PARA O ALTO E AVANTE!
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Gibis ao mesmo tempo divertem e ensinam sobre a vida
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Os quadrinhos conjugam dois dos principais elementos da comunicação humana: o desenho e a escrita. Por isso os gibis são um jeito tão bacana -- e popular -- de se contarem histórias. Para as crianças, funcionam ainda como uma introdução ilustrada à literatura. E à história, à geografia, à matemática... "Histórias em quadrinhos são um meio de aprendizado multidisciplinar", afirma o pesquisador DJota Carvalho, autor de A Educação Está no Gibi. Isso vale da alfabetização à faculdade, em qualquer classe social. Uma história "quadriculada" pode, por exemplo, narrar a viagem de um herói rumo ao antigo Egito ou para dentro de um átomo, de acordo com a aula do dia. E hoje os gibis são o trabalho de muita gente. A Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, e a PUC do Rio Grande do Sul estão criando cursos de graduação em HQ. Faz sentido. Além de gostosas de ler, as histórias em quadrinhos combinam arte, conhecimento e discussões sobre ética. "É que muitos heróis encerram conceitos filosóficos", diz o arquiteto -- e leitor voraz do gênero -- Rafael Brandão. Esses semideuses contemporâneos têm superpoderes, é verdade, mas também superfragilidades. Sempre há uma criptonita. "Mas, dotados de habilidades especiais, eles se sentem responsáveis pela humanidade." É por isso que enfrentam os vilões mais horripilantes. Há nisso uma metáfora aplicável ao uso dos talentos pessoais para o bem comum. Heróis, no fim das contas, praticam trabalho voluntário. E todos temos nossos superpoderes, certo?
PARA SABER MAIS
LIVROS
A Educação Está no Gibi,
DJota Carvalho, Papirus.
Os Heróis e a Filosofia,
Matt e Tom Morris, Madras.
Texto de Leandro Quintanilha publicado na revista Vida Simples, ed. 55, julho/2007, p. 22.
NOTA: Eu AMO história em quadrinhos! Fiz meu mestrado sobre isso, leio, coleciono, só não sei desenhar (nem tudo é perfeito, já consigo fazer uma casinha com chaminé, janela, árvore do lado e grama, coisa "hipersuper-naïve"). Os que eu mais gosto: Tintim, Astérix, Luluzinha, Bolinha, Turma da Mônica das antigas, Calvin & Hobbes...
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Última página da HQ Le tour de Gaule d'Astérix, de Goscinny e Uderzo. France: Dargaud Editéur, 1993.
Paginas da (minha) vida... Página da minha monografia de conclusão de mestrado.
Páginas da (minha) vida... Página da minha monografia de conclusão de mestrado. Desculpem-me, eu escaneei, mas ficou torto.
2 comentários:
Maya,
Eu sempre fui amante das histórias em quadrinhos. Parei um dia porque virei adulto... Hoje penso em voltar para desenvolver meu inglês.
Este artigo, com certeza, deu-me uma visão diferente e ampliada do assunto. Além de que é uma quebra de um paradigma preconceituso.
Bjs,
Vando, eu nunca perdi o vício... : )
Passo horas lendo, morro de rir, compro, estudo... A HQ nasceu antes do cinema, na Suíssa, e tem uma história incrível, vários formatos, gera um comércio de bens culturais gigantesco e é a mais pura diversão (algumas mais sombrias não fazem a minha cabeça...).
Abraço,
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