Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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22 de jun. de 2009

la burqa n'est pas la bienvenue en France


O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse nesta segunda-feira (22) que as burcas, vestimenta que cobre todo o corpo da mulher, dos pés à cabeça, escondendo seu rosto, não têm lugar na França, já que são um símbolo de subjugação da mulher. Durante um discurso solene ao Parlamento sobre uma ampla gama de assuntos, Sarkozy apoiou uma iniciativa lançada na semana passada por parlamentares que expressaram preocupação com o crescente uso de burcas na França.
Mulheres usam diferentes tipos de véus na cabeça: no topo esquerdo, um hidjab, no topo direito, um niqab, na esquerda de baixo, um xador; por último, a burca.

"A questão da burca não é uma questão religiosa, é uma questão de liberdade e de dignidade das mulheres", afirmou Sarkozy durante uma sessão conjunta das duas Casas do Parlamento, realizada no Palácio de Versailles. "A burca não é um símbolo religioso, é um símbolo da subjugação, da subjugação das mulheres. Quero dizer solenemente que não será bem-recebida em nosso território", afirmou, recebendo fortes aplausos. Numa iniciativa multipartidária, 60 parlamentares propuseram a uma comissão parlamentar que examine a disseminação da burca e encontre meios de combater a tendência. Referindo-se a essa proposta, Sarkozy disse que é a maneira correta de proceder. "Tem de haver um debate e todas as posições têm de ser apresentadas. Que melhor lugar para isto do que o Parlamento? Eu digo a vocês: não temos de nos envergonhar de nossos valores, não temos de ter medo de defendê-los", disse ele. O debate sobre a burca é resquício de uma controvérsia sobre o uso de véus por meninas muçulmanas na sala de aula, que inflamou a França por uma década. Por fim, em 2004 foi aprovada uma lei que proíbe estudantes de usarem símbolos claros de sua religião nas escolas do Estado. Críticos dizem que a lei estigmatizou os muçulmanos em um momento em que o país deveria estar combatendo a discriminação nos mercados de trabalhos e imobiliário, que causa uma divisão entre a maioria da sociedade e muitos jovens descendentes de imigrantes.
FONTE: Blog do Pr. Moisés Carneiro
***

No site do jornal Le Figaro:


Le chef de l'État a rappelé devant le Congrès lundi que le voile intégral n'est pas «l'idée que la République française se fait de la dignité de la femme».

«Signe d'asservissement» de la femme, la «burqa n'est pas la bienvenue sur le territoire de la République française», a lancé le président lundi devant le Parlement réuni en Congrès. «Nous ne pouvons pas accepter dans notre pays des femmes prisonnières derrière un grillage, coupées de toute vie sociale, privées de toute identité. Ce n'est pas l'idée que la République française se fait de la dignité de la femme», a souligné Nicolas Sarkozydevant les députés et sénateurs. «Le Parlement va se saisir de cette question pour organiser un débat et permettre à tous les points de vue de s'exprimer», a-t-il expliqué. Pour autant, le chef de l'État n'a pas tranché entre la «commission d'enquête parlementaire», souhaitée par une soixantaine de députés, qui ont soutenu la proposition d'André Gérin (PCF) et la voie, «moins comminatoire», de la mission d'information soutenue par Bernard Accoyer, le président de l'Assemblée.

La commission comme la mission devraient se pencher sur ce phénomène récent, encore restreint, mais en augmentation. La burqa, diffusée en France ces quinze dernières années, a été encouragée par des mouvements radicaux. On compterait ainsi environ 30 000 salafistes en France, dont quelques milliers de femmes qui portent la burqa, auxquelles s'ajoutent celles du Tabligh, autre mouvement fondamentaliste et piétiste. La plupart de ces femmes sont françaises, entrées volontairement sous la burqa comme on adhère à une «secte», rappelle l'anthropologue Dounia Bouzar : «Il s'agit d'ériger une frontière infranchissable entre ceux qui sont “dedans” et ceux qui sont “dehors”.»

Respect de toutes les religions

Comment contenir alors l'expansion de la burqa ? Les partis se divisent entre les partisans d'une loi et ceux qui craignent d'enfermer un peu plus ces femmes chez elles, voire de raviver la querelle qui avait entouré le vote de la loi sur signes religieux ostensibles à l'école en 2004. Car si Nicolas Sarkozy insiste pour sortir la burqa du champ religieux, le Conseil français du culte musulman semble, lui, l'entendre autrement. L'organe représentatif officiel s'oppose à toute remise en cause du voile intégral, regrettant une fois de plus «la stigmatisation de l'islam». Seul le recteur de la Mosquée de Paris, Dalil Boubakeur, a pris ses distances avec le niqab, rappelant qu'il n'est ni prescrit par le Coran ni dans la tradition maghrébine.

Mais, signe religieux ou pas, il semble difficile de fonder en droit l'interdiction de la burqa. La laïcité ne régit pas la tenue des adultes dans l'espace public. Les questions de sécurité, avec la nécessaire identification dans certains établissements sous protection, comme les mairies, les gares ou encore les banques, semblent le vecteur le plus évident. Il est par ailleurs déjà interdit de conduire en burqa (jurisprudence de l'île de la Réunion). Autrement, il semble difficile de réglementer la tenue d'adultes sur la voie publique sans viser spécifiquement les musulmans.

Or, Nicolas Sarkozy entend au contraire faire de la laïcité le respect de toutes les religions. Et relancer plus largement notre «modèle d'intégration, qui ne fonctionne plus» car «au lieu de produire de l'égalité il produit de l'inégalité», «au lieu de produire de la cohésion, il produit du ressentiment», a déclaré le chef de l'État.

La lutte contre la discrimination sera la priorité du gouvernement et «il faudra savoir donner plus à ceux qui ont moins sans user de critères ethniques, contraires à nos principes fondamentaux, mais bien sur des critères sociaux».


***

Bien joué, M. Sarkozy! :)

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