Conversar é uma forma de amar
O diálogo foi uma das questões mais importantes no surgimento da filosofia. Serviu de modelo teórico de uma ação prática. Platão usou-o como estilo para mostrar que a filosofia dependia da conversação. Ele queria mostrar que ela não era uma teoria isolada das relações humanas. Que nascia da diferença do pensamento de cada um que entrava em contato com o pensamento do outro. Chegou a dizer que o pensamento era o diálogo da alma consigo mesma, num sentido muito próximo do "falar com os própriios botões" que conhecemos tão bem. Pensar era uma questão de linguagem. O pensamento precisava das palavras, da gramática, da língua, do imaginário, do mito para se expressar e, por isso, o cuidado com a escolha e o uso de todos esses elementos era tão sensacional.
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Da conversação é que surgem todas as nossas relações sociais: desde a família até as decisões políticas, passando pela amizade, pelos negócios e pelo amor. Conversar serve para criar laços sinceros e reais.
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Trecho de artigo de Márcia Tiburi, filósofa, escritora e artista plástica, publicado na revista Vida Simples, ed. 55, julho/2007, Ed. Abril, p. 52.
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