Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

FAÇA COMO EU: VISITE O BLOG DELES, E SIGA-OS TAMBÉM! :)

6 de ago. de 2009

os crentes-crianças na terra do nunca


Crentes da Terra do Nunca

Tenho observado o quanto de infantilidade tem feito parte da vida espiritual dos crentes em Cristo, em muitas igrejas, nos últimos anos. Não só por meio de uma teologia falsa, que apregoa a prosperidade e a anuência de Deus a qualquer capricho do fiel, em detrimento das provações, como também por meio de ideias erradas acerca do que é ser um homem ou uma mulher de Deus.
Isso me deixa perplexa, sobretudo porque essa falta de crescimento é bem vista por muitos dos que deveriam exortar os cristãos, tanto pastores como presbíteros, professores, anciãos ou líderes, de modo geral.
É comum ouvir na igreja conversas em que os crentes incentivam, uns aos outros, a “decretar”, “ordenar” e “determinar”, no reino espiritual, coisas que desejam para si. O “não” de Deus, comum na Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, passou a ser visto como fruto do pecado. Esse pensamento segue a lógica dos que perguntaram a Jesus, acerca da cura do cego de nascença: “Senhor, quem pecou, estes ou seus pais?” (Jo 9:1-3[1]). Jesus deixou bem claro que a cegueira não era fruto do pecado, mas a porta para a manifestação das obras de Deus na vida do cego e dos que viam aqueles acontecimentos. Assim também muitos sofrimentos são a porta para a manifestação das obras de Deus em nossas vidas. Do contrário, o Senhor não teria dito que devemos renunciar a nós mesmos, tomar a nossa cruz (o nosso sofrimento) e segui-lo (Mt 16:24[2]). O Senhor tomou sobre si a sua cruz, e sem murmurar (Is 53:7[3]), como nós costumamos fazer. O próprio Jesus ouviu um “não” de Deus, pois pediu para não sofrer a morte de cruz, e foi crucificado (Mt 26:39[4]).
Paulo, o apóstolo dos gentios, ouviu “não” de Deus, quando orou, três vezes, para que o espinho fosse retirado de sua carne (que era a metáfora de um pecado ou mal que o incomodava, e pelo qual ele sofria) e recebeu a resposta: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Co 12:9[5]). O apóstolo Paulo se gloriava nas fraquezas, pois sabia, como João, que o poder de Cristo crescia logo que ele diminuía (Jo 3:30[6]), sabia que quando estava fraco por conta das perseguições, das injúrias e das necessidades o poder de Cristo enchia seu corpo carnal (II Co 12:10[7]). Porque aquele que quer ganhar a sua vida, perde-a, mas o que perder a sua vida, por amor de Cristo, ganha-a (Mt 16:25[8]). O crente imaturo vive neste mundo como se este mundo fosse dele, como se os bens que a ferrugem e a traça destruirão fossem os nossos verdadeiros bens (Mt. 6:19-20[9]). Onde está o coração desses crentes? Jesus, Ele mesmo, responde, e aquele que lê a Bíblia também sabe (Mt. 6:21[10]).
O que o crente infantilizado, ou “crente-criança”, não percebe, é que Deus deixou o espinho na carne de Paulo para seu crescimento espiritual, pois ele aprendeu, com isso, que a graça do Senhor bastava para que ele estivesse contente. Paulo aprendeu a ter paz em toda situação, pois sabia que podia todas as coisas em Cristo, que o fortalecia (Fp 4:11-13[11]), e que Sua paz, que excede a todo entendimento, guardava seu coração de temores e perturbações (Jo 14:27[12]). O crente-criança não compreende que o que parece bom a seus olhos pode não ser bom aos olhos do Senhor, pois os caminhos do Pai são mais altos que os nossos (Is 55: 8-9[13]). O crente infantilizado não se aprofunda na Palavra e faz da vida cristã algo raso e reduzido a uma fórmula, a uma receita de oração e de barganha com Deus. Crê que se entregar o dízimo (e o faz não por amor, mas por medo e interesse), se for correto, se orar “amarrando” o