Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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8 de fev. de 2009

do fundo da alma

Vou postar aqui dois textos que me chamaram a atenção: o primeiro, do Vitor Ferolla, econtrei no Blog Confeitaria Cristã e também no Blog do Vitor Ferolla, Amando ao Próximo. É um texto que vai contra a maré de cristãos melancólicos e pensatiiiiiiiiiivos (ui!) que afirmam que a Igreja é o grande mal do protestantismo/evangelicalismo, e que um cristão sem igreja é "verdadeiramente livre". Vejam, não falo dos que questionam a instituição "Igreja", coisa que eu também faço, mas dos que de modo traiçoeiro a atacam sem dó, mesmo tendo, eles mesmos, suas próprias igrejas. Muitos afirmam que a Igreja é um mal em si, e a combatem vigorosamente em seus textos e mansagens.  Os cristãos que amam a Igreja quase pedem desculpas por estar dentro dela, dado o nível de rejeição da instituição, hoje em dia. Esse texto do Vitor Ferolla rema contra a maré.

O segundo texto é de uma jovem chamada Alessandra Almeida, de Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Ela tem um Blog cheio de poesias doces e ternas, transbordantes de amor, que refletem o que ela pensa e sente. Esta poesia dela me chamou a atenção por ser cheia de saudade mas, ao mesmo tempo, de esperança e gratidão. Eu gostei muito. E, coincidência ou não, os dois textos falam de "ficar", permanecer, não ir embora, como algo essencialmente ligado ao amor.



Porque amo, fico!

E amo mesmo, de verdade. Quem pode me provar dizendo ser falsidade? Fico, e não só agora, ou por um instante, fico por muito tempo e por muito tempo ainda ficarei. Ficarei várias vezes apreciando e desfrutando de todo momento. Ah, como é prazeroso ficar e não ir embora. Sei lá, acho que nasci pra isto, nasci pra ficar. Tenho plena convicção de que devo continuar nisto. Não só nos sábados ou domingos, mas a servindo e a honrando fico, na minha igreja fico!

Foi nela, com ela e por meio dela que aprendi o Caminho, conheci a Salvação e recebi de graça todas as coisas. É claro Deus não habita em templos de mãos humanas, mas Ele habita no meio dos louvores de seu povo, e como é bom ver o seu Espírito agir em nossos espíritos, sentimentos e corpos. Mas é óbvio que Ele não se limita a espaço, templo, tempo, música, domingo, porém é na congregação que vejo ao meu lado um irmão, um ser tão humano quanto eu, e tão cheio d’Ele e do infinito amor d’Ele quanto eu.

Emocionei-me a lembrar de irmãos que me inspiram como a Maurina (passadeira daqui de casa) muito mais cheia de fé que eu, que através de uma simples oração que eu fiz por ela foi curada por Deus de uma alergia e coceira que havia anos irritava seus olhos (em nome de Jesus, é claro). Ou o semi-analfabeto Zé Divino (o Bigode de Fogo), que convenceu meu pai (um pastor) a levar seus discípulos para uma vigília num monte que nem altura tinha. E estávamos lá, orando no meio do mato quando as folhas acenderam. E eu pegava aquelas folhas florescentes na mão e olhava não querendo crer naquilo. Cheguei a brincar com um discípulo do meu pai que é Engenheiro Químico: “E aí, como você explica isso?” Ele respondeu: “É... isso é Deus, eu não explico!”

Podia escrever dezenas ou centenas de páginas só desses relatos que acontecem porque cremos em família, em igreja (também instituição), porque cremos em comunhão, porque pregamos o Reino de Deus sem medo de sermos felizes. Basta saber que o semi-analfabeto bate de dez em dezenas ou centenas de seminaristas que andam por aí com muita instrução, mas nenhuma experiência com o poder de Deus. Caramba! O Bigode de Fogo é um pedreiro que lê a Bíblia umas 5 vezes por ano e ama as vidas. Basta lembrar quantos pastores me ajudaram, de quantos líderes e amigos me socorreram, de como dois desses evitaram até mesmo 
um suicídio.

