Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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19 de out. de 2007

Caio Fábio [8]


“TROPA DE ELITE” MUITO BURRA


O que escrevo a seguir não será entendido hoje por mais de 90% dos meus leitores. De fato alguns são leitores, mas muitos ainda são Lei-tores. Entretanto, em alguns anos todos me compreenderão. Mas o preço hoje é a solidão.

Deixando o que digo para além da dúvida para os mal intencionados:

Sou contra as drogas, mas sou mais contra ainda aos meios de seu combate e às motivações de seu combate!

Portanto, apenas suponha:

“De hoje em diante Cerveja e Vinho são drogas” — decretam as autoridades.

Até mesmo vinho de ceia; até mesmo o suco da uva! Tudo está proibido!

Tomar a ceia com vinho ou seus derivados seria crime e ilegalidade em tal caso. A ceia seria uma contravenção.

Sim! De um dia para o outro; assim como foi quando bebida alcoólica era droga nos Estados Unidos e deixou de ser com uma Canetada legal.

Por quê?

Ora, em ambos os casos, tanto para tornar crime quanto para descriminar [na época da Lei Seca], aconteceu apenas em razão da Moral das elites e que é sempre o resultado de seus interesses, sejam econômicos ou apenas uma decisão segregatória — conforme aconteceu na América.

Sim! Tais leis [tipo a Lei Seca] acontecem apenas em razão da Moral, a qual, pela legalidade, se torna mais Moral ainda, e, portanto, cada vez mais legal...

Assim, bons lobbies e uma boa dose de Moralidade elitista, e qualquer coisa desinteressante para essa Moral passa a ser ilegal e vice versa.

Afinal, sempre se substitui uma Moral por outra Moral do modo mais irracional possível.

Isto é também parte do “curso deste mundo”, conforme Paulo.

Algodão já foi a “droga das roupas” por uma convenção americana, de natureza protecionista de seu mercado; posto que, não podendo competir com o algodão indiano, declarou-o ilegal nos States; e quem o comprava ou vendia algodão ia pra cadeia como um “traficante”.

Por quê?

Ora, é que a lã americana não podia competir com os tecidos de algodão da Índia [isto no início do século passado]. Desse modo o remédio era fazer algodão ser algo ilegal.

Apenas uma Canetada e o algodão virou droga.

Apenas a título de ilustração e jamais de apologia:

Até a década de 30 era permitido fumar maconha nos Estados Unidos. Fumava-se abertamente em todas as festas da elite em Nova York [na Europa Vitoriana também; e depois... do mesmo modo até o fim da II Guerra]. Mas como nos Estados Unidos [nova potencial mundial] surgiu a discriminação aos negros, e eram eles [os negros] que plantavam a maconha no campo e vendiam aos brancos, do dia para a noite, por força da perseguição racial, a plantação passou a ser crime.

E como todo crime que só é crime se for por decreto, a tendência, em tal caso, é fazer crescer o “proibido”; então o consumo cresceu na América e no mundo...

Para se compreender minimamente o que tento aqui expressar, é importante afirmar que existe diferença entre os mandamentos da Lei de Deus e os mandamentos das leis dos homens.

O ladrão que morria ao lado de Jesus pagou legalmente pelo que seus atos mereciam, embora, pelo arrependimento, tenha ido de condenado pelos homens a perdoado por Jesus direto para o Paraíso.

No caso de tal “malfeitor”, deu-se a César o que era de César [a lei e a ordem] e deu-se a Deus o que a Deus pertencia: o homem.

No caso em questão, provavelmente o “malfeitor” pagasse por crimes mesmo [morte, roubo ou qualquer delito real contra o próximo], e não por convenções meramente circunstanciais ou fruto de caprichos de uma elite.

Entretanto, no caso do “ladrão ao lado de Jesus”, ficou estabelecida a distinção entre a Lei operando socialmente para proteger os homens daqueles que são malfeitores, e, a possibilidade de que o condenado, mesmo pagando o que deve, o pague aos homens embora já esteja perdoado pelo Pai.

