- Só acredito que a Parada Gay é um "programa família", como disse o Jornal Nacional ontem à noite, se o William Bonner e a Fátima Bernardes, com os trigêmeos, prestigiarem o evento de cima de um carro alegórico.
- Outro dia vi um adesivo cuja frase me chamou a atenção: "Devo tanto que se eu chamar a minha mulher de meu bem a Justiça vem e toma". Primeiro, porque a pessoa que a escreveu consegue rir da própria situação; segundo, porque tenho observado essas brincadeiras com metáforas, e percebo que nossa cultura é centrada nelas.
- Terceiro, porque morro de rir com isso. Outra, escrita na camiseta de alguém na rua: "Em Teresina, nem o vento é fresco!". Nunca fui a Teresina, mas dizem que o calor de lá é assim mesmo, nem o vento é fresco.
- Espero que este ano a Parada Gay não distribua folhetos explicativos feitos com o dinheiro público (putz!) sobre como usar cocaína, ou como colocar a camisinha etc., tudo por "um mundo com menos homofobia", como disse o alto escalão do Ministério da Cultura do Governo Lula...
- A Globo é bem capaz, para se "vingar" dos evangélicos, de permitir o beijo gay - desde que seja na igreja evangélica da Portelinha, na presença do pastor.
- Li ontem que a Europa restringe mais e mais a presença de estrangeiros (leia-se: estrangeiros de países pobres) em seu território. Até pensei em ir por lá este ano, mas para não correr o risco de ser maltratada acho que vou mudar o roteiro. Se eu for ao Paraguai, ninguém vai me barrar.
- Acho que quase ninguém critica a Rede Globo por medo. Eu me lembrei hoje do Jornal Nacional que mostrou a filha do Brizola em crise, sob o efeito de drogas, no condomínio em que morava, com a família, há cerca de 20 anos. A Globo não é coisa pra amador, não. Quando quer prejudicar alguém, sabe como fazer.
- Ah, eu li um negócio engraçado no Blog do Kayser, um desenhista de Porto Alegre. Vou postar em separado. É o que a Glória Reis sempre diz, no Jornal Recomeço (link ao lado, no "Blogstatement"): nossa sociedade não reservou lugar para os negros, pobres, desinformados. O caso Isabella desperta tanta surpresa porque ocorreu com pessoas da classe média paulistana. Se fosse na favela, me digam, voces acham que a mídia faria toda essa cobertura? Aliás, o pai do rapaz continua insitindo na inocência do filho e da nora.
***
Mayalu Felix
Niterói, 21/05/2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário