Creio que não existe nada de mais belo, de mais profundo, de mais simpático, de mais viril e de mais perfeito do que o Cristo; e eu digo a mim mesmo, com um amor cioso, que não existe e não pode existir. Mais do que isto: se alguém me provar que o Cristo está fora da verdade e que esta não se acha n'Ele, prefiro ficar com o Cristo a ficar com a verdade. (Dostoievski)

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22 de fev. de 2008

o poliglota - homenagem ao doutor.


"O Homem que Falava Javanês" é um conto do Lima Barreto e conta a história de um cara que estava na pior, devendo dinheiro para todo mundo e que a única saída que encontrou foi ensinar javanês sem saber uma só palavra da língua e leu num livro que Java era uma grande ilha do arquipélago de Sonda, colônia holandesa, e o javanês, língua aglutinante do grupo maleo-polinésico, possuía uma literatura digna de nota e escrita em caracteres derivados do velho alfabeto hindu deduzindo daí que dificilmente outro alguém em todo Rio de Janeiro soubesse falar javanês melhor do que ele. [FONTE: http://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=2082]


(Daniel, merci.)


INGLÊS
She is full of nine o'clock. = Ela é cheia de nove horas.
Tea with me that I book your face = Chá comigo que eu livro sua cara.
Do you want a good-good? = Você quer um bom-bom?
Between, my well. = Entre, meu bem!
Ooh! I burned my movie! = Oh! Queimei meu filme!
I will wash the mare. = Vou lavar a égua.


CHINÊS
Cabelo sujo: chin-champu
Descalço: chin chinel
Top-less: chin-chu-tian
Náufrago: chin-chu-lancha
Nudista: chin-kau-chao
Pobre: chen luz, chen agua e chen gaz
Hemorróida: ku-xai-chiang


JAPONÊS
Adivinhador: komosabe
Bicicleta: kasimoto
Fim: saka-bo
Fraco: yono komo
Meia-volta: kasigiro
Se foi: non-ta
Ainda tenho sede: kiro maisagwa
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NOTA: Aceito sugestões de traduções geniais em francês, espanhol, russo...

21 de fev. de 2008

o estranho fascínio do mal

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É, não ser vil, que pena
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A face risonha do Mal sempre me intrigou. Os vilões estão sempre sorrindo, especialmente nos filmes "b", nas histórias em quadrinhos e em toda velha pulpfiction. A julgar pelo prazer que aparentam sentir ou pelo puro divertimento que extraem de suas maldades, de seu pacto com as sombras, eles são, sem sombra de dúvida, os seres mais felizes sobre a terra.
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Muitas e muitas vezes eles gargalham, cheios de uma infinita delícia interior, e o fato de parecerem sinistros quando fazem isso se deve mais à debilidade de suas vítimas do que a qualquer outra coisa.
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A gargalhada de um super vilão, de uma imperatriz malvada ou a de monstros infernais é algo estarrecedor. Se sobrepõe a qualquer tentativa de confronto verbal. Ninguém pergunta a eles por que estão rindo. Todo mundo sabe que estão rindo para si mesmos, embevecidos pelo poder que exercem sobre as vítimas babacas que, evidentemente, não têm nenhuma capacidade de perceber aquele humor contagiante.
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O mocinho, por exemplo, costuma rir do seu atrapalhado ajudante que não consegue montar num cavalo direito,que escorrega numa casca de banana ou tem problemas em tirar café de uma cafeteira rebelde do escritório. Mas não acha a menor graça quando está amarrado, pendurado de cabeça pra baixo, prestes a cair num poço de lava fumegante. É a vez do vilão rir como um desmiolado, antes de abandonar o mocinho à própria sorte.
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O vilão se retira, provavelmente para dar tempo ao herói, para que este capte o humor da situação, coisa que ele, herói, nunca faz. Fica lá, tentando desesperadamente se libertar e quase sempre consegue (se não a história acaba), mas não acha graça nenhuma. Ainda que um realismo atravessado tenha se infiltrado até em filmes de puro entretenimento e esses chavões de "sessão da tarde" tenham sido hoje, em grande parte, abandonados em prol de uma crueza narrativa digna de um Tarantino, o Mal mantém seu sorriso irônico na face de seus agentes, espalhados como uma campanha de propaganda maciça pelos cinemas afora. Todo mundo sabe que o capeta é um sujeito risonho, ainda que muitas vezes possa ser desagradável. Mas, definitivamente, risonho.
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Tirando a auto-estima, o Mal ri de que, afinal de contas? Antes de mais nada, me parece que ri daqueles que consideram o maniqueísmo apenas uma infantilidade filosófica.
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Ok, é uma infantilidade filosófica. Mas vamos devagar. Ou divagar um pouco, melhor dizendo. O maniqueísmo pode ser considerado como uma tentativa desastrada de separar o joio do trigo, digamos assim. (Jóia, digo eu. Nem sei direito o que é joio. Nunca vi um joio. Mas acredito que seja tudo que não for o grão de trigo, no processo de extrair esse grão, certo?)
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Mas é a tentativa maniqueísta de identificar o Bem e o Mal que parece meio ridícula, no final das contas. Não o conceito em si, que lida com esses dois elementos, duas entidades psíquicas, sei lá, que foram intuídas e vivenciadas longamente durante toda a existência humana, desde quando um macaco sacana empurrou seu irmãozinho do alto do galho para ficar com todas as frutas. Ou desde quando um outro macaco ajudou seu irmãozinho a subir na árvore, a salvo do ainda mais sacana tigre dentes-de-sabre. E pode ter sido o mesmo macaco vacilão quem perpetrou as duas ações, a de salvamento e a de sacaneamento (sic) do seu semelhante.
