Público da Parada Gay caiu para 3,4 milhões,
diz ONG após medição
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Depois de três dias, a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo divulgou, nesta quarta-feira (28), sua estimativa de público para o evento, cuja 12ª edição foi realizada no último domingo. Nos cálculos da ONG, foram cerca de 3,4 milhões de participantes. Pela primeira vez, o número é menor do que o registrado no ano anterior (3,5 milhões) pelos organizadores.
O site da ONG chegou a
A associação informou que utilizou "ferramentas diversas" de medição de público. "O cálculo foi feito levando em consideração a movimentação e fluxo de pessoas compreendendo todo o período da manifestação. Foram 3,5 km de extensão do percurso, ocupados por uma população flutuante durante o período de sete horas. O cálculo considerou, também, o acúmulo de público externo ao percurso", detalhou a nota, divulgada no site oficial do evento.
Pelo segundo ano, a Polícia Militar evitou fornecer estimativas. Só um representante da Guarda Civil chegou a falar em 3 milhões de participantes. Neste ano, a Parada Gay registrou diversos incidentes. Houve um aumento de 78% no número de furtos. Um trio de uma central sindical foi impedido de desfilar, em um conflito que terminou com prisões. O caso mais grave foi o atropelamento de um homem por um trio - a vítima teve de amputar a perna.
A Parada Gay foi realizada neste ano no mês de maio para coincidir com a semana do feriado de Corpus Christi. Havia a expectativa de que houvesse um aumento de público. O presidente da associação da Parada, Alexandre Santos, chegou a falar na previsão de 4 milhões de participantes, em entrevista ao portal "A Capa".
Falta de glamour
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A nota da ONG também fez referência às críticas sobre a decoração contida dos trios e sobre e a presença cada vez maior do público de baixa renda no evento.
A nota da ONG também fez referência às críticas sobre a decoração contida dos trios e sobre e a presença cada vez maior do público de baixa renda no evento.
"Não há beleza e glamour na crua realidade das vítimas. A festa, tão invocada por vários setores, é um desprezo dos que podem se proteger em barricadas de espaços exclusivos para com os que vivem a perda de familiares e amigos. É também uma falta de compreensão daqueles que não perceberam o sentido político e inclusivo da manifestação e se esforçam em descaracterizá-lo. A Parada é contra tal alienação, e seu público, em larga medida, correspondeu à preocupação com o tema."
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FONTE: Folha Online/Portal UOL
FOTOGRAFIA: Web
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