Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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31 de jul. de 2008

Khalil Gibran el Khalil

Khalil Gibran aos 15 anos
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Gibran, vida e obra
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Gibran Khalil Gibran nasceu em seis de dezembro de 1883, na cidade de Bisharri, no sopé da Montanhado Cedro, no norte do Líbano. O pai, um coletor de impostos, bebia e jogava, mas vinha de uma linhagem de intelectuais e de religiosos maronitas pelo lado da mãe. Khalil não teve uma educação formal, mas aprendeu inglês, francês e árabe ao mesmo tempo, além de revelar-se uma promessa precoce como artista, desenvolvendo uma paixão por Leonardo da Vinci aos seis anos de idade. Aos 11 anos, toda a família, com exceção do pai, emigrou para a América e estabeleceu-se em uma comunidade de imigrantes libaneses no bairro chinês de Boston. A mãe trabalhava como costureira, e o irmão mais velho, Boutros, abriu um armazém. Gibran freqüentou a escola, onde seu nome começou a ser escrito como Khalil. Foi mandado para aulas de desenho e em seguida foi apresentado ao fotógrafo Fred Holland Day, que o usou como modelo e lhe encomendava desenhos.
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Em 1898, Gibran foi mandado para casa para freqüentar a escola Al Hikma, em Beirute. Estudou literatura francesa romântica e árabe. Em 1902, voltou para a família via Paris. Uma das irmãs, Sultana, morreu de tuberculose antes da sua chegada, e foi logo seguida pelo irmão, Boutros. Dentro de apenas algumas semanas, a mãe morreu de câncer, deixando-o com a irmã caçula, Mariama. Gibran vendeu o armazém e passou a ganhar a vida como pintor.
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Mais tarde, teve um romance com a jornalista Josephine Peabody, que o apresentou a Mary Haskell, uma professora que viria a ser sua patrocinadora e colaboradora. Sua carreira como escritor estabeleceu-se quando começou a escrever para o jornal Mohajer, de emigrantes árabes. Em 1905, o primeiro livro, Al-Musiqah, foi publicado. Seguiram-se mais artigos e livros, a maioria criticando o Estado e a Igreja e, em 1908, seu livro de poemas em prosa, Al-Arwah al Mutamarridah, foi proibido pelo governo sírio e ele foi excomungado pela Igreja Síria. Mary Haskell patrocinou-lhe então uma estada de dois anos em Paris, onde Gibran estudou pintura na École des Beaux-Arts e na Academia Julien, onde fez uma exposição em 1910.
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De volta aos Estados Unidos, depois de Mary Haskell ter recusado seu pedido de casamento, mudou-se para Nova Iorque e trabalhou como pintor de retratos. Fazia exposições regularmente, e um livro com seus desenhos foi publicado. Em 1912, a publicação de sua novela Broken Wings rendeu-lhe uma correspondência permanente com May Ziadah, uma jovem libanesa que vivia no Cairo. Mary Haskell encorajou-o a escrever em inglês e, em 1915, apareceu um poema, The Perfect World, seguido do primeiro livro em inglês, The Madman, em 1918. Durante este tempo, continuou a escrever em árabe e a trabalhar como artista. Em 1920, Gibran tornou-se um dos fundadores de uma sociedade literária chamada Arrabitah ou O Laço da Pena. Sua carreira como pintor e escritor florescia, mas estava com problemas cardíacos e começou a beber muito para mitigar as dores no coração. Era convidado com freqüência a discursar para congregações de igrejas liberais. Em 1922, foi inaugurada uma exposição de seus desenhos a bico de pena e aquarelas e, em 1923, foi publicada sua obra-prima, O Profeta. Foi um sucesso imediato e as vendas nunca caíram. Publicou vários outros trabalhos em inglês e em árabe, sendo o mais notável Jesus, Filho do Homem (1928), antes de morrer de insuficiência hepática e tuberculose incipiente em dez de abril de 1931. Gibran nunca perdeu a paixão pelo Líbano, sua terra natal, onde foi enterrado e onde é considerado uma lenda.
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Texto de apresentação do livro O Profeta, de Khalil Gibran el Khalil.
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