Gosto de ser mais um na multidão e ao mesmo tempo muito importante para a comunhão. Gosto de cantar músicas mesmo parecendo um mantra de tanto repetitivas e tendo melodias simples são fracas, mas é o que eu com minha voz rouca consigo alcançar e é o que todos conseguem e podem acompanhar. Preciso viver no meio disso, preciso ser cercado de pessoas comuns, mais pobres e mais simples (qual é o plural de simples?), como é gostoso viver cercado de irmãos. Sem isso sou cego ao amor, de outra forma não conheceria a graça, por outro caminho só pensaria em mim mesmo, não saberia respeitar as diferenças e desprezaria o oprimido.

Sim, eu sou fraco. Eu preciso de calor humano, de contato, de sair depois do culto, de participar de acampamentos, de dar ofertas e dízimos, de louvar junto ao grupo, de ouvir pregações ungidas, de cear, batizar, preciso de proteção, cobertura, abrigo: “Ah, eu amo, e porque amo, fico!”

Vítor Ferolla


Aquela suave brisa mais uma vez fica para trás e tenho que regressar ao meu velho caminho, trazendo as lembranças de tanto carinho que ganhei.
Lembranças de emoções que nunca esperei.
De tantas coisas, tantos gestos, tantas pessoas e palavras que fizeram a verdadeira diferença, de sentimentos que eu mesma nem imaginei.
Como esse meu simples emaranhado de palavras poderia expressar aqueles meus pequenos medos querendo vir à tona,
Como poderia explicar a ansiedade de chegar onde há muito tempo esperei,
Como falar de tantas coisas com que sonhei.
Como decifrar os sentimentos de saudade que eram tão grandes que tornavam tudo ainda mais distante, e enchiam minha cabeça de curiosidade, e tudo isso para rever...
Rever aqueles lugares, aqueles rostos, aquelas pessoas, aqueles que são o grande motivo de minha saudade.
Tudo passou muito rápido, mas ao mesmo tempo tudo passou intensamente, e por isso deixou gravadas boas emoções em minha mente.
E posso dizer que apesar de pequenos desacertos tudo valeu a pena ser feito.
Valeu por todas as vezes que pensei em desistir, e que não iria conseguir.
Tudo agora foi recompensado, por saber que estive no lugar onde há muito tempo tenho esperado estar.
E por sentimentos dentro de mim que ainda não sei como explicar, e por todo o afeto e imenso carinho recebido que não sei como recompensar.

Alessandra Almeida

8 comentários:

vitorferolla disse...

Obrigado por ter postado meu texto é realmente uma honra! =)


Acabo de adicionar seu blog na minha lista de links brilhantes.




Abração!
Fique na Graça!

Márcio Melânia disse...

Maya,

Não somente no hasbadana, como no eticaeliderancacrista, didaticaaplicada, seitas estão linkados em seu blog.
Assim que o Lucas terminar seu banner colocarei o seu banner em todos eles, ok?

Deus a abençõe.

Maya Felix disse...

Prezado Vitor,

Muito obrigada por sua postagem, é uma honra para mim poder postar seu texto! Venha sempre por aqui!

Um abraço,

Maya

:)

Maya Felix disse...

Prezado Márcio,

Obrigada, não me lembrava de que você tinha tantos blogs! Vou visitá-los!

Um abraço, você é sempre bem-vindo por aqui

Maya

:)

Alessandra Almeida disse...

Olá Maya,
Realmente fiquei muito feliz ao perceber que vc postou meu texto,mto obrigado por isso.
É sempre bom saber que tem pessoas que se interessam por textos como os meus ;)
esse texto eu dediquei a minha terra natal o Maranhão.
um abraço!

Maya Felix disse...

Querida Alessandra,

Pensei que você fosse catarinense! Ora, então somos duas maranhenses! Grande abraço, você é sempre bem-vinda aqui!

Maya

:)

J.T.Parreira disse...

Respondendo com agrado à sugestão que deixou no Papéis na Gaveta, aqui estou visitando o seu blog. As matérias inserem-se no quadro do que penso e na minha actuação como poeta e pensador evangélico português.
Vamos então «linkar-nos».
João

Maya Felix disse...

Prezado amigo d'além-mar,

Obrigada por sua resposta, é também com agrado que vou linkar seu blog aqui!

Maya

:)

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