Há 62 anos, os Estados Unidos tornaram-se o primeiro país a bombardear outro com uma bomba atômica. Isso aconteceu às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945, quando o bombardeiro B-29 dos EUA, apelidado de Enola Gay, jogou a bomba mortífera em Hiroshima. Em torno de 140 mil pessoas, a imensa maioria mulheres, crianças e idosos, morreram instantaneamente ou até poucos meses depois da explosão do artefato de urânio.
A humanidade assistiu horrorizada ao terror do genocídio atômico.
Três dias depois, em 9 de agosto de 1945, outro avião americano lançou nova bomba atômica, agora de plutônio, contra a cidade de Nagasaki, matando mais 80 mil pessoas.
Os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki são crimes contra a humanidade que não podem ser esquecidos. No aniversário dessas tragédias, devemos nos empenhar na denúncia das guerras e das armas de destruição em massa, exigindo a destruição dos arsenais atômicos, o desarmamento e a paz.
Rosa de Hiroshima
Vinicius de Moraes
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor nem perfume
Sem rosa sem nada.
Colaboração: Clara Maria Rosa
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