Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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1 de dez. de 2007

Paul Freston [1]

Data da publicação: 29 de junho de 2007.
FONTE: Site da Editora/Revista Ultimato.


De homens novos e países sérios*

Transforme o homem e ele transformará a sociedade?


Quando pensamos na possibilidade de melhorar o mundo, tudo depende de nossa visão do homem. Comecemos pelo homem sem Cristo: de que ele é capaz? Aqui, duas doutrinas bíblicas precisam ser mantidas em equilíbrio: a depravação total e a graça comum. A primeira não significa que todas as pessoas não-convertidas agem sempre de uma forma depravada, mas que o pecado afeta todas as áreas da vida humana. Refere-se à extensão do pecado, e não à sua profundidade. A graça comum, por sua vez, não é a graça salvadora que atinge aqueles que estão “em Cristo”, mas a graça de Deus à humanidade em geral, pela qual o homem continua sendo capaz de buscar a beleza, a verdade e o bem. Pensemos na relação entre a depravação total e a graça comum, distinguindo-a de duas concepções falsas. Imaginemos a vida do homem sem Cristo em todas as suas dimensões como um copo cheio de água. A primeira idéia falsa é: o homem está em estado de completa depravação moral, e dele não se pode esperar nada de bom, a não ser que se converta a Cristo. E a segunda idéia falsa é: o homem foi afetado pelo pecado em apenas algumas áreas de sua vida; outras permaneceram intocadas. Esta é a visão do homem subjacente a todas as utopias, baseadas ou na educação do indivíduo ou na transformação das estruturas.


Finalmente, chegamos à visão bíblica, correta. Todas as áreas da vida do homem saem do copo afetadas tanto pela depravação total como pela graça comum; as proporções de cada elemento variam de acordo com a natureza da ação.


Nenhuma realização humana está isenta dos efeitos do pecado; mesmo as ações mais altruístas têm um lado sombrio. Mas a graça comum de Deus também está presente em todos os espaços da vida, fundamentando um otimismo bíblico realista. Isso, sem levar em conta os efeitos da conversão a Cristo.


TRANSFORME O HOMEM E ELE TRANSFORMARÁ A SOCIEDADE?


A relação entre mudança estrutural e mudança individual sempre foi muito discutida. A sociedade se transforma pela transformação dos indivíduos ou pela transformação das estruturas? Na realidade, trata-se de uma pista falsa. O ser humano não existe fora das estruturas sociais (as experiências medievais em que as crianças foram mantidas totalmente sem contato humano levaram à morte precoce das “cobaias”), e as estruturas não existem sem os indivíduos que delas fazem parte. A relação entre comportamento individual e estruturas funciona nos dois sentidos. Até o marxismo, tido como exemplo clássico de proposta social que põe toda a ênfase na mudança estrutural, fala de um “homem novo” que surgirá no socialismo. A existência desse “homem novo” (não um ou dois, mas como fenômeno de massas) é precondição para a construção do comunismo, ou seja, a sociedade sem classes. Em outras palavras, para a última mudança estrutural da história, é necessária uma mudança no homem. Como produzir esse “homem novo” foi a preocupação central de todas as experiências marxistas já realizadas. Em alguns momentos os cristãos, percebendo isso, chegaram a sugerir que talvez o cristianismo tivesse uma receita interessante.


Mas, nesse caso, já estamos falando de homens novos cristãos e não de convertidos ou nascidos de novo. A conversão não leva automaticamente às atitudes e ações corretas em favor das transformações sociais. A conversão é apenas o início de uma transformação progressiva rumo à renovação da imagem de Deus em nós.

***
• Texto de Paul Freston, inglês naturalizado brasileiro, doutor em sociologia e professor do programa de pós-graduação em ciências sociais na Universidade Federal de São Carlos e professor catedrático de sociologia no Calvin College, EUA. *Fragmento do capítulo 17, “De homens novos e países sérios”, do livro Religião e Política, Sim; Igreja e Estado, Não, publicado pela Editora Ultimato.