A Lei de Deus não salva ninguém espiritualmente [pois, por obras da Lei ninguém é justificado diante de Deus], mas sem ela a sociedade humana entra em caos total.

Sem honra aos pais as gerações apodrecem...

Sob o homicídio toda sociedade se torna diabo...

Sob a mentira, a falsificação, o estelionato e a falsa testemunha, toda sociedade já não sabe mais nada acerca da realidade... e serve à fantasia...

Sob o adultério, a traição e o engano, toda sociedade perece no desamor familiar e estende tal desamor para o todo da vida; pois, quem não ama o seus, a quem amará?...

Sob o roubo, o furto e a corrupção, toda sociedade se torna perversa e bandida; e a nossa é a prova cabal de que sendo assim tal processo é irreversível...

Os quatro primeiros mandamentos da Lei de Deus não têm aplicabilidade social exceto numa Teocracia [o que nada tem a ver com o Reino de Deus, que no coração]; e o último, “não cobiçarás”, pode apenas ser avaliado no próprio coração do cobiçoso.

Entretanto, dos mandamentos de Deus que são leis consensuais em praticamente todas as sociedades humanas, no Brasil quase nenhum deles carrega qualquer significado Moral atual; não para a elite...

Sim! Cada mandamento foi escrito como sendo algo que não se devia fazer “contra o próximo”. Entre nós, todavia, tudo isso perdeu o sentido... O que se tem que fazer é aprender a praticar sem que se seja flagrado...

O país é vitima de um monte de leis morais re-enforçadas pelas elites [mídia e formadores de opinião] e pelo sistema político, legal e policial; e tais leis e seus executores geram os piores males da nação; males piores do que “aquilo” que pelo uso de tais leis se pretende combater.

Se alguém soma o que se perde na corrupção governamental e legal [Executivo, Legislativo e Judiciário] e mais o que se gasta na repressão aos crimes de Canetada, e que são caprichos Morais — e se a tais somas se adiciona o imponderável: a perda de milhares e milhares de vidas humanas; e mais: o decreto de morte ou semi-morte aos órfãos e parentes de tais “vitimas” — logo se vê, pela soma de tais índices, que se gasta infinitamente mais em razão deles, do que qualquer que seja o significado do mal que o objeto reprimido possa causar em si mesmo à sociedade.


O drama que o filme Tropa de Elite nos apresenta é a expressão de um espírito suicida, burro, diabolicamente imbecil, e satanicamente homicida, o qual se torna guerra de decreto, sem que a ela corresponda nenhuma causa pela qual se deva guerrear.

Durante anos importantes no desenvolvimento do atual fenômeno narrado parcialmente no filme Tropa de Elite — vi para além de qualquer dúvida que pudesse depois restar em mim, que a guerra é de Caneta, e que seu gênio é a Moral das elites hipócritas, em razão de que o que se combate só se passou a combater por um preconceito racial americano, tornado lei mundial pelo poder econômico e militar da América Pós-Guerra; e que se tornou lei a ser cumprida por todas as nações “civilizadas” da terra.

Entretanto, antes de 1930 [e alguma coisa], não era assim nem mesmo na América do Norte, tendo se tornado isso em razão da perseguição aos negros — o que, pela alienação histórica, vai se projetando de geração a geração como se fosse mandamento divino...

O filme retrata a idiotice animada pelo inferno e que entre nós se tornou um câncer com metástase no corpo inteiro.

O que se gasta de energia, sangue, vidas e dinheiro para combater aquilo que foi condenado pela lei da Canetada [bem como o dinheiro que se desvia dentro do processo e fora dele como corrupção], não vale nem de longe a guerra imbecil que se propõe combater até a morte aquilo que mata menos do que a repressão feita em nome da vida e da ordem, a qual não apenas mata muito e muito, mas corrompe ainda mais...

E quem já viveu ali..., olhando de dentro da Polícia, apalpando seus intestinos; bem como vendo a partir do Estado, compondo seus quadros de avaliação do sistema; entrando em todo o sistema prisional e fazendo relações com os apenados e suas famílias; subindo os morros e favelas, entrando nas casas dos trabalhadores bem como na dos membros do “movimento” — sim! olhando a situação por várias perspectivas, e percebendo que seus tentáculos se esticam aos mais elevados níveis de poder; e mais: sabendo da história da proibição que hoje, sem se auto-explicar, tornou-se um Axioma Legal — não se tem como não dizer: TUDO ISSO É LOUCURA!