diabo Deus dirá sim a todo e qualquer pedido, e muitas vezes se frustra, pois não é assim que a banda toca lá no Céu. Deus diz não ao pedido que não está de acordo com a sua vontade, que é boa, perfeita e agradável (Rm 12:2[14]). O sofrimento pode levar maturidade e intimidade com Cristo ao fiel, e corrigir em sua vida problemas que muitas vezes só os olhos de Deus podem enxergar. É um privilégio para o cristão sofrer diante do Senhor, pois ele corrige os que ama (Hb 12:6[15]). Se pedimos alguma coisa a Deus, ele nos atende, desde que nosso pedido esteja de acordo com a sua vontade (I Jo 5:14[16]). A Palavra de Deus nos afirma que na vida temos tribulações, mas o crente infantilizado não percebe que a aflição é o momento de crescimento: ele quer ter, neste mundo, uma vida sem tribulação. Como este fiel poderá compartilhar das aflições de Cristo, se diante da dor, da tristeza e do sofrimento a esperança não é gerada? Se diante das tribulações não há paciência (Rm 5:3-5[17])? Nossa esperança, Cristo, Ele mesmo, foi “homem de dores” (Is 53:3[18]). Como ser um imitador de Cristo (I Co 11:1; Ef 5:1[19]) sem passar pelo sofrimento? Porque antes de subir ao Pai e antes de ressuscitar, e antes de ser visto em seu corpo glorioso, e antes de vencer a morte, Cristo precisou passar por ela, e recebeu uma carga de sofrimento que fez dele um homem sem formosura, desprezado, aflito, ferido de Deus e oprimido (Is 53:2-5[20]).
O crente infantilizado não lê a Bíblia, apenas engole o que o pastor mastiga, e recebe sem discernimento qualquer palavra que tenha a aparência de ser bíblica. O crente infantilizado não estuda a Palavra, apenas lê estudos de outras pessoas. Em geral, não ora para adorar a Deus, mas para pedir. Não tem intimidade com Deus no sofrimento, pois quando sofre pede, constantemente, que o pastor ore com ele, sendo incapaz de orar também sozinho. Por isso, o crente-criança compõe, ministra e canta musiquetas de louvor que refletem seu desconhecimento bíblico. Uma dessas letras, que ouvi recentemente, diz: “Eu quero me desesperar outra vez, eu quero perder o sono, eu quero me apaixonar...” E por aí vai, uma sucessão de blasfêmias e infâmias contra a Palavra do Deus Vivo que muitos repetem, braços levantados e olhos fechados, no domingo à noite. Talvez a intenção do autor, na musiqueta que eu menciono acima, tenha sido dizer que deseja voltar ao primeiro amor (Ap. 2:4[21]), mas, para não repetir as palavras da Bíblia, ele preferiu dizer que quer “se desesperar”! Ora, e o que é “se desesperar”? Segundo o dicionário Aurélio, a primeira acepção desse verbo é: “tirar a esperança a, desanimar, desalentar”. O crente-criança está proclamando, em alto e bom som, dentro da igreja e junto a outros fiéis, que quer tirar de si mesmo a esperança! Essa, que é o produto da tribulação, da paciência e da experiência, e que não traz confusão (Rm 5:5[22]). Esse é um dos exemplos. O crente imaturo deixa de cantar os hinos do Hinário, se sua igreja for histórica, e escolhe cantar qualquer porcaria do mercado gospel que tenha uma melodia “emocionante” e palavras que o deixarão “impactado”. De olhos fechados, tanto fisicamente quanto espiritualmente, ele não pode discernir o que é bíblico ou não, pois não lê a Palavra. Ele, imaturo, não entende que nem tudo o que tem a aparência do bem é realmente bom, mas que devemos discernir todas as coisas com o conhecimento da Palavra (Hb 4:12[23]). Por isso, ele lê Kenneth Hagin e aprende a dar ordens a Deus, usando o nome de Jesus para ter qualquer coisa e fazendo da Santa Trindade um moleque que está a seus pés, em vez de se colocar aos pés do Senhor e dizer-lhe: “Eis-me aqui” (Is 6:8[24]), tanto por amor como por obediência, alegremente, em qualquer circunstância.
