Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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27 de set. de 2007

Meus critérios de qualidade

AVISO: ESTA LISTA ESTÁ EM CONSTANTE MODIFICAÇÃO, E PODE SER ALTERADA A QUALQUER DIA, A QUALQUER HORA E EM QUALQUER LUGAR. BASTA EU ME LEMBRAR DE ALGO PARA SER LISTADO...
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Muito bem, vou deixar claros esses critérios.
E vou incluí-los nos marcadores, todos eles.
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Não há necessariamente nenhuma lógica rígida que guie as bases estéticas, filosóficas, artísticas e políticas (etc, etc. etc.) dos meus critérios. Eles são puramente pessoais (Já ouviram falar do critério "ISO"? Isso mesmo: Individuais, Subjetivos e Ótimos), e são mais claramente compreendidos com os adjetivos "bom", "demais", "genial", medíocre", "normal" e "putz!".
  1. .SUBLIME - Tudo o que vem do Espírito é sublime. Como eu gosto do que o J. L. Borges escreve (e ele é sublime), adotei este critério de uma de suas palestras transcritas, intitulada O livro. Assim, O Capital é sublime (assumo que li algumas partes, sínteses e comentários). Bach, expoente do Maneirismo, é sublime. Mais Legião Urbana, The Clash, o romance Belle du Seigneur, de Albert Cohen (esse é sublime ao quadrado), os filmes Mon Oncle, do Jacques Tati, e Le Placard, com o Daniel Auteil e o Gérard Dépardieu. Grandes e belas histórias de amor são quase sempre sublimes. Os filmes Antes do Amanhecer a Antes do Pôr-do-Sol, com a Julie Delpy e o Ethan Hawke, são sublimes. A narrativa do dia-a-dia, sendo ela feita de forma estranhamente estranha, é sublime. Instruções para subir uma escada, do Júlio Cortázar, é banal e absolutamente sublime. Roland Barthes é sublime. Georges Kleiber. Pêcheux, Foucault, Chomsky. Fernando Pessoa é sublime. Bagno, Orlandi, Koch. Minha possível-futura-orientadora é inteligentemente sublime, a Cláudia Roncarati. O Museu do Louvre é sublime. Paris inteira é sublime. Paris se respira, se bebe, se degusta, se ama. A África, sua cultura, seu povo, suas danças, suas músicas... sublimes. Eu gosto de falar línguas diferentes, e Deus me deu certa facilidade com isso. Quando falo com um francês, um italiano, um hispanoablante, um anglófono em suas línguas acho essa possibilidade sublime. Monet é sublime. Molière é sublime. Bach, Beethoven são sublimes. O filme Cidade de Deus, o filme A Missão (e sua sublime trilha sonora), o filme Cinema Paradiso (e sua sublime trilha sonora)... Ella & Louis, Nina Simone, Stan Getz, Woody Allen, Alain Resnais, Sebastião Salgado, Henri Cartier-Bresson, Andrea Bocelli, Maria Callas, Chico Buarque, Elis Regina, Luiz Gonzaga, Renato Teixeira, Almir Sater, Pena Branca & Xavantinho, Chet Baker... sublimes. A República, de Platão, é sublime. O Príncipe, pela clara e didática sordidez dos aconselhamentos, também. Flamego e sua grande torcida... sublimes. DC Talk, Marisa Monte e Tribalistas. Vinho tinto seco e Champagne são sublimes (mas não é qualquer vinho). Astérix (antigos, com Uderzo e Goscinny) e Tintim são sublimes. Super-Homem e Homem-Aranha, Pulp Fiction, Kill Bill (I e II)... sublimes. O mar do Caribe é azulmente sublime. Paraty é mais que sublime. Chocolate meio-amargo com 70% de cacau é su-bli-me. Luluzinha e Bolinha eram sublimes! Calvin & Hobbes também! O Georges Pompidou, em Paris, é sublime. Foi lá que eu conheci o trabalho de um cara que faz coisas sublimes: Gaetano Pesce. Cantar em coral é sublime. Ouvir um coral cantando idem. Sei que a maioria não vai concordar, mas o filme Seven, com o Brad Pitt, o Morgan Feeman e a Gwyneth Paltrow, é sublime. Pela lógica precisa da história... Mais sublimes: os filmes A Volta da Pantera Cor-de-Rosa, com o Peter Sellers (o que foi feito depois, sem ele, é medíocre), Casamento Grego (porque eu sou muuuito romântica e também porque é engraçado), When Harry Met Sally, com a Meg Ryan e o Billy Crystal (idem; ibidem), Pretty Woman (idem) e You, Me and Dupree (esse é muito engraçado). Sublime: um tiramisu BEM FEITO. Os livros do Mark Twain, com suas aventuras maravilhosas e lições de vida eternas... sublimes! Eu tinha me esquecido, faz tempo que eu li esse livro... Chama-se O Quarto Dezenove, é da Doris Lessing, uma escritora inglesa. É um livro de contos... As sensações que estão ali... Sublimes.
