Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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17 de abr. de 2009

funai, órgão pró-infanticídio

UM CANTO INFANTICIDA DA FUNAI NO CORAÇÃO DAS TREVAS

Por Kátia Brasil, na Folha:

Atendendo a pedido do Ministério Público do Amazonas, a Vara da Infância e da Juventude de Manaus determinou que uma menina ianomâmi com hidrocefalia, pneumonia e tuberculose continue sendo tratada no hospital Infantil Dr. Fajardo, contra a vontade da tribo e da Funai.

Os índios e a Funai defendem que a criança -de 1 ano e 6 meses- volte à aldeia (639 km de Manaus), mesmo sem a alta do hospital. Para os índios, ela deve ser tratada pela medicina indígena com ajuda da medicina convencional.

A direção do hospital diz que a índia, que está respondendo ao tratamento, pode morrer se isso ocorrer. A hidrocefalia é causada pelo aumento anormal do volume de liquor no cérebro, que pode fazer pressão contra o crânio.

A mãe da criança recebeu da Funai, na segunda, autorização para tirar a menina do hospital com apoio da ONG Secoya. Porém, no despacho de ontem, a juíza Carla Reis determinou que o hospital mantenha a criança internada até que ela obtenha alta.

Na terça-feira, dois ianomâmis tentaram tirar a criança da enfermaria, disse a PF. Em nota, o gestor da Funai em Manaus, Edgar Rodrigues, diz que, entre os ianomâmis, se a mulher gerar um filho "defeituoso", é permitido o infanticídio. Ele afirma que a "Funai acata a decisão da mãe de interromper o tratamento".

Ontem, integrantes da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia), que defendem a remoção da menina, disseram que não vai haver infanticídio. Segundo eles, as internações agravaram seu estado de saúde e ela deveria voltar à aldeia, onde seria tratada também por enfermeiros capacitados.

Voltei [comentário de Reinaldo Azevedo]
Tenho tratado aqui do relativismo cultural. Com freqüência, ele flerta com as práticas as mais estúpidas sob a desculpa de que é preciso respeitar as diferenças culturais.

Como é possível que Edgar Rodrigues, o gestor da Funai em Manaus, continue empregado depois de dizer o que disse? E em nota oficial! Há uma diferença nada ligeira entre saber que os ianomâmis praticam o infanticídio — ah, que saudade dos jesuítas! — lá no coração as trevas e arbitrar com tamanha ligeireza sobre a vida — e a morte — de uma criança tomada na sua individualidade, que já está sob os cuidados do estado.

E que diabo de ONG é essa tal Secoya? Fui procurar: "Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami". Em sua página eletrônica, ao apresentar os índios, o texto começa com a seguinte pérola: “Os Yanomami representam uma das etnias que mais recentemente manteve contato com a sociedade envolvente.” Em que língua essa porcaria é escrita? Português é que não é. Gente que escreve assim merece chicote.

A Funai concentra hoje o maior número de celerados por metro quadrado do estado brasileiro. No julgamento sobre Raposa Serra do Sol, a entidade resistiu bravamente às 19 exigências feitas pelo STF para manter a área contínua da reserva. Suas teses flertavam com um estado independente. Queria que o Exército Brasileiro lhe pedisse autorização para entrar "em solo indígena"...

Pero de Magalhães Gândavo, no Tratado da Terra do Brasil, ao entrar em contato com os nossos índios, observou que sua língua não tinha os sons correspondentes às letras “F, L e R”, razão por que eles não poderiam ter “Fé, Lei ou Rei”. Bem, viveu no século 16. Podemos perdoar-lhe a visão canhestra. A Funai está no 21, e seu alfabeto parece desprovido de “D, V e P”, o que a impede de ter “Decência, vergonha e pudor”.

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