Segundo o filme, alguém bom tem que sofrer a lavagem cerebral do ódio a fim de poder ser o substituto de alguém bom que tem que viver como mal a fim de sobreviver até achar alguém que entre no processo para substituí-lo...

E para que isto aconteça a pessoa tem que se convencer que é mais importante salvar a Polícia para coibir o uso de qualquer que seja o produto ilícito, do que perguntar se aquilo tudo faz sentido.

“Ordem dada é ordem cumprida” — repete o policial corrupto e indiferente.

Assim, o filme da moda, o Tropa de Elite, foi visto por mim num ato de contravenção, mediante uma cópia pirata, e, de tal ilícito é que me arvoro a escrever sobre a proliferação do ilícito irracional, o qual, não é Lei de Deus, e não trabalha na direção dela, pois, para que alguém não se mate por vontade própria [o que é lícito; pois, não se diz “não te suicidarás”, mas sim “não matarás”] — mata-se muito mais do que os próprios suicidas dependentes de drogas químicas conseguem se matar; fazendo “eles” assim com que o remédio para matar barata seja uma bomba atômica; que não mata a barata, mas destrói tudo à sua volta; conforme se vê na insana luta contra as “drogas escolhidas” pela elite Moral para serem as “proibidas”, embora os proibidores consumam mais que todos os outros homens aquilo por eles “proibido”; enquanto financiam e demandam a morte daqueles que são seus “fornecedores”; os quais, para continuar fornecendo o ilícito têm que se armar até os dentes a fim de enfrentar a Polícia; a qual, usa tais “atravessadores ilegais” como os sustentadores do negócio policial da corrupção, na mesma medida em que a própria Polícia também se envolve com tudo mais que diga respeito à exacerbação do processo, criando um monstro que se alimenta de sua própria morte. De modo que quanto mais mata, à semelhança de um vampiro, mais se fortalece no espírito do ódio e da morte.

Ou seja: tudo isso é o diabo!

Indagado sobre isto por fariseus contemporâneos, Jesus diria: “Vocês sempre coam o mosquito e engolem o camelo!”.

Todo esse sistema tem sua cabeça no intestino grosso de um Estado sem consciência, e que importa Dejeto Legal como ouro Moral, apenas para passar por “civilizado” ante as elites suicidas e preconceituosas da Roma Moderna: a América do Norte.

Sim! É mais ridículo do que Corintiano matando pelo resultado do jogo de seu time.

Somente os cegados pela Moral burra e pelo preconceito, não enxergam que essa guerra é de Caneta, mas que as armas são de morte. E mais: que ela jamais terá fim; e cada vez mais será a Droga maior enquanto diz nos defender das drogas.

Se o Governo Brasileiro não tiver a coragem de tomar uma posição inteligente frente ao mal maior que se cria combatendo os inegáveis males das drogas pela via de um mal maior, apenas contaremos nossa história rumo ao abismo.

Isto não é profecia, é fato!

Somente a consciência pode parar o consumo de qualquer coisa, pois, não existe Lei contra o desejo de fugir ou de morrer. E essa é a pulsão que fomenta o uso de qualquer alterador de consciência; seja o álcool, seja a maconha, seja o pó e seus derivados diabólicos, ou sejam as drogas tarja preta, igualmente danosas e viciantes.

Esta é minha opinião, já expressa outras vezes neste site. Quem não concordar espere mais dez anos e releia o que escrevo hoje; e, antes de hoje, em centenas de textos desde 1992.


Nele, em Quem julgo falar com sensatez pela Vida, e isto em um mundo caído no qual quase sempre o melhor é apenas o menos ruim,


Caio

04/10/07
Lago Norte
Brasília
Texto extraído do site do pastor Caio Fábio D'Araújo Filho, carinha legal pra caramba, de quem sou discípula há algum tempo.

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