Outra característica do crente-criança: Ele é relapso. É relapso não somente em ler a palavra, jejuar, orar e perseverar nas aflições, mas é relapso no dia-a-dia, não sendo zeloso em santidade nem em obediência. Nas coisas mais corriqueiras o crente-criança é displicente, e por isso estaciona em vaga de deficiente físico mesmo não sendo deficiente, ou para em fila dupla, sonega impostos, fura fila, pega emprestado e não devolve, mente, faz fofoca e intriga, chega sempre atrasado para seus compromissos, come em excesso (para justificar, orgulhosamente, o fato de que não fuma nem bebe, sendo glutão ignorantemente, contaminando o templo do Espírito com sua falta de domínio-próprio e fazendo disso motivo de comentários engraçadinhos na igreja), joga lixo na rua etc. Tudo isso, para o crente-criança, é coisa menor. Por isso, ele nunca dá testemunho de Cristo (I Pe 2:12[25]), em lugar nenhum. Ele não se preocupa em pregar a Palavra para seus vizinhos, ele não se incomoda se seus colegas de trabalho não vêem nele a imagem de Cristo, ele não liga se seus filhos aprenderão a andar retamente ou não, se eles aprenderão com ele a enganar, a “dar um jeitinho” com o policial logo que haja alguma irregularidade em seu carro, seus documentos ou sua maneira de dirigir, enfim, logo que ele mostre seu lamentável exemplo de cidadão. Por isso, o crente-criança também não vai aos hospitais ver os enfermos, jamais foi a uma prisão visitar os presos (Mt 25:31-45[26]), não cobre o nu, não reparte o pão com o faminto nem se preocupa em desatar as ligaduras da impiedade sobre a Terra (Is 58:6-7[27]). Para o crente-criança, a única coisa que importa é seu umbigo. Por isso, ora apenas por sua casa, sua família, seu carro, seu emprego e tudo o mais que compõe sua vida pacata. O crente-criança, que segundo Jesus não é ovelha, mas bode (Mt 25:31-33[28]), acredita firmemente que “dar” o dízimo compra seu passaporte para as bênçãos de Deus, e não sabe que não é isso que agrada o Senhor. O crente infantilizado se preocupa em obter vantagens e aprendeu a barganhar com Deus, para receber aquilo que ele pensa ser justo. Ele está constantemente orando para Deus “restituir” aquilo que o velho homem deixou para trás, e por isso, todos os domingos, invariavelmente, há alguma musiqueta de “restituição” no “louvor”, fazendo da congregação de fiéis um grupo de murmuradores saudosos do que deve ser deixado para trás, a fim de que coisas novas, da vontade do Senhor – e não do nosso pobre entendimento – sejam feitas em nossas vidas (Mc 10:28-30[29]). Como disse um texto que eu publiquei no Blog há alguns dias, muitos crentes-crianças teimam em repetir, semanalmente, diariamente, o “melô da mulher de Ló” (ler Gênesis, capítulo 19), cantando o hit-parade gospel “restitui, eu quero de volta o que é meu...”.
O crente-criança quer de volta o que acha que é seu, e, com isso, está constantemente voltando aos rudimentos, ao que já não deveria ser (Gl 4:9[30]), tomando leite como se devesse ser eternamente um bebê na fé (I Co 3:1-3[31]), fazendo birra com Deus para obter tudo o que lhe vem à cabeça, jamais chegando à estatura de “varão perfeito”, que é a “medida da estatura completa de Cristo, no aperfeiçoamento dos santos” (Ef 4:13-15[32]), sendo incapaz de discernir o bem e o mal, sem experimentar a palavra da justiça, andando como menino (Hb 5:12-14[33]). O crente-criança não tem os “sentidos exercitados” (Hb 5:14[34]), e por isso não conhece a voz de Cristo (Jo 10:4[35]) e rejeita o que é de Deus: não lê a Bíblia, não ora, não jejua, não medita, não se preocupa em andar em retidão, não honra a Deus nem o louva dignamente, sendo levado “em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (Ef 4:14[36]).
***


