Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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31 de ago. de 2007

Vida Simples [2]

"(...)

O senador romano Marco Túlio Cícero entrou para a história pela sua oratória. Entre todos os seus discursos, o mais famoso é o que inicia falando sobre o limite da paciência: 'Quosque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?' – 'Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?'.

Cícero dirigia suas palavras a Lúcio Sérgio Catilina, outro político, que havia sido derrotado nas eleições. Inconformado com a derrota, Catilina estava liderando um movimento que visava enfraquecer o Senado e derrubar a República. Cícero organizou seus argumentos contra essa conspiração em quatro discursos, que foram publicados com o nome da Catilinárias, legando às gerações futuras um dos mais belos conjuntos de argumentos lógicos contra a infâmia.

A frase de Cícero tem sido repetida incontáveis vezes há mais de 2 mil anos. Cada vez que o poder que alguém se atribui oprime seu semelhante, a paciência deve dar lugar à indignação. E a primeira manifestação desta pode ser exatamente essa pergunta: 'Até quando abusarás de minha paciência?' No lugar de Catilina, estamos autorizados a colocar o nome que couber para cada situação.

Haja nomes...

(...)"

Extraído do site da revista Vida Simples.

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