do meu, e sua percepção de mundo também, o que pode enriquecer a minha cosmovisão.

Assim, posso ser calvinista e entender que o homem não é uma mera marionete nas mãos de Deus; amilenista, entendendo que a minha esperança bendita ainda está para se revelar; ortodoxo, sabendo que devo continuar aprofundando meus estudos na Palavra, pois minha mentalidade afetada pelo pecado não consegue alcançar todas as nuanças das coisas de Deus; conservador, sabendo que não entendo tudo de Deus; não-cessionista, alertando contra os pecados do abuso dos dons espirituais.

A única classificação que devemos aceitar sem reservas é a classificação que Deus colocou sobre nós, que é a de seus filhos amados, independente das nossas questiúnculas pseudo-teológicas. Para Deus, e no fim das contas para nós, é isso o que realmente importa. O resto são rótulos, que ficam bem em produtos de supermercado, mas não em filhos de um Pai amoroso.

***

• Texto escrito por Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Serranópolis, GO.
NOTA: texto bom de ler...

FONTE: Site da Editora/Revista Ultimato.

TEXTO DE MINHA AUTORIA PUBLICADO AQUI NO BLOG EM 04 DE DEZEMBRO DE 2007


SOLA SCRIPTURA

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Encontrei este texto no Blog
Apologética - Sola Scriptura, filiado à UBE, da qual também faço parte. Ora, o assunto de que irei tratar aqui é mais do que polêmico. Na verdade, conheço poucos que realmente tentam discutir o que se pratica hoje, na igrejas ditas cristãs, e o que está, de fato, na Bíblia. E não me refiro somente à Igreja Católica Romana, que é a mais antiga de todas e a que, em minha opinião, comete mais desvios em relação à Palavra de Deus. Mas como aceitar que Igrejas protestantes nos EUA sejam a favor da pena de morte? Como aceitar que essas igrejas apóiem a imunda Guerra do Iraque? Ora, isso é gravíssimo, e atinge frontalmente o que Jesus disse ser resumo dos mandamentos, amar o próximo como amamos a nós mesmos.

Assim também a discussão acerca do homossexualismo e políticas públicas adotadas em relação aos gays, lésbicas, transexuais etc. Não é preciso ir muito longe para se dar conta de que a prática homossexual não é agradável a Deus. Sim, é pecado, e ninguém gosta mais de usar essa palavra, hoje. Mas também não é preciso ir muito longe para se compreender que devemos amar as pessoas, não os seus pecados, não as suas fraquezas ou os seus desvios. Isso não significa ser pusilânime nem relativista o suficiente para saber dizer, também, que determinado comportamento não é bom! E isso implica a grande responsabilidade de se ter a consciência e a lucidez necessárias para sabermos que pecados os temos todos, e se não é sob um aspecto, será sob outros. É claro que questiono quando leio que o governo federal financia eventos para apoiar a causa gay. Não somente porque creio não ser a prática digna, tampouco agradável a Deus, mas também porque acho que esse não é um assunto governamental, e que há coisas terríveis no Brasil, graves e urgentes, esperando pelo dinheiro público, que sai também do meu imposto. Também questiono que o governo federal dê dinheiro a igrejas, sejam elas católicas ou protestantes. Isso é politicagem, tanto para agradar um segmento quanto para ganhar votos de outro.


Mas hoje muitos cristãos, em blogs, sites e livros, acham que é desnecessário se falar em voltar às Escrituras. Tanto os "modernos" como os "conservadores". Aliás, só "voltamos às Escrituras" quando o trecho que citamos serve aos nossos interesses, justifica nossas idéias, independentemente das Escrituras em sua totalidade.
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Os "modernos" não falam acerca da permissividade e da promiscuidade que toma conta da sociedade, e da urgente necessidade de pregarmos a santificação, a realidade de ser nosso corpo físico Templo do Espírito, imiscível com qualquer torpeza, imundície, abominação, pecado. E não se questiona mais, em muitos, inúmeros blogs e sites e revistas e livros e programas de TV e rádio ditos cristãos, a pedofilia, as relações sexuais fora do casamento, a iniciação sexual precoce, a gravidez na adolescência, o aborto, a prostituição, o homossexualismo, a obscenidade, as diversas dependências químicas em relação a tantas drogas etc. De fato, alguns cristãos capitulam de modo vergonhoso. Já li, em determinado blog dito cristão, que o melhor seria termos, em festas raves, por exemplo, cuidados médicos a fim de ajudar os jovens que desejam se drogar, dada a inevitabilidade do uso das drogas. Não lutamos mais contra as injustiças, contra o desvio moral do homem, fruto do pecado. Apenas tentamos remediá-los. Triste! Triste! Triste! Vergonhosamente triste!
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Os "conservadores", por outro lado, não estão interesssados em discutir o que quer que seja acerca de justiça social, direitos humanos, respeito à dignidade que cabe a cada cidadão, seja ele branco, negro, índio, pobre, rico, homem, mulher, o que for. Essas discussões me parecem ser, para eles, "assuntos menores". Os protestantes "conservadores" elogiam a Igreja Católica quando ela se manifesta contra o aborto e o homossexualismo, e aí temos o Blog da Norma e do Julio Severo, firmes.
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Já os protestantes "modernos" tecem loas à Igreja Romana quando o assunto é "ecumenismo" (aí é só ir ao site do Paulo Brabo, ou do Sérgio Pavarini, que são muito parecidos), apoio à reforma agrária e outras políticas de promoção de justiça social. Outros, ainda, elogiam a Igreja Católica de Roma quando constatam que há muitos padres, bispos, cardeais etc. gays, o que pode ser uma ótima coisa - o padre declaradamente gay Henry Nouwen, por exemplo, é praticamente colocado em pedestal no Blog do Sérgio Pavarini.

