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Em terceiro lugar, o escopo do amor é ilimitado; sua obra jamais termina. Qualquer dever que possamos esperar concluir e dar por terminado não é um dever moral. Aquele cujo único conhecimento consiste de tarefas finitas não alcançou ainda a vida interior e a liberdade de uma mentalidade moral. A realização de qualquer coisa que o amor entenda ser seu dever conduz a novas obrigaçőes, maiores que as anteriores.
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Se alguém, buscando comunhão com aqueles entre os quais foi colocado, imagina poder estabelecer quaisquer limites para os seus esforços, sua vontade não possui ainda uma natureza moral. Se a comunhão genuína com outros for realmente o único objeto da nossa vontade, não nos contentaremos com menos do que uma infinita capacidade para o serviço. Estaremos então preparados para a possibilidade de termos de desconsiderar todas as fronteiras que delimitam nossos direitos, se for para sermos capazes de cumprir nosso propósito de servir a comunidade.
Se alguém, buscando comunhão com aqueles entre os quais foi colocado, imagina poder estabelecer quaisquer limites para os seus esforços, sua vontade não possui ainda uma natureza moral. Se a comunhão genuína com outros for realmente o único objeto da nossa vontade, não nos contentaremos com menos do que uma infinita capacidade para o serviço. Estaremos então preparados para a possibilidade de termos de desconsiderar todas as fronteiras que delimitam nossos direitos, se for para sermos capazes de cumprir nosso propósito de servir a comunidade.
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Se for nosso o verdadeiro amor, estaremos prontos para qualquer sacrifício que possa estabelecer um elo comum de afinidade entre nós mesmos e aqueles ao nosso redor. É essa a autonegação para a qual somos chamados por Jesus: não um abandono sem sentido dos nossos poderes individuais, mas o exercício máximo deles, a disposição de entregá-los todos a uma grande causa. O que se ergue desse fundamento não é mera “disposição de espírito construída como um castelo de cartas” – pois, onde o serviço é dessa natureza, o indivíduo é construído sobre um reconhecimento aberto de necessidade. Se for cristã, essa pessoa se alegrará na promessa de que seu sacrifício é a chave para as riquezas do mundo que despertam o coração do homem para suas riqueza mais profundas.
Se for nosso o verdadeiro amor, estaremos prontos para qualquer sacrifício que possa estabelecer um elo comum de afinidade entre nós mesmos e aqueles ao nosso redor. É essa a autonegação para a qual somos chamados por Jesus: não um abandono sem sentido dos nossos poderes individuais, mas o exercício máximo deles, a disposição de entregá-los todos a uma grande causa. O que se ergue desse fundamento não é mera “disposição de espírito construída como um castelo de cartas” – pois, onde o serviço é dessa natureza, o indivíduo é construído sobre um reconhecimento aberto de necessidade. Se for cristã, essa pessoa se alegrará na promessa de que seu sacrifício é a chave para as riquezas do mundo que despertam o coração do homem para suas riqueza mais profundas.
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A mente que está viva em Jesus, a mente que ele requer de nós, está enraizada e fundamentada no conhecimento de que uma única coisa é boa, uma vontade direcionada à comunhão de seres conscientes de si mesmos – em outras palavras, amor. Essa mente, de acordo com a explicação que Jesus fornece do amor, é vontade uniforme, independente e inesgotável. Seu ponto culminante é a percepção de que esta vontade é poder sobre todas as coisas: é Deus.
A mente que está viva em Jesus, a mente que ele requer de nós, está enraizada e fundamentada no conhecimento de que uma única coisa é boa, uma vontade direcionada à comunhão de seres conscientes de si mesmos – em outras palavras, amor. Essa mente, de acordo com a explicação que Jesus fornece do amor, é vontade uniforme, independente e inesgotável. Seu ponto culminante é a percepção de que esta vontade é poder sobre todas as coisas: é Deus.
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Adolf Harnack, em Ensaios sobre o Evangelho Social (1907)
Adolf Harnack, em Ensaios sobre o Evangelho Social (1907)
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Por Paulo Brabo
Texto postado no site A Bacia das Almas em 14/04/2008.
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NOTA: O texto é maravilhoso, mas completamente desvinculado do fato de que somos humanos e falhos. Não há nada neste mundo cuja beleza, em si, não seja já uma impossibilidade. Pensando nisso há algum tempo, concluo que utopias e ideais fraternos e humanos são belos, mas, infelizmente, irrealizáveis. Existem na alegria dos jovens, e lhes dão a linda e irepreensível sanha de vida.
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