Trecho de texto da seção Opinião de RAÇA (Ponto) da revista Raça ano 11, nº 114, p. 14. Texto de Maurício Pestana, presidente do Conselho Editorial da revista Raça Brasil. O bom é que há outro texto, contrário a esta posição: O Contraponto. É de José Roberto Ferreira Militão, advogado, membro da Comissão de Negros CONAD-OAB/SP, ex-secretário geral do Conselho da Cominidade Negra do estado de São Paulo.
veja: como no tempo dos nossos avós
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Diante da irredutível e míope visão dos detentores do poder, acabamos sendo o último país do mundo a abolir a escravidão.
Assistimos na atualidade os descendentes daqueles retrógrados pensamentos mais ferozes, pois hoje contam a seu dispor com poderosíssimos instrumentos de persuasão, entre eles os meios de comunicação de massa, para aniquilar qualquer diálogo sobre ações afirmativas, entre os quais o sistema de cotas ou qualquer alternativa de reparação.
Olhem para a USP, a mais elitizada universidade do País, onde apenas 1,3% dos alunos são negros (dados da própria universidade). E o mercado de trabalho? No Brasil um trabalhador negro recebe em média a metade do salário de um trabalhador branco (dados do Dieese). Observe nos noticiários de TV a cor daqueles que estão morrendo nos morros cariocas e nas periferias das grandes cidades, a ponto de alguns órgãos oficiais falarem em genocídio da juventude masculina negra entre 15 e 24 anos, em que a taxa de mortalidade é 73,1% superior à da juventude branca. Dados da Unesco em 2006.
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Trecho de texto de Maurício Pestana, presidente do Conselho Editorial da revista Raça Brasil.
O texto inteiro é muito bom. Desmistifica muita coisa aí... Como diz uma amiga, ela mesma negra, quem melhor diferencia branco de negro neste país não são os critérios genéticos: é a Polícia Militar. Bingo! Recomendo a todos comprar a revista. Está nas bancas. Outra coisa: escrevi o nome da revista veja, no título, em caixa baixa (na revista Raça está em caixa alta, a inicial). Mas neste Blog, daqui pra frente, tudo será diferente... Brincadeirinha: a revista veja, exceção, é escrita somente em caixa baixa, baixíssima...
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