  2. LEGAL - Legal é coisa humana. Bem feito, bem articulado, mas resultado do esforço da transpiração. Assim, Carandiru é legal. A Revolução dos Bichos, de Orwell, é legal. Mozart é legal. Vivaldi também. A Bélgica é legal, Brasília e o Rio de Janeiro são legais. Muitos cientistas da área da Linguística e da Semiótica são legais, mas não vou citar nomes pra não ofender ninguém. O MASP é legal! Pavarotti era legal. Victoria de Los Angeles, legal. Zizi Possi, Moraes Moreira, Ray Charles, Ana Carolina e Seu Jorge... legais. A revista Caros Amigos é legal! Delirous? e Arautos do Rei, idem. Plebe Rude, Capital Inicial, Ira!, Inocentes, ibidem. Vinho rosé é legal. Mas só se estiver bem gelado. Pastel (de carne e de queijo) e caldo de cana da Pastelaria Viçosa, da Rodoviária de Brasília, são muuuuito legais, quase sublimes.
  3. NORMAL - Normal é algo normal, com o perdão da tautologia. Nem mais, nem menos, apenas normal. Jorge Amado é normal. Caetano Veloso foi promovido a normal recentemente. Junto com ele temos Gilberto Gil, Bethânia, Adriana Calcanhoto, Vanessa da Mata. José de Alencar é normal. Aliás, os expoentes do Romantismo são "legais". Chopin, Liszt... Turma da Mônica versão moderna é normal. Roberto Carlos é normal.
  4. RUIM - Ruim e medíocre são muito semelhantes. Medíocre fica entre o ruim e o normal. É uma subclassificação. Vou passar a dar menos exemplos. Simone, Zélia Duncan, Paulo Coelho, Lya Luft. Jô Soares é, sim, ruim. Mainardi é um impasse. Ele escreve bem, mas sua ideologia é de amargar. Vou criar uma categoria à parte pra ele. Estou à procura do nome. Outro impasse é Lovecraft. Conheço muita gente que daria a vida por seus contos. Confesso que quando comecei a ler alguma coisa dele, achei interessante. Explorava a biblioteca do meu pai e nisso lia de tudo um pouco -- mas sua paixão mesmo sempre foi ficção científica e afins. Só que Lovecraft está mais para horror científico. Totalmente sinistro. Lia, ficava com medo, dormia com medo. Sim, ele escreve bem... mas não me deu prazer. E Borges (de novo!!!) diz, redizendo outros e muito acertadamente, que o escritor que não é lido com prazer fracassou. E cita James Joyce como exemplo. Londres é ruim... cerveja quente, chuva e frio de amargar em pleno verão, comida ruim, museus a granel, céu cinza... Vinho tinto suave, ou doce, é ruim. Vinho branco idem. Ter um celular que te persegue e te monitora 24 horas por dia é muito ruim. Amanhã jogo o meu fora.
  5. PUTZ! - Essa é uma categoria que exige sinônimos: péssimo, malzão, uma m. Então Calipso, Ivete Sangalo, Sandy e Júnior, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano são Putz! O livro Eu, Cristiane F., 13 anos, drogada e prostituída, que eu li com 11 anos, é completamente Putz! Fiquei assustada e com gosto de sapato velho na boca. A Hora do Pesadelo e Sexta-feira 13, do I ao XX, são todos Putz! Os livros de auto-ajuda são muito Putz!, repetem coisas óbvias e antigas, revestindo-as de "descobri a América". Algumas bandas de rock'n roll são completamente Putz! Nem me lembro dos nomes das ditas cujas. Putz! Passar horas no aeroporto pra pegar um avião é Putz! Muito pior do que isso é morrer num desastre de avião. A revista Veja é completamente PUTZ!, categoria especial. O Didi e seu programa são muito Putz! Já Os Trapalhões eram sublimes... Gente que conversa no cinema é Putz! Não saber trocar o pneu de um carro, como é o meu caso, é Putz! demais. Os filmes Jogos Mortais, que a subimprensa noticiou como sendo "o melhor filme de suspense depois de Seven...", e lá fui eu ver... Um filme estúpido, sem sentido... Você espreme e sai sangue, só isso. Só vi o primeiro, já me bastou. Putz!!! As histórias de amor de personagens do mundo das stars, como Ivete Sangalo, Eliana etc... Tudo filmado, documentado, fotografado... cada namorado é o "amor da vida" de cada uma dessa figurinhas... Putz! Se preservem, gurias! Vida privada não precisa ser "vida na privada"!

Um comentário:

MamaNunes disse...

É tudo isso mesmo!! Dou um desconto prá Lya Luft por conta de um texto dela que lí outro dia.

CANÇÃO NA PLENITUDE
Lya Luft

Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas,
sou uma estrutura agrandada
pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)

O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que belezae juventude agora:
esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência e não menos ardor, a entender-te
se precisas,
a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar:
um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam, cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.


O texto acima foi extraído do livro "Secreta Mirada", Editora Mandarim - São Paulo, 1997, pág. 151.
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Humm o vinho tinto, chocolate, Paratí é logo alí, faltou Ubatuba e as termas de Mossoró lá no norte.
Você é uma figura Maya

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