NOTA: Paul Freston é "o cara".

7 comentários:

Anônimo disse...

Boa Tarde Maya!Estava visitando alguns blogs cristãos pela internet quando me deparei com esse artigo e fique preocupado. O socialismo faz parte da globalização. De forma grativa ele vai exigir cada vez mais da sociedade. Digo isso por que, segundo a graça de Deus que está em mim, estudo escatologia e sei onde tudo isso vai terminar. Ah! deixe-me apresentar: Eu me chamo Ailton.

Anônimo disse...

Boa tarde Maya: Cheguei ao seu blog visitando outros blogs cristãos. Esse seu artigo me preocupa! O socialismo vai exigir cada vez mais da sociedade. Digo isso por que,segundo a grade de Deus que foi dada, estudo escatologia. E sei onde isso tudo vai terminar. Ah! Deixe me apresentar: Eu me chamo Ailton.

Maya Felix disse...

O socialismo, parte da globalização? A única coisa que eu vejo globalizada é a miséria... O mundo é capitalista, entenda isso. Quem me dera fosse socialista, mesmo!

Abraço, Ailton, seja bem-vindo.

Maya Felix disse...

Veja, Ailton, um artigo brilhante desses seria motivo de orgulho para mim, mas ele é do prof. Paul Freston.

: )

Anônimo disse...

Oi Maya:

Globalização é a fusão dos dois sistemas de governo. Ficaria mais ou menos assim: teste= capitalismo x Antítese =socialismo e a síntese cooperação entre os dois sistemas que terá como intermediário um agente facilitador.
Quanto a pobreza gerada pela transição para o sistema será imposto uma economia global supostamente solidária. Me perdoe, mas acho que o Porf. Paul Freston não tem a idéia do que é a ONU de verdade. Quando eu descobri fiquei tão chocado que demorei quatro meses para me recuperar e isso com muita meditação na Bíblia. É por isso que esse artigo me assustou.
Olha só...Eu falando de política e em sei se vc gosta desse assunto, me desculpe hein. Mas por favor tomo cuidado com o socialismo e capitalismo fica só na palavra de Deus que tudo vai terminar bem. Eu até indicaria o meu blog pra vc, mas acho que os artigos são bem pesados, como não te conheço direito não sei se vc está prepara, mas o tempo dirá.


Fica na paz de DEUS.

Um abração pra vc e até a próxima!

Anônimo disse...

Oi Maya. Por favor desconsidere o comentário anterior:

Globalização é a fusão dos dois sistemas de governo. Ficaria mais ou menos assim: teste= capitalismo x Antítese =socialismo e a síntese cooperação entre os dois sistemas, que terá como intermediário um agente facilitador.
Quanto a pobreza gerada pela transição será criada uma economia global supostamente solidária.
Me perdoe, mas acho que o Prof. Paul Freston não tem idéia do que é a ONU de verdade. Quando eu descobri fiquei tão chocado que demorei quatro meses para me recuperar e isso com muita meditação na Bíblia. É por isso que esse artigo me assustou.
Olha só...Eu falando de política e em sei se vc gosta desse assunto, me desculpe hein. Mas por favor tome cuidado com o socialismo e capitalismo o homem que criou esses dois sistemas é muito mais perigoso do que vc possa imaginar.


Fica na paz de DEUS.

Um abração pra vc e até a próxima!

Maya Felix disse...

Caro Ailton,

Creio que poderíamos discutir mais a fundo suas proposição dialética envolvendo o capitalismo, o socialismo e sobretudo a síntese, esse sistema de "cooperação" entre ambos, que terá um "agente facilitador" (?)

O Paul Freston não cita a ONU em seu texto, não entendi a referência.

Agradeço pelas recomendações de cuidado, o que eu temo mesmo é que, como Igreja, não consigamos ver o que está tão diante dos nossos olhos!

Abraços, volte sempre,

Maya

: )

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