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Penso que, de fato, não há equilíbrio nas diversas posições ideológicas e teológicas assumidas por diferentes "alas" da religião cristã. Assim, de certa forma, fugimos todos da vontade de Deus, expressa em sua Palavra. Se por um lado o Senhor nos chama à santificação, porque nossa natureza é pecadora, imunda, humana, por outro Ele nos chama também à luta pela Justiça, contra a opressão do mais forte sobre o mais fraco - vejamos Amós, Isaías, Jeremias e o próprio Jesus, nos Evangelhos.
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Mas, o que vejo? Falamos contra os gays ou os adeptos de outras teologias de modo agressivo. E podemos ser firmes contra determinado comportamento sem sermos agressivos. Porque somos todos pecadores, mas também todos criados à imagem e semelhança de Deus, e amados por Ele a tal ponto que seu único filho foi entregue à morte humana para a salvação de todo aquele que crê. Portanto, creia-me, mesmo que você não ame o homossexual, saiba que Deus o ama, e deseja seu resgate, seu novo nascimento e sua restauração.
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E, ainda, existe a outra via, tão perniciosa e contrária à Palavra como a anterior: falar de "liberdade" confundindo liberdade no Espírito com permissividade. E aí vale tudo, e não se critica nada nem ninguém, apenas o "maldito conservadorismo hipócrita e farisaico da direita". E é só, o discurso é tão raso quanto circular e tautológico.
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E a exortação, com amor, que Deus diz que devemos praticar? Quando há "exortação", ocorre uma "paulada na moleira", como se costuma dizer aqui no Nordeste. Foi assim a palavra que recebi do Paulo Brabo, há algum tempo. Na verdade, seu discurso não foi bem "exortação", mas "execração"... Sem amor, sem cuidado, simplesmente uma humilhação pública, uma ida ao pelourinho para eu deixar de ser "atrevida" (e o pior é que nem atrevida fui, apanhei sem saber o qual era o mal cometido, e isso é o que mais dói - ainda). E, com a "execração", o silêncio amistoso, cúmplice e omisso de seus amigos-adoradores. Assim, há outros que foram "execrados", mas não exortados, como o Ricardo Gondim, cuja orientação teológica me parece confusa e que recebeu, talvez por conta disso, pedradas nada cristãs vindas de pessoas ditas cristãs. Ou como o Caio Fábio, que foi crucificado e hoje crucifica, ele mesmo, outros. Todos, todos, ditos cristãos.
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Bom, citei alguns exemplos, mas há outros, relacionados a mim e a outras pessoas. Cada um deve desconfiar em quê se excedeu, não?
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Bom, segue o texto acerca da Igreja Católica. Volto a dizer que inúmeras são as igrejas protestantes/evangélicas que se desviam do Caminho, da Palavra. Há vertentes para todos os gostos: de ultraconservadores a superliberais, passando pelos neopentecostais, pelos pentecostais... E ainda me aparece um cara aí pra dizer que só os católicos sabem o que é Graça!
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De fato, ninguém sabe o que é Graça. Se soubéssemos, procuraríamos ser como Jesus, porque a Graça é infinitamente imerecida, e nossa dívida para com Deus é tão grande que nosso único desejo seria o de buscar se parecer com Jesus, que, enquanto esteve nesta terra, foi firme, doce, amigo, cheio de amor, justo, sábio, cumpridor da Lei até o fim.
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