Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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1 de jun. de 2008

do site Missão Integral


Comissão e Omissão

Todos reconhecemos o que chamamos de “a grande comissão”: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura.” (Mc 16.15 ) E, de uma maneira concreta, ainda que não excelente, como o desejado, a Igreja tem cumprido a missão de levar, a cada pessoa, o conhecimento da boa notícia de que o Filho de Deus veio à Terra para buscar o que se havia perdido. O que não temos percebido é que essa comissão tem três frentes.

A primeira frente é a que já foi mencionada, o anúncio ao indivíduo, na qual nos temos saído bem, apesar de deixarmos a desejar no quesito excelência.

A segunda frente é a da implicação nacional: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” (Mt28.19,20) Nessa dimensão o que se considera é a influência a ser exercida sobre as nações, de modo a adequá-las às demandas do Cristo. Alguns grupos intentaram-no na história, porém, foram tentativas que, ainda que, em certa medida, produzissem efeito, tiveram um caráter extemporâneo. Mesmo a tentativa da igreja de roma, principalmente, na idade média.

Entre outros, tivemos os puritanos, na Inglaterra; os presbiterianos, na Escócia; os calvinistas, em Genebra, na Suiça; e, mais recentemente, na Holanda, com Abraham Kuipper. Causaram impacto, porém, foram episódicas, algumas, inclusive, com a intenção de implantar o Reino, ao invés de sinalizá-lo, como está proposto na Escritura, uma vez que a implantação fica por conta do Senhor em sua volta.

Resta, entretanto, uma tarefa, a de influenciar as nações, de modo que o máximo possível do Reino nelas apareça, pois, não podemos nos esquecer de que há um juízo para as nações: Mt 25.32-46 – onde Jesus avaliará cada nação pela forma como os vitimados pelo sistema foram tratados. Enfim, se houve ou não justiça social.

A terceira frente é a da provocação de adoração por meio das boas obras: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mt 5.16) Jesus ordena que manifestemos a luminosidade com a qual, ele mesmo, nos dotou. Essa luminosidade aparece na forma de boas obras, que têm a função de provocar nos beneficiados a glorificação do nome do Pai. Essas boas obras têm a ver com as nossas características que, necessariamente, nos levam a fazer o bem: As qualidades expostas nas bem-aventuranças.

Somos humildes de espírito, gente que se sabe dependente da graça, abraçando a todos sem nenhuma discriminação, reconhecendo em todos um valor intrínseco: Deus os ama e os quer salvar, portanto, devem ser amados e ajudados por nós. Somos os que choram, gente de compaixão ativa, que está onde o sofrimento acontece para diminuí-lo como for possível. Somos os mansos, gente que entende a autoridade a partir do serviço, e, então, pelo exemplo, aponta caminho para a sociedade, para a construção de uma comunidade solidária. Somos os que têm fome e sede de justiça, gente que não se esquiva de ser a voz dos que foram emudecidos pela injustiça em suas múltiplas formas. Somos misericordiosos, gente que não confunde o pecado com o pecador, reconhecendo a todo o ser humano o direito à dignidade, independente da gravidade de seu erro, aprimorando as instituições em favor do ser humano. Somos os de coração puro, gente que sabe das possibilidades que a graça cria, que sabe que vale a pena investir no ser humano e na sociedade, porque a graça divina age eficazmente, fazendo com que o universo conspire a nosso favor; daí, estaríamos por detrás de todo ato de desenvolvimento transformador, de todo o investimento em saúde, educação, de toda a atividade que emancipe o ser humano. Somos os pacificadores, aqueles que resolvem problemas tendo em vista o estabelecimento do direito. Estamos prontos a sofrer por isso, porque foi o que vimos no Cristo, Jesus.

Infelizmente, ainda que haja um grande número de cristãos engajados nessa aplicação de nossa luminosidade, essa tem sido uma grande omissão da igreja local, a começar pelo ensino dessa verdade, de modo que os cristãos, em não o sabendo, sequer são desafiados a vivê-lo. Os cristãos não têm sido informados de que são seres luminosos e de como essa luz ilumina. Muita gente está sofrendo por causa desse desconhecimento, entre os seguidores de Jesus, sobre a sua natureza no Cristo e a consequente manifestação da mesma. Essa luz tem de brilhar.

***

Texto escrito pelo pastor Ariovaldo Ramos e publicado no site Missão Integral.

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