Quem não tem talento, mas possui bom adestramento, é capaz de escrever páginas intermináveis em língua padrão bem estruturada segundo o modelo vigente. É provável que tenha amplo vocabulário. Mas, por excesso de técnica e racionalidade, escreve textos longos, enfadonhos, detalhados e, no final, desinteressantes. Será possível perceber, em cada linha, o desejo do autor de expor seus conhecimentos e experiências culturais e sociais, pessoais e mais toda a sua destreza de raciocínio e sua complexa evolução intelectual.
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Quem possui talento, e recebeu certo treinamento para desenvolvê-lo, escreverá passionalmente e se deliciará a cada som de palavra e encadeamento de palavras que não formarão nem compêndio, nem enciclopédia, nem manual, mas um discurso que se desenvolve suave e preciso, no qual as palavras brincam, cantam e fazem amor. Há, aí, o desejo de expressar a própria vida por meio das insuficientes palavras.
Quem possui talento, e recebeu certo treinamento para desenvolvê-lo, escreverá passionalmente e se deliciará a cada som de palavra e encadeamento de palavras que não formarão nem compêndio, nem enciclopédia, nem manual, mas um discurso que se desenvolve suave e preciso, no qual as palavras brincam, cantam e fazem amor. Há, aí, o desejo de expressar a própria vida por meio das insuficientes palavras.
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Mayalu Felix
Niterói, Rio, outubro/2007
NOTA: Mais uma retrô...
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