[1] E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.
[2] Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.
[3] Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
[4] E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
[5] E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
[6] É necessário que ele cresça e que eu diminua.
[7] Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.
[8] Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.
[9] Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
[10] Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
[11] Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.
[12] Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
[13] Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
[14] E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
[15] Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.
[16] E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.
[17] E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
[18] Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
[19] Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. / Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados.
[20] Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
[21] Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
[22] E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
[23] Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
[24] Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.
[25] Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.
[26] E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? Ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
[27] Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?
[28] E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
[29] E Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos. E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna.
[30] Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?
[31] E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis, porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?
[32] Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.
[33] Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
[34] Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
[35] E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.
[36] Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.

11 comentários:

Gilson disse...

O crente-criança não vai aos hospitais ver os enfermos, jamais foi a uma prisão visitar os presos (Mt 25:31-45[26]), não cobre o nu, não reparte o pão com o faminto nem se preocupa em desatar as ligaduras da impiedade sobre a Terra (Is 58:6-7[27]). Mas faz dois ou tres jejuns (de 6 horinhas) semanalmente como barganha. Falta intimidade com Jesus e a Palavra, mas sobra religiosidade, acreditam firmemente que “fazer dois jejuns” (a interpretação de Is 58:6-7totalmente distorcida, compra qualquer bênçãos de Deus, e pensam e afirmam irados que é isso que agrada o Senhor.

Maya Felix disse...

Concordo que os cristãos em maturidade fazem isso, mecanizam o jejum, mas também afirmo que o jejum é muito importante - jamais para barganhar, mas para buscar intimidade com Deus.

Obrigada, você é muito bem-vindo aqui.

Maya

Emanuel Corretor disse...

li vc pela primeira vc pela primeira vez, sobre um texto do pastor ricardo gondim,sobre o qual vc discordava, td que vc escreveu nesta mensagem é o que ele tem pregado, que é a pura expressão da verdade, parabenizo te e agradeço por suas reflexões.

"LABAREDAS DE FOGO" disse...

[23]Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.

Não importa de que boca essa espada está saindo se é de um homem ou de uma mulher, ela é viva e eficaz.

O ministério pastoral que a Bíblia não autoriza para as mulheres, não pode ser o de pregar, evangelizar, ensinar entre outros. Temos que procurar um correto discernimento para saber o que a Bíblia quer dizer.

Poucos, raros, são os pastores que pregam dessa forma que você pregou aqui. Maya! Deixe o Sarney um pouco de lado que o próprio diabo cuidará dele. Pregue, pregue, pregue a Palavra em tempo e fora de tempo.

Vim aqui para lhe pedir algo mas, fui impactado, exortado em amor nas minhas mazelas pela sua palavra totalmente fundamentada na Palavra de Deus.

O que eu quero lhe pedir é que faça o seu comentário à resposta que eu dei ao seu primeiro comentário no post sobre o Missionário R R Soares em meu Blog. Para mim a sua opinião é muito importante, tal qual a de um pastor.

Sei que falando assim estou “colocando telhas de vidro em meu telhado” e as pedras virão. Mas não importa, talvez assim eu possa ver mais ainda a luz.

Maya Felix disse...

Olá, Emanuel,

Obrigada pelo comentário, é verdade que o Gondim parece que tem prazer em ir ladeira abaixo. Que Deus abra seus olhos, esse é o meu desejo.

Um abraço, volte sempre.

Maya

:)

Maya Felix disse...

Olá, amigo do Blog Labaredas de Fogo,

Fiquei emocionada com o que você disse. Precisamos nos levantar contra uma geração que desagrada o Senhor, que esqueceu as dificuldades, que se compraz em coisas materiais e terrenas, que ora por bens que passam.

Vou lá no seu blog, sim. Não sabia que você já havia respondido ao meu comentário.

Um abraço, e obrigada por seu comentário.

Maya

"LABAREDAS DE FOGO" disse...

Maya, amada irmã

já repondi ao seu comentário lá no meu blog.

diante da sua abençoada capacidade creio que fiquei com "gosto de quero mais'

Alberto M. de Oliveira (Betochurch) disse...

Olá Maya.
Amei o seu blog. Este texto mesmo, demais. Posso publicá-lo em meu blog?
Tornei-me seu seguidor, pois a leitura aqui é agradável e rica e seu esforço político elogiável.
Se tiver um tempinho, visite meu humilde blog: http://www.ecclesiareformanda.blogspot.com/
Ficarei honrado com sua visita.
Um abraço, e que Deus continue a lhe abençoar...
Alberto M de Oliveira

Maya Felix disse...

Olá, Alberto!

Claro que pode! Só peço que cite a fonte, OK?

Vou visitar seu blog, agora estou meio ocupada, mas em breve vou lá, sim!

Abraços,

Maya

:)

Alberto M. de Oliveira (Betochurch) disse...

Obrigado Maya.
Lá vc verá que sempre cito a fonte e o link da postagem original...
Abração
Alberto

Rafael Kafka disse...

O desejo de arrotar superioridade espiritual é tão grande que as pessoas perdem a conexão com DEUS, meu anjo!

Marcadores

Comportamento (719) Mídia (678) Web (660) Imagem (642) Brasil (610) Política (501) Reflexão (465) Fotografia (414) Definições (366) Ninguém Merece (362) Polêmica (346) Humor (343) link (324) Literatura (289) Cristianismo (283) Maya (283) Sublime (281) Internacional (276) Blog (253) Religião (214) Estupidez (213) Português (213) Sociedade (197) Arte (196) La vérité est ailleurs (191) Mundo Gospel (181) Pseudodemocracia (177) Língua (176) Imbecilidade (175) Artigo (172) Cotidiano (165) Educação (159) Universidade (157) Opinião (154) Poesia (146) Vídeo (144) Crime (136) Maranhão (124) Livro (123) Vida (121) Ideologia (117) Serviço (117) Ex-piritual (114) Cultura (108) Confessionário (104) Capitalismo (103) (in)Utilidade pública (101) Frases (100) Música (96) História (93) Crianças (88) Amor (84) Lingüística (82) Nojento (82) Justiça (80) Mulher (77) Blábláblá (73) Contentamento (73) Ciência (72) Memória (71) Francês (68) Terça parte (68) Izquerda (66) Eventos (63) Inglês (61) Reportagem (55) Prosa (54) Calendário (51) Geléia Geral (51) Idéias (51) Letras (51) Palavra (50) Leitura (49) Lugares (46) Orkut (46) BsB (44) Pessoas (43) Filosofia (42) Amizade (37) Aula (37) Homens (36) Ecologia (35) Espanhol (35) Cinema (33) Quarta internacional (32) Mudernidade (31) Gospel (30) Semiótica e Semiologia (30) Uema (30) Censura (29) Dies Dominicus (27) Miséria (27) Metalinguagem (26) TV (26) Quadrinhos (25) Sexo (25) Silêncio (24) Tradução (24) Cesta Santa (23) Gente (22) Saúde (22) Viagens (22) Nossa Linda Juventude (21) Saudade (21) Psicologia (18) Superação (18) Palestra (17) Crônica (16) Gracinha (15) Bizarro (14) Casamento (14) Psicanálise (13) Santa Casa de Misericórdia Franciscana (13) Carta (12) Italiano (12) Micos (12) Socialismo (11) Comunismo (10) Maternidade (10) Lêndias da Internet (9) Mimesis (9) Receita (9) Q.I. (8) Retrô (8) Teatro (7) Dããã... (6) Flamengo (6) Internacional Memória (6) Alemão (5) Latim (5) Líbano (5) Tecnologia (5) Caninos (4) Chocolate (4) Eqüinos (3) Reaça (3) Solidão (3) TPM (2) Pregui (1)

Arquivo