Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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1 de jun. de 2008

orgulho nacional


"(...) Desde criança, Paulo deixou registrada sua maior ambição: 'Virar um escritor lido no mundo inteiro' e possuir 'dinheiro, glória e poder'. Agiu sempre na direção da fama, segundo narra Morais. Sua ambição desmedida o levou a crises de desespero e depressão. Criado em uma família tradicional carioca, parente do escritor José de Alencar, entre outros antepassados célebres, ele se acostumou a ler desde cedo. Tirava péssimas notas no Colégio Santo Inácio, instituição jesuítica onde teve o primeiro mentor espiritual, o padre gaúcho Guy Jorge Ruffier. Adolescente, passou a viver dilemas sexuais e místicos. Os pais o internaram num hospício, onde diz ter recebido a visita do 'Anjo da Morte'. este anunciou o assalto de sua alma. O jovem propôs uma troca: degolou com uma faca de cozinha um cabrito das vizinhanças e ofereceu o sangue do animal ao espectro. Foi a primeira de muitas esquisitices que se seguiriam. 'É um personagem digno de Dsotoiévski ou de Nélson Rodrigues', diz Morais, que o descreve como 'sovina', 'paranóico', 'covarde', 'fantasioso' e 'sensível'.
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A sensibilidade o conduziria a extremos. Se no início foi tímido com as mulheres, logo passou a seduzi-las para as mais diversas extravagâncias sexuais, de mènage à trois a fazer sexo em locais estranhos. Entre muitas estripulias, disse ter visitado uma garota que morava com uma tia-avó e vivido uma cena semelhante à do romance O Casamento, de Nélson Rodrigues. 'Como era um apartamento de uma peça, divertiram-se transando diante dos olhos estatelados da anciã, surda-muda e senil - experiência, aliás, que se repitiria algumas vezes', escreve Morais. Na peça de Nélson, a testemunha involuntária era um ancião paralítico. A semelhança sugere que Paulo Coelho, leitor de Nélson, possa ter se inspirado no cronista - ou inventado a cena descrita em seu diário.
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Paulo voltou ao hospício por duas ocasiões, fugiu, envolveu-se com grupos teatrais. Enquanto tentava escrever peças de sucesso, disse ter testado a sexualidade indo para a cama com atores amigos seus, até decidir que não era homossexual. Colecionou mulheres, e as tratava mal. Calou-se ao pedido de socorro de Gisa, quando o casal estava preso numa masmorra do DOI-Codi, órgão de repressão do regime militar. Gisa morreu em 2007 sem ter voltado a lhe dirigir a palavra. Desesperado com a repressão, ele passou a consumir drogas e entrou em 1972 para a Ordo Templi Orientis (O.T.O.), seita satânica fundada pelo místico inglês Aleister Crowley. Numa das invocações ao diabo descritas no livro, ele se masturbou em delírio, pulando como sapo, no centro de um círculo místico. Para ampliar a seita, tentou cooptar menores de idade no Mato Grosso, disfarçando-se de professor de teatro. Quando decidiu romper unilateralmente o pacto, disse a Morais, recebeu a visita do próprio Satã, 'que quase incendiou seu apartamento'. Nesse período, manteve uma parceria com o músico Raul Seixas. Foi Paulo que o iniciou na O.T.O. e nas drogas. A dupla fez 41 músicas, entre elas 'Gita' e 'Al Capone', sucessos que lhe renderam fortuna.
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(...)"
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Trecho de reportagem de quatro páginas (p. 143-146) da revista Época n. 524, de 02/06/2008, escrita por Luis Antônio Giron para fazer propaganda da biografia de Paulo Coelho.
FOTOGRAFIA: Web

2 comentários:

Sérgio Manchester disse...

Creio que a expressão "orgulho em referência" a Paulo Coelho seja mera ironia de sua parte. Porque que orgulho pode causar um bruxo ocultista esotérico a um cristão?

Maya Felix disse...

Prezado Sérgio,

Obviamente, é uma ironia. A mídia diz isso de Paulo Coelho, mas quando lemos textos como esses vemos quem ele é. Não pode ser orgulho de ninguém. Paulo Coelho é um anticristão.

Obrigada por seu comentário,

Maya

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