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O que o maniqueísmo traz como verdade, apesar da sua incipiente capacidade de lidar com essa verdade, é que os dois elementos, Bem e Mal, são antitéticos, antagônicos, incompatíveis e não complementares. Mesmo que o macaco seja o mesmo.
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Não importa que sujeitos como Richard Dawkins se desfaçam da questão mística do confronto e que apontem só a realidade dos genes trabalhando ― muitas vezes em franca desarmonia ― para manter a espécie, o grupo ou o indivíduo e, em última instância, para manter a si mesmo, gene, no pool dos genes que permanecem na ativa, ao longo dos milênios. Importa é que as duas forças, Bem e Mal, têm naturezas distintas. Dawkins provavelmente daria risadas sobre o pretenso misticismo desse contraste, ainda que seus "genes egoístas", como ele gosta de dizer, se apresentem extremamente "maquiavélicos" no sentido comum do termo, ou seja, malvados.
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Para agravar a confusão, dificultar ainda mais o discernimento comum, mas difícil, do bom senso, há a questão cristã dos mártires. Aqueles santos. O nível mais alto da bondade humana, segundo a Igreja, está definido nos santos. Muitos foram mártires e, como o nome diz, martirizados das formas mais loucas, da pedrada ao ataque de bestas feras, enterrados vivos ou cozinhados no azeite.
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Sem querer discutir o mérito dessa bondade suicida, os santos apresentam, geralmente e junto com essa bondade toda, um alto nível de bobeira. Bons e bobocas. Como já disse, não pretendo desacatar a imagem desses santos homens, mas apenas apontar para a maléfica equação cristã: Puro + Indefeso + Ingênuo = Bom. Uma equação do Mal, diga-se de passagem. Com sua contraparte, também do Mal: Esperto + Agressivo + Inteligente = Mau.
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Estamos muito acostumados à essa fórmula, de forma que nos enchemos de uma ternura meio vagabunda por personagens que a gente vê por aí nas telas como, por exemplo, o sábio, despenteado e bondoso astrônomo, um velhinho pateta, que não sabe sequer amarrar seus sapatos direito e se esquece até de comer, observando uma chuva de meteoros. Que vem em sua direção, é claro. Desnecessário lembrar que os sábios bondosos são notoriamente incapazes de correr para salvar a pele. Ou pelo jovem rapaz negro, que tira o capuz que escondia seu rosto e resolve dizer umas verdades, bem no meio da convenção anual da Ku Klux Klan. O cinema está cheio de cenas desse tipo.
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Em Dança com Lobos, Kevin Costner faz o soldado da cavalaria americana que é acolhido gentilmente pelos índios e aprende a gostar deles. Durante o longo tempo em que permanece na aldeia dos índios, ele está vestido como soldado da cavalaria. Quando fica sabendo que outros soldados estão acampados num local próximo dali, ele parte para tentar intermediar o conflito iminente e vai, fantasiado de índio dos pés a cabeça, tentar convencer seus antigos companheiros indianófobos de que os índios são gente boa. Ou seja, seu crescimento interior como ser humano é claramente acompanhado de um equivalente e progressivo retardamento mental.
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Porque também é estranho a gente torcer pelo canibal Hannibal (Anthony Hopkins), por exemplo, no Silêncio dos Inocentes (e nas seqüências inevitáveis). Excetuando-se o pequeno desvio de caráter que faz com que ele goste de morder a cara das pessoas e chupar seus cérebros, o homem é de uma inteligência brilhante, calmo, culto, paciente, confiável, honesto, capaz, generoso e não sei mais o quê.
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Na verdade, o que a gente gosta nesses psicopatas brilhantes do cinema é que eles não são indefesos. A gente sente que poderia confiar neles em questões cruciais de vida ou morte, caso eles estivessem do nosso lado. A própria vida não passa de uma questão dessas: uma crucial questão de vida ou morte. Não dá pra confiar em mártires nem em seus métodos, em qualquer momento que seja decisivo. Mártires já vão morrendo logo de saída. Costumam defender, com a própria vida (!), a tese de que os bons são perdedores natos, losers radicais. Morrem à-toa, à-toa.
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Quando menino eu ficava pensando, às vezes e com uma certa revolta, como o Super-Homem podia ser tão boboca e mal dar conta do Lex Luthor, um careca temível, que não tinha poder nenhum, apenas uma evidente inteligência superior, sendo, portanto, portador da famosa síndrome do "gênio do mal". Ou no estranho confronto entre a máscara negra do bem, o Batman e a face branca do mal, o Coringa. Eram os mistérios maniqueístas, dolorosos para muitos, gloriosos para outros tantos e gozosos para uns poucos.
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Segundo o já citado Richard Dawkins, podemos ter genes, ou cópias genéticas com alguns meros milhões de anos de idade, que comandam até nossa maneira de pensar, mas nenhum desses genes ainda chegou perto de definir os limites entre os dois territórios. Parece que esses milhões de anos são pouco tempo para arriscar uma resposta qualquer à milenar questão do Bem e do Mal. Por enquanto, fico com a opinião do Millôr Fernandes, que disse que "o genial do homem é a bondade". E estamos conversados.
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Guga Schultze
Belo Horizonte, 13/2/2008
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COLABORAÇÃO: deus da Silva.

20 de fev. de 2008

dead kennedys - california über aless

Um dos melhores sons que já se fez no rock (punk rock, the best). Para ver o vídeo e ouvir California Über Aless, com os Dead Kennedys, vá primeiro à janela "Maya_musique", à esquerda, e clique no ícone "pause". Depois venha aqui e clique no ícone "play". Dependendo da memória do seu computador, a primeira exibição pode ser cheia de pausas. Experimente ouvir e ver pela segunda vez... MUITO BOM!!!

19 de fev. de 2008

devolva-me

Enquanto fazia um curso em outro país, uma brasileira recebeu uma carta de seu namorado pedindo que ela devolvesse a fotografia dele porque se apaixonara por outra mulher. A moça ficou arrasada, e suas colegas de classe tentaram em vão consolá-la. Porém, no dia seguinte, ela pediu a todos os rapazes da sua sala (que não eram poucos) uma fotografia de cada um, enviando-as ao ex-namorado com o seguinte bilhete:
DESCULPE QUERIDO, MAS NÃO ME LEMBRO QUAL É A SUA. PEGUE AÍ E DEVOLVA O RESTO!
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Moral da história: Nada como um dia após o outro!
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COLABORAÇÃO: Claudíssima!!! Íssima!!!

18 de fev. de 2008

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O fazedor
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Nunca se tinha demorado nos prazeres da memória. As impressões resvalavam sobre ele, momentâneas e vívidas; o vermelhão de um oleiro, a abóbada carregada de estrelas que também eram deuses, a lua, de onde tinha caído um leão, a lisura do mármore sob as lentas gemas sensíveis, o sabor da carne de javali, que gostava de rasgar com dentadas brancas e bruscas, uma palavra fenícia, a sombra negra que uma lança projecta na areia amarela, a proximidade do mar ou das mulheres, o pesado vinho cuja aspereza o mel mitigava podiam abarcar por inteiro o âmbito da sua alma. Conhecia o terror, mas também a cólera e a coragem, tendo sido uma vez o primeiro a escalar um muro inimigo. Ávido, curioso, casual, sem outra lei que a do gozo e da indiferença imediata, andou pela terra vária e olhou, numa e noutra margem do mar, as cidades dos homens e os seus palácios. Nos mercados populosos ou no sopé de uma montanha de cume incerto, onde bem podia haver sátiros, tinha escutado complica­das histórias que recebeu como recebia a realidade, sem indagar se eram verdadeiras ou falsas.
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Gradualmente, o formoso universo foi-o abandonando; uma teimosa neblina confundiu-lhe as linhas da mão, a noite despovoou-se de estre­las, a terra era insegura sob os seus pés. Tudo se afastava e confundia. Quando soube que estava a ficar cego, gritou; o pudor estóico ainda não fora inventado e Heitor podia fugir sem deslustre. «Já não verei — per­cebeu — nem o céu cheio de pavor mitológico, nem esta cara que os anos transformarão.» Dias e noites passaram sobre esse desespero na sua carne, mas uma manhã acordou, olhou (já sem espanto) as indistintas coisas que o rodeavam e inexplicavelmente sentiu, como quem reconhece uma música ou uma voz, que tudo isso já lhe tinha acontecido e que o encarara com temor, mas também com júbilo, esperança e curiosidade. Então desceu à sua memória, que lhe pareceu interminável, e conseguiu tirar daquela vertigem a recordação perdida que reluziu como uma moe­da sob a chuva, talvez porque nunca a tivesse olhado, salvo, quem sabe, num sonho.
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A recordação era assim. Outra criança havia-o insultado e ele fora ter com o seu pai e tinha-lhe contado a história. Este deixou-o falar como se o não ouvisse ou compreendesse e despendurou da parede um punhal de bronze, belo e carregado de poder, que a criança tinha furtivamente cobiçado. Agora segurava-o nas mãos e a surpresa da posse anulou a injú­ria sofrida, mas a voz do pai dizia: «Que alguém saiba que és um ho­mem», e havia uma ordem na voz. A noite cegava os caminhos; abraçado ao punhal, em que pressentia uma força mágica, desceu a brusca ladeira que rodeava a casa e correu até à beira-mar, julgando-se Ájax ou Perseu e povoando de feridas e batalhas a obscuridade salobra. O que procurava era o preciso sabor daquele momento; não lhe importava o resto: as afrontas do desafio, o torpe combate, o regresso com a lâmina ensan­guentada.
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Outra recordação, em que também havia uma noite e uma iminência de aventura, brotou daquela. Uma mulher, a primeira que lhe enviaram os deuses, tinha-o esperado na sombra de um hipogeu, e ele procurou-a por galerias que eram como redes de pedra e por declives que se afunda­vam na sombra. Porque lhe chegavam essas memórias e porque lhe che­gariam elas sem amargura, como uma mera prefiguração do presente?
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Com grave assombro compreendeu. Nessa noite dos seus olhos mor­tais, onde agora descia, aguardavam-no também o amor e o risco. Ares e Afrodite, porque já adivinhava (já o cercava) um rumor de glória e de hexâmetros, um rumor de homens que defendem um templo que os deu­ses não salvarão e de baixéis negros que procuram no mar uma ilha que­rida, o rumor das Odisseias e Ilíadas que era seu destino cantar e deixar ressoando concavamente na memória humana. Sabemos estas coisas, mas não as que sentiu ao descer à última sombra.
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Jorge Luis Borges
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1899: Jorge Luis Borges nasce a 24 de agosto em Buenos Aires, filho de Jorge Guillermo Borges e Leonor Acevedo.
1986: Morre em Genebra a 14 de Julho de 1986. Pouco antes se casa com María Kodama.
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Versos Íntimos
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Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
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Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
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Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
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Se a alguém causa inda pena tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
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Augusto dos Anjos (1884 - 1914)

16 de fev. de 2008

Glória Reis é condenada pela "justiça" de Leopoldina - MG

Indignação e Solidariedade
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Que inversão de valores!
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É condenada aquela que deveria ser homenageada pela sua luta diária e intensa contra as crueldades do sistema burocratizado e desumano das nossas prisões.
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Ela que, através do jornal Recomeço, há mais de seis anos, tem sido a voz rouca das celas superlotadas, da ausência total do estado e da comunidade , e da teimosia cidadã dos poucos que ousam dedicar uma vida inteira à causa, e de tempo integral, e não só de boca, mas de fato, contribuindo com várias ações que tentam melhorar o cumprimento da pena, de centenas (por que não milhares?) que passaram por todos esses anos de militância e dedicação.
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Por diversas vezes, quando fui vereadora, fiz a indicação de prêmios merecidos para que sua luta fosse mais valorizada, mas você, Glória, sempre recusou, dizendo que fazia e faz por amor à causa, e não para alcançar medalhas e títulos.
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Fiquei mais chocada ainda quando a malfadada sentença lhe imputa uma culpabilidade de que "poderia inclusive ter ocasionado a realização de outras rebeliões, podendo gerar, por que não, a morte de seres humanos".
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Esta tem sido uma tônica na boca das autoridades todas as vezes que denunciamos em público a omissão destes. Recentemente fui proibida de entrar na cadeia por ter ido à rádio e dizer, entre outras coisas, que no Brasil a pena só é restritiva do direito de ir e vir, eles continuam com o direito à educação, à saúde, à alimentação, ao trabalho e, no entanto, estes direitos são descumpridos totalmente na maioria das cadeias e presídios.
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Após a proibição da minha presença na cadeia, que dizem "incitava à violência", as tentativas de fugas continuam, as manifestações de desagravo com relação à comida servida continuam. Quer dizer que eu não sou o pivô e nem o Jornal Recomeço poderia ser condenado, e sim homenageado pelo brilhante serviço social.
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Na edição de dezembro, na qual fizemos um concurso de Mensagens Natalinas com os detentos, ao entregar o jornal Recomeço em uma das celas da Cadeia de Cataguases, um dos detentos pegou na minha mão e disse: "D. Beth é a primeira vez que o meu nome sai em alguma coisa sem ser em página policial". E choramos juntos, ele pediu para orar por ele para Deus ajudá-lo a mudar o rumo de sua história.
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Por esta e outras histórias e testemunhos verdadeiros é que vale a pena continuar. Glória, não desanime, você é uma guerreira.
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Esta condenação, não tome só para você, ela é de todos nós, estamos sentindo a mesma dor da injustiça. O Profeta Amós (5.24) já clamava "Até que corra Justiça como um riacho perene", isso há 4.000 anos antes de Cristo. Sua luta não é vã.
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Texto postado em 14 de fevereiro de 2008 no Blog Jornal Recomeço, de Glória Reis.
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Vejam por que Glória foi condenada pela juíza Tânia Maria Elias Chaim, de Minas Gerais:
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Caros Amigos

Correio Caros Amigos‏
De: Caros Amigos (correiocaros@carosamigos.com.br)
Enviada: sábado, 16 de fevereiro de 2008 6:50:36
Para: maya


Na Caros Amigos de fevereiro:

A entrevista é explosiva com o lingüista MARCOS BAGNO.“É preciso acabar com a cultura do erro”

CONFIRA NAS BANCAS!


Assassinatos políticos no Brasil hoje
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por Natalia Viana, de Londres
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Passado o carnaval, é hora de encarar 2008, ano em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 60 anos. E o Brasil já entra na comemoração com um puxão de orelha: segundo relatório lançado pela organização internacional Human Rights Watch, a impunidade segue sendo o principal combustível das violações aos direitos humanos no país. O relatório diz ainda que o governo federal até tem ações em defesa dos direitos humanos, mas falha em não “apontar os responsáveis”.
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O ministro da Justiça, Tarso Genro, protestou, disse que é “óbvio” que há impunidade, mas que a coisa está mudando. Apesar da cara feia, o veredito da HRW é claro: o governo Lula, já no seu segundo mandato, não faz o suficiente para mudar esse quadro.
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Se a impunidade reina, ela é ainda mais grave no caso dos assassinatos políticos de hoje em dia. A cada ano, centenas de militantes dos direitos humanos são vítimas de violência – muitos acabam assassinados – por estarem lutando por direitos expressos na Constituição. Infelizmente, ao permitir que essa rotina siga impune, nosso governo permite que a democracia brasileira continue sendo decidida a bala.
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Isso porque o assassinato político não é só a morte de um militante, é um pouco a morte da causa que ele defende. Seu intuito é refrear a demanda legitima de um grupo representado por aquela pessoa. São os chamados defensores de direitos – no linguajar da ONU – ou militantes de movimentos sociais, tema do livro Plantados no Chão, que publiquei pela editora Conrad no ano passado.
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Conseguimos listar mais de 180 casos de militantes assassinados somente durante o primeiro mandato de Lula. Para cada caso, um resumo, para cada resumo uma nova impunidade. Além disso, o livro relata com detalhe seis casos ocorridos em diferentes contextos – sindicalistas, sem-terras, militantes – dando especial atenção à lentidão judicial e à impunidade que acaba unindo todos eles num único drama.
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Por exemplo, no caso dos conflitos por terra, o livro conta o seguinte: de 1985 a 2006 haviam sido assassinados 1.464 trabalhadores; só 85 casos haviam ido a julgamento, e só 71 executores e 19 mandantes condenados. Desde então, a situação mudou pouco.
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Está na hora de ampliar esse grito de indignação. A partir desta semana, o livro Plantados no Chão estará disponível para download gratuito no site www.conradeditora.com.br.Queremos que o seu conteúdo se espalhe bem mais do que seria possível no formato papel, para que esse debate encontre espaço nos mais diferentes cantos possíveis. Por isso, como autora, peço: baixe o livro, copie, imprima, critique, entre no debate. Espalhe.
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Dá para acabar com esse ciclo de impunidade sim, desde que haja genuína disposicão. A impunidade aos que matam quem defende direitos não pode mais ser, como disse o ministro Tarso Genro, um dado “óbvio”.
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Natalia Viana é jornalista.
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O livro Plantados no Chão pode ser baixado de graça no site www.conradeditora.com.br
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NOTA: Recebi este texto por e-mail. Visite o Site da revista Caros Amigos.

13 de fev. de 2008

AMA E DEIXA MORRER?

Jesus o amava, mas ele morreu!

Jesus amava Lázaro, mas Lázaro morreu. E se ressuscitou, antes havia morrido, de dia em dia, de fôlego em fôlego, até o fim; e, depois, tão bem morrido esteve, que apodreceu ao ponto de criar o choque de repugnância que sobre todos veio. "Já cheira mal. Já é de quatro dias" — era o que se sabia sem dúvida alguma.

Enquanto ficava fraco, era amado. Enquanto sucumbia à doença, era amado. Enquanto falia dia a dia, e gemia em dores, até esvair-se, e morrer, era, todavia, muito amado.

E se não tivesse ressuscitado seria menos amado?

Ah, não mesmo! Afinal, Jesus mesmo disse que estava fazendo o que fizera, apenas para que os homens cressem, e não para Lázaro se sentisse mais amado.

Lázaro morreu. Mas e daí? Se Paulo dizia que era lucro partir e estar com Cristo, que não dizer do fato que para Lázaro o céu estava Lá e estava Cá; pois, Lá, estava Cristo, no Mistério do Pai; e, Aqui, estava Jesus, que era Um com o Pai.

"Já passou da morte para a vida" é a garantia que Jesus nos dá quanto ao fato de que agora tudo é nosso, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas do presente ou do porvir, tudo é nosso, e nós de Cristo, e Cristo de Deus.

Isto é o que significa a afirmação de Paulo acerca de que nada, em nenhuma dimensão, pode nos separar do amor de Cristo.

Houve outro Lázaro muito amado que morreu e, aos olhos de todos na Terra, ficou morto; só sabendo nós de sua vida eterna pelo apocalipse que Jesus fez, de forma fabulosa e parabólica, da continuidade da existência "daquele Lázaro" no seio de Abraão. Sem Jesus e Seu olhar este segundo Lázaro seria um desgraçado anônimo que havia morrido sem Deus e se perdera. Para quem têm bens, mendigos parecem não ter eternidade.

"Está enfermo aquele a quem amas", mandaram dizer a Ele; mas Ele ficou ainda alguns dias no lugar onde estava.

Jesus amava a Lázaro sadio, enfermo, morto, ressuscitado, morto outra vez, e unido ao outro Lázaro no carinho de Abraão.

Jesus ama a Lázaro. Lázaro é que imagina que o Lázaro amado por Jesus é o Lázaro socorrido com pressa: antes de a doença chegar, antes da dor se instalar, antes da fraqueza abater, antes do ar faltar, antes do coração parar, antes do cérebro entrar em irreversibilidade.

Jesus, no entanto, ama Lázaro podre! E não o faz deixar de estar podre de tão morto que estava apenas para provar que amava a Lázaro. Afinal, somente Jesus sabe se é a vida, a morte, a dor, a perda, o socorro, ou indisponibilidade de Deus aquilo que levará o homem ao amor de Deus.

Jesus ama Lázaro vivo ou morto!

Sim, pois, para Ele, a luz e as trevas, a vida e a morte, são a mesma coisa.

Jesus ama!

E é só isto!

Só isto?

O que você quer mais?

Caio

11/02/08
Lago Norte
Brasília
DF

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De:
caminho brasilia (caminhobrasilia@gmail.com)
Enviada:
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008 23:33:28
Para: Maya

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Texto do pastor Caio Fábio recebido por e-mail.
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Dedico este texto a Larissa, que está com o Pai, a seus amigos e a sua família. Hoje, terça-feira, dia 12/02/2008, foi a missa de sétimo dia de Larissa.
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10 de fev. de 2008

Comunidade no Orkut

O Blog agora tem uma comunidade no Orkut...
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A dona é a nossa supercolaboradora e amiga querida Cláudia, de Minas:
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Visite!
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Mais tarde vou postar um texto que sai do forno... Reflexões sobre a morte, ou sobre o impacto que ela nos traz. A única certeza que temos ao nascer é também nossa maior angústia, a pergunta jamais respondida, o fato que todos tentam adiar, o incômodo de que jamais queremos nos lembrar, a indesejada das gentes que chega para todos. A morte é o único fato da vida realmente democrático e socializado.

9 de fev. de 2008

Embora seja noite

São João da Cruz (1542-1591),
o frade espanhol que dizia que somos aquilo que amamos.

Que bien sé yo la fonte que mana y corre,
aunque es de noche.

Aquella eterna fonte está escondida,
que bien sé yo do tiene su manida,
aunque es de noche.

Su origen no lo sé, pues no le tiene,
mas sé que todo origen della viene,
aunque es de noche.

Sé que no puede ser cosa tan bella,
y que cielos y tierra beben della,
aunque es de noche.

Bien sé que suelo en ella no se halla,
y que ninguno puede vadealla,
aunque es de noche.

Su claridad nunca es oscurecida,
y sé que toda luz de ella es venida,
aunque es de noche.

Sé ser tan caudalosos sus corrientes,
que infiernos, cielos riegan y las gentes,
aunque es de noche.

El corriente que nace de esta fuente
bien sé que es tan capaz y omnipotente,
aunque es de noche.

El corriente que de estas dos procede
sé que ninguna de ellas le precede,
aunque es de noche.

Aquesta eterna fonte está escondida
en este vivo pan por darnos vida,
aunque es de noche.

Aquí se está llamando a las criaturas,
y de esta agua se hartan, aunque a escuras,
porque es de noche.

Aquesta viva fuente que deseo,
en este pan de vida yo la veo,
aunque es de noche.

***

Bem eu sei a fonte que mana e corre
Embora seja noite.

Aquela eterna fonte está escondida
mas sei bem d’onde ela é suprida
embora seja noite.

Sua origem desconheço, pois não a tem
mas sei que toda origem dela vem,
embora seja noite.

Sei que não pode haver coisa tão bela
e que céus e terra bebem dela,
embora seja noite.

Sei bem que fundo nela não se acha,
e que ninguém pode atravessá-la,
embora seja noite.

Sua claridade não é nunca escurecida
e sei que sua luz toda já e vinda,
embora seja noite.

Sei ser tão caudalosas suas correntes
que regam céus, infernos e as gentes,
embora seja noite.

A corrente que nasce desta fonte
sei eu que é forte e onipotente,
embora seja noite.

E das duas a corrente que procede
sei que nenhuma delas a precede,
embora seja noite.

E esta eterna fonte está escondida
neste vivo Pão pra dar-nos vida,
embora seja noite.

Aqui ela está chamando as criatura
se se fartam desta água, ainda que às escuras
porque é de noite.

Esta viva fonte que desejo
neste Pão de vida a vejo,
embora seja noite.
.
***
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Publicado em 30 de Agosto de 2004

7 de fev. de 2008

Até breve, Larissa.

Minha aluna Larissa. Deixa saudades.


http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=8100309949832065872



Perfil no Orkut:

relacionamento: solteiro(a)
aniversário: 30 junho
idade: 22
interesses no orkut: amigos
quem sou eu: E toda vez q eu chorar ou quizer desanimar o teu Espirito me consolará..Se é na fraqueza do meu ser q manifestas Teu poder, EIS-ME AQUI ! Dependo de Ti, Preciso de Ti!!Sem amor a vida fica CURTA...... sem VALOR.................................. Eu quero pra sempre a chave da porta da frente!Se vc olha pra mim... Se me dá atençao... Eu me derreto suave, neve no vulcao!!!QUANDO A SOLIDAO DOEU EM MIM, QUANDO MEU PASSADO NAO PASSOU POR MIM. QUANDO EU NAO SOUBE COMPREENDER A VIDA, TU VIESTE COMPREENDER POR MIM..QUANDO OS MEUS OLHOS NAO PODIA VER, TUA MAO SEGURA ME AJUDOU A ANDAR. QUANDO EU NAO TINHA MAIS AMOR NO PEITO, TEU AMOR ME AJUDOU A AMAR..QUANDO O MEU SONHO VI DESMORONAR, ME TROUXESTE OUTROS PRA RECOMEÇAR. QUANDO ME ESQUECI QUE ERA ALGUEM NA VIDA, TEU AMOR VEIO ME RELEMBRAR..QUE DEUS ME AMA!!QUE NAO ESTOU SOU!!!QUE DEUS CUIDA DE MIMQUANDO FALA PELA TUA VOZ QUE ME DIZ: CORAGEM!!!!Q DEUS ABENÇOE TODOS!!! =***
filhos: não
religião: Cristão/católico
humor: extrovertido/extravagante, simpático
orientação sexual: heterossexual
estilo: alternativo
fumo: não
bebo:não
cidade natal:
pedreiras -MA
paixões:
CRISTO, vida, familia,amigos,meu thof
esportes:
adoro esportes!!futebol/futsalprincipalmente, mas gosto da maioria,pena q um tempo nao pratico
livros:
o caçador de pipas
e-mail: larirosil@yahoo.com.br
cidade:
são luis
estado: maranhao
país: Brasil
ensino: Superior Incompleto
faculdade / universidade:
UEMA
curso:
PEDAGOGIA
Amar,saber amar, somente amar!
par perfeito: é aquele enviado por Deus!
cinco coisas sem as quais não consigo viver: DEUS,familia,amigos,amor, esperança
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FOTO DO CARRO ONDE ESTAVA LARISSA
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Para muitos foliões, o carnaval bom é no interior do estado. No entanto, o número de acidentes nas rodovias federais que cortam o Maranhão foi marcante. 52 acidentes que resultaram em 10 mortos e 40 feridos. Este é saldo do levantamento da Polícia Rodoviária Federal durante os quatro dias de carnaval. O número de acidentes dobrou em relação ao registrado no ano passado no período carnavalesco.
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A BR-135 foi considerada a mais perigosa: 27 dos 52 acidentes aconteceram nela. Destes, aconteceu o mais grave. No quilômetro 149, perto do município de Matões, depois de colidir lateralmente com uma van o celta acabou batendo numa árvore, pegou fogo e matou os três passageiros. O acidente aconteceu por volta das 8h da manhã de ontem. Os corpos carbonizados das vítimas só foram retirados do local por volta das 15h30. O veículo era conduzido por Antônio Mendes, 23, morador do Apeadouro. Ele e duas primas, Larissa Rocha Silva, 23 e Luciana Nahara Pinheiro Barros, 16, estavam voltando do carnaval em Pedreiras. O veículo era alugado e pertencia à locadora Automil.
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EXCESSOS
De acordo com a Assessoria de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal, muitos dos acidentes podem ter sido causados por excesso de velocidade. Somente neste carnaval durante a operação de monitoração das rodovias que começou na sexta-feira, 1º e terminou às 24 horas de ontem foram registradas 2.473 multas por excesso de velocidade nas rodovias que cortam o estado.
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As multas são emitidas depois de ser percebido através do radar que o veículo está acima da velocidade permitida para aquele trecho. O radar que é móvel, é utilizado por um patrulheiro de moto que percorre as rodovias federais e se posiciona à beira das rodovias para poder auferir a velocidade dos veículos.Durante todo este carnaval, apenas um acidente foi causado pela presença de animais nas rodovias. Realizada simultaneamente com a monitoração das rodovias, a operação “Porteira Fechada” recolheu 120 animais nestes quatro dias.
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ACIDENTES
52 acidentes
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Por dia
Sexta-feira........................15
Sábado .........................14
Domingo...........................10
Segunda-feira....................7
Terça-feira..........................5
Quarta-feira........................1
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Por BR
BR-010........................5
BR-135......................27
BR-222........................6
BR-226........................1
BR-230........................4
BR- 316......................9
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Eles não pularão outro carnaval
Duas vítimas fatais de acidentes não foram identificadas.
Um na BR- 316 e outro na BR- 222.
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BR- 135
Larissa Rocha Silva, 23;
Luciana Nahara Pinheiro Barros, 16;
Antônio Mendes, 23;
Telma Maria Leitão Serra, 42.
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BR- 316
Alan Diego Farias Rodrigues, 18;
Isabel Lira Gomes, 4.
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BR- 230
Vilson Ramos, 56;
Ramises Fernando da Silva, 31.
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Presto aqui minha homenagem a Larissa. Solidarizo-me com sua família, seus amigos, colegas e professoras da Uema. Estamos de luto.

4 de fev. de 2008

Alcântara


Alcântara
Upload feito originalmente por Maya Felix
Alcântara, Maranhão.

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Saudade da penitência

Qualquer que seja o futuro do cristianismo, e por várias razões, vai ser necessário abrir espaço para a penitência. Não a penitência da auto-mutilação, mas a do espírito. “Arrepender-se” tornou-se palavra que não significa nem “reformar a conduta” (mais perto do sentido grego original) nem o mais fraquinho e popular “sentir-se mal” – porque, os novos profetas esclarecerão rapidamente, cristão nenhum pode sentir-se mal. Se você está contrito, eles vão tentar fazer você sorrir. “O importante é ser feliz”, esclareceu um cristão experimentado nessas questões.

São Brabo, que dizia que “o importante é fazer a coisa certa”, discordaria indignadamente.

Na liturgia cristã contemporânea só há espaço, naturalmente, para o louvor. Há cantos e danças, mas se você quiser encontrar espaço para a contrição vai ter de fazê-lo sozinho. Pensando bem, talvez tenha sido sempre assim. Já Jesus salientou que no seu tempo a voz alta que se ouvia no Templo era a do fariseu celebrando de coração “porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros”. A penitente contrição do corrupto cobrador de impostos, batendo no peito de longe e sem levantar os olhos, se alguém ouvia era Deus.

Texto de Paulo Brabo, publicado no site A Bacia das Almas em 17/12/2004.

Alcântara


Alcântara
Upload feito originalmente por Maya Felix
Um lugar lindo...

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A mudança de comportamento homossexual não é impossível nem fácil


De acordo com um bom número de psicólogos e psiquiatras, "uma vez homossexual, se torna praticamente impossível a mudança de orientação e a simples tentativa geraria no indivíduo depressão, ansiedade e outros traumas psicológicos" (www.cristianitytoday.com).

A palavra "impossível" está errada. No lugar dela deveríamos escrever "difícil". Primeiro, porque há inúmeros casos verdadeiros de mudanças, desde os tempos apostólicos até hoje. Segundo, porque uma afirmação dessa reduz tanto a graça como o poder de Deus, que são ilimitados.

O argumento mais convincente que vem de encontro a essa mencionada impossibilidade é a notícia de que alguns coríntios deixaram de ser homossexuais passivos e homossexuais ativos quando aceitaram o evangelho pregado por Paulo, por ocasião de sua segunda grande viagem missionária (1Co 6.9-11), por volta do ano 50 da era cristã.
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Ora, esse fato se reveste de grande importância se levarmos em consideração que Corinto era uma cidade famosa por sua prostituição. Os gregos chegaram a cunhar o termo corinthiazesthai ("corintianizar"), que quer dizer "viver uma vida coríntia", para descrever a imoralidade daquela metrópole de 500 mil habitantes.

O motivo pelo qual Paulo confiava plenamente no evangelho é porque ele "é uma força divina da salvação" (Rm 1.16, BP). Graças a essa "dinamite" de Deus, não só os ex-homossexuais de Corinto experimentaram uma notável transformação, mas também o próprio Paulo e muitos outros. Há uma série de "antes e agora" no Novo Testamento:

"Aquele que antes nos perseguia [uma referência a Paulo], agora está anunciando a fé que procurava destruir" (Gl 1.23)

Pedro e André, Tiago e João eram pescadores de peixes antes e "pescadores de homens" agora.

João era "filho do trovão" antes e o apóstolo do amor agora.

Zaqueu era desonesto e sovina antes e honesto e caridoso agora.

Pedro era covarde demais antes e corajoso demais agora.

Tomé era incrédulo antes e crente agora.

O escravo Onésimo era o "útil" inútil antes e o "útil" verdadeiramente útil agora.

Entre o antes e o agora há uma saída, uma libertação, uma reviravolta, uma experiência marcante, que a Bíblia chama de novo nascimento ou conversão, algo sobrenatural operado pela graça de Deus, por meio de Jesus Cristo e pela operação do Espírito Santo.

Os homossexuais insatisfeitos com a sua conduta e acossados pela consciência ainda não diluída precisam ter esperança e reler: "Quam está unido em Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho e já chegou o que é novo" (2Co 5.17, NTLH).

Se algum leitor precisar de ajuda e encorajamento:
  • GA - Grupo de Amigos no Rio de Janeiro (21 2625-1991) ou São Paulo (11 73583389), ou escreva para a Caixa Postal 99.315 - 28260-970 - Nova Friburgo, RJ.

  • ABRACEH - Associação de Apoio ao ser Humano e à Família. Caixa Postal 106.075 - 24230-970 - Niterói, RJ. E-mail: info@abraceh.org.br ou abraceh@urbi.com.br

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Texto publicado na revista

Ultimato nº 310, janeiro-fevereiro/2008, p. 30. A revista Ultimato não é vendida em bancas de jornal. Ela só é comprada mediante assinatura. Para maiores informações, acesse o site.

3 de fev. de 2008

Homossexualismo e Homossexualidade


Ultimato procurava um texto sério sobre a questão da homossexualidade, escrito por uma autoridade no assunto, e encontrou o verbete "Homossexualismo e Homossexualidade" no Baker's Dictionary of Christian Ethics, publicado em 1973 pelo conhecido editor Carl F. Henry, em Grand Rapids, nos Estados Unidos. O autor do verbete é o psiquiatra Armand M. Nicholi, durante muito tempo professor da Escola de Medicina de Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, e consultor de Grupos do Governo e atletas profissionais. Nicholi é autor da obra-prima Deus em Questão - C. S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida, publicado no Brasil pela Editora Ultimato.

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O termo homossexualismo refere-se à atividade sexual praticada entre pessoas do mesmo sexo. Especialistas concordam acerca do significado de "comportamento homossexual", mas têm dificuldades em chegar a uma definição clara do que é ser homossexual. Alguns descrevem o homossexual com base na prática do homossexualismo, enquantom outros o fazem considerando a atração preferencial por pessoas do mesmo sexo. Uma pessoa pode sentir desejos homossexuais intensos sem nunca praticar o homossexualismo, enquanto há quem opte pela atividade mesmo quando a preferência é fortemente dirigida pera o sexo oposto. Neste último caso, circunstâncias como a influência do alcoolismo ou confinamento em prisões podem precipitar a ocorrência de experiências homossexuais. O termo bissexual refere-se a indivíduos que praticam atividades tanto homo quanto heterossexuais, podendo haver predominância de uma dessas práticas.

Independentemente do como se conceitue homossexualidade, não há uma forma precisa de determinar sua prevalência. Alguns poucos estudos indicam que cerca de 4 a 5% da população branca masculina conservam-se exclusivamente homossexual após a adolescência, enquanto entre 10 e 20% mantém relações regularmente com indivíduos de ambos os sexos. Pesquisas desenvolvidas com militares na Segunda Guerra Mundial revelaram que 1% dos homens em serviço eram homossexuais, estimando-se que idêntico percentual constituía-se de casos não detectados, isto é, 2% no total. seja como for, as estatísticas revelam que o homossexualismo é pouco comum.

A história registra a homossexualidade em muitas civilizações antigas. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos mencionam essa prática e são fortemente explícitos em proibi-las. Algumas civilizações - por exemplo, os antigos gregos - aparentemente aceitavam a prática do homossexualismo com pouca ou nenhuma desaprovação. Ainda que a maioria das culturas em nossos dias lide com essa questão, em certos grupos sociais não se encontraram nem sequer indícios de homossexualismo.

A causa da homossexualidade não está claramente identificada. As diversas teorias podem ser agrupadas em razão de apontar para um dos dois grupos gerais de causas: genéticas e psicogênicas.

O primeiro grupo, de causas "genéticas", postula que um indivíduo pode herdar a predisposição para a homossexualidade. As teorias reunidas nesse grupo apontam para evidências obtidas em estudos com gêmeos, os quais revelam que a incidência de homossexualismo entre gêmeos idênticos é expressivamente maior do que em gêmeos não-idênticos.

Já o segundo grupo de teorias, chamado "psicogênico", afirma que a identidade sexual é determinada pelo ambiente familiar e outros fatores do meio em que uma pessoa vive. Neste caso, as teorias apontam para a existência de denominadores comuns entre famílias de diversos homossexuais.

Pesquisas recentes indicam que as famílias mais propensas a gerar um rapaz homossexual são aquelas em que a mãe é muito íntima do filho, possessiva e dominante, enquanto o pai é desligado e hostil. São mães com tendência ao puritanismo, sexualmente frígidas e determinadas a desenvolver uma espécie de aliança com o filho contra o pai, que ela humilha. O filho torna-se excessivamente submisso à mãe, volta-se a ela em busca de proteção e fica ao seu lado em disputas contra o pai. Pais de homossexuais são freqüentemente distantes, não demonstrando entusiasmo ou afeição, e criticam os filhos. Sua tendência é menosprezar e humilhar o filho, dedicando-lhe muito pouco de seu tempo. O filho reage com medo, aversão e falta de respeito. Alguns estudiosos consideram que a relação entre pai e filho parece ser mais decisiva na formação da identidade sexual do jovem do que o relacionamento deste com sua mãe. Tais pesquisadores chegam a afirmar não ser possível uma criança se tornar homossexual se seu pai for carinhoso e amoroso.

Em alguns homossexuais é o medo do sexo oposto que parece ser o fator dominante, não a atração profunda por alguém do mesmo sexo. Uma vez resolvido esse medo com terapia, a heterossexualidade prevalece. Estudos recentes têm demonstrado, ainda, qua a sedução por outros homossexuais - especialmente outros rapazes - não parece ser um fator relevante.

A chamada "homossexualidade latente" refere-se a conflitos emocionais similares aos da forma "aparente", mas sem consciência do fato ou sem expressão pública dos conflitos.

Lesbianismo é o termo que se aplica à homossexualidade feminina. Como no caso do homossexualismo masculino, sua prevalência é desconhecida. Também neste caso a questão familiar desempenha um papel muito importante. Pesquisas demontram que muitas mães de mulheres lésbicas tendem a ser hostis e competitivas com suas filhas, sendo muito ligadas aos filhos homens e ao pai. Além disso, os pais de mulheres homossexuais raramente desempenham um papel dominante na família e dificilmente mostram-se afeiçoados às filhas.

Tanto homens quanto mulheres homossexuais tendem ao isolamento e mostram dificuldades em fazer amizades, mesmo quando crianças. Na adolescência e na idade adulta eles raramente marcam encontros. A maioria dos homossexuais torna-se consciente de sua homossexualidade antes dos dezesseis anos - alguns até antes dos dez anos. Eles costumam optar pela vida em cidades grandes para aí formar seus próprios grupos sociais com regras, modo de vestir e linguagem próprios. Recentemente, tem-se observado o surgimento de organizações para melhorar a imagem do homossexual, as quais costumam negar que o homossexualismo seja um distúrbio ou anormalidade.

Leigos freqüentemente questionam se a homossexualidade deveria ser considerada uma doença ou um pecado. Uma coisa não exclui a outra. Pessoas cuja fé se baseia na Bíblia não podem duvidar que as claras proibições do comportamento homossexual façam dessa prática uma transgressão da lei divina. Por outro lado, há que se considerar a preponderância de opiniões de especialistas a apontar o homossexualismo como uma forma de psicopatologia que requer intervenção médica.

Muitos, em nossa sociedade moderna, negam a condição patológica do homossexualismo, recusam-se a considerar a existência de implicações de ordem moral e vêem a prática homossexual apenas como uma forma de expressão diferente do padrão de comportamento sexual da maioria da população. Assim, tais pessoas não apenas desencorajam a busca por ajuda como contribuem para que o homossexual se conforme com uma vida cada vez mais isolada e frustrante, independente de quão permissiva e condescendente nossa sociedade se torne.

Outra questão bastante levantada diz respeito à atitude da igreja em relação a homossexuais. Tais indivíduos se deparam com ouvidos insensíveis e portas fechadas na comunidade cristã. Essa reação intensifica os sentimentos de angústia e de solidão profunda, o completo desânimo que os assusta e, com freqüência, leva ao suicídio. Cristo, enquanto se opunha vigorosamente à doença e ao pecado, buscava doentes e pecadores com compreensão e misericórdia. A igreja erra quando se permite fazer menos.

A grande cobertura que a mídia faz do homossexualismo, resultado da recente atividade de organizações de homossexuais, tem tornado a homossexualidade mais aceitável como tópico de discussão. Dessa forma, a igreja sem dúvida tomará consciência do problema acontecendo com alguns de seus membros. Isto não deve surpreender, pelo menos por duas razões. Em primeiro lugar, o sentimento de solidão, a necessidade de contato humano e a imagem de si próprio como um desajustado levam o homossexual a ver a comunidade cristã como um refúgio e uma possível fonte de conforto. A outra razão está na frieza e rejeição, comuns no ambiente familiar, provocando ânsia por uma figura de pai amoroso, cálido e compassivo. É fácil entender como o cristianismo pode ser atraente, especialmente para suprir esta necessidade emocional.

Várias formas de psicoterapia têm sido usadas no tratamento de homossexuais, com diferentes níveis de sucesso. Como em qualquer tratamento psicoterápico, os resultados dependem de fatores múltiplos, com ênfase na motivação do paciente. Pessoas homossexuais tendem a ser desmotivadas, o que seja talvez um dos maiores desafios para o terapeuta. A experiência clínica tem mostrado que a motivação para mudar e a consciência do erro são essenciais para aumentar significativamente a expectativa de um tratamento bem-sucedido.

* Traduzido do inglês por Raquel Monteiro Cordeiro de Azeredo.

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Texto publicado na revista Ultimato nº 310, janeiro-fevereiro/2008, p. 24-26. A revista Ultimato não é vendida em bancas de jornal. Ela só é comprada mediante assinatura. Para maiores informações, acesse o site.

2 de fev. de 2008

Alcântara


Alcântara
Upload feito originalmente por Maya Felix
Indo para Alcântara, MA.

Entre céu e mar estou eu.

VIOLÊNCIA POLICIAL É CRIME


COMUNIDADE DO ORKUT DA QUAL SOU MEMBRO. PARTICIPE. DIVULGUE.


O policial é um funcionário público e deve agir sempre de acordo com a lei, quando ele comete lgum abuso esta sujeito à punição e deve ser denunciado.

Ao abordá-lo a primeira coisa que um policial deve fazer é se identificar, em seguida ele pode pedir para que você faça o mesmo, mostrando seus documentos. No entanto, estes documentos não podem ser apreendidos (a não ser quando existe suspeita de falsificação, e mesmo nestes casos é obrigatório que o policial faça um auto de apreensão, isto é, um registro do que foi etido).

Você também não pode ser preso por andar sem documentos, não existe prisão para averiguação, isto é ilegal. Assim como não se culpa toda uma instituição em razão de uma minoria que pertença à chamada banda podre da polícia, não se generaliza que todos os moradores de uma favela são bandidos em razão de uma minoria, que, em ambos os casos, não passa de um por cento.

Sem a Polícia séria, impossível uma sociedade.

Divulgue:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=19398816

1 de fev. de 2008

A revolução não será televisionada.

Para ver este vídeo, vá primeiro à caixa cinza (Maya_musique), à esquerda, e clique no ícone correspondente a "pause". Depois, venha aqui e clique no ícone "play". Dependendo da memória do seu computador, a primeira exibição poderá ser lenta e pausada. Experimente ver pela segunda vez. Ótimo vídeo.

PMs espancam músico até a morte no Maranhão



Repentista foi confundido com assaltante; entidades de direitos humanos protestam contra tortura e racismo
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SÃO LUÍS - Dois policiais militares espancaram até morte, anteontem à noite [22/03/2007], o repentista e compositor Geremias Pereira da Silva, conhecido como Gerô. Ele foi confundido com um assaltante pelos soldados José Expedito Ribeiro Farias e José Waldinar Carvalho, que foram chamados a São Francisco, bairro próximo ao Centro da capital, depois de uma denúncia de assalto a uma senhora, não identificada.
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Os PMs deram voz de prisão ao repentista, que teria reagido e provocado a violenta reação dos policiais. Imobilizado e algemado, ele foi levado ao plantão da polícia civil, que se recusou a recebê-lo devido aos graves ferimentos que apresentava.
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Gerô foi enterrado ontem em clima de protesto promovido por entidades do movimento negro, que classificaram o crime de tortura seguido de morte, movido por questões raciais.
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— Foi um ato brutal de discriminação de uma polícia treinada para bater em negro — protestou Amélia Bandeira, coordenadora do Centro de Cultura Negra do Maranhão.
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Os dois policiais, presos em flagrante, vão responder a inquéritos civil e militar. O delegado geral da Polícia Civil Jefferson Portela disse que somente após o inquérito será decidido se serão enquadrados em crime de homicídio qualificado ou de tortura seguida de morte.
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O delegado de Costumes, Francisco Castelo Branco, que chegava à delegacia, presenciou quando os policiais tentavam, à base de estocadas de cassetetes, colocar Gerô dentro de um porta-mala do carro da PM: — Vi e fiquei impressionado.
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Pedi que parassem, mas não fui atendido. O rapaz estava desacordado, parecia morto, e mesmo assim continuava a ser espancado pelos policiais. Ele estava algemado, com as mãos para trás. Foi quando gritei e chegou uma viatura da Policia Civil e o levamos para o hospital.
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Gerô já chegou ao hospital sem vida. O laudo do IML constatou que ele teve quatro costelas quebradas, os rins dilacerados, e vários hematomas na cabeça e braços, inclusive com as marcas das algemas. O secretário de Direitos Humanos, Sálvio Dino, disse que foi tortura: — Todas as circunstâncias levam a crer que se trata efetivamente de um caso de tortura, de um crime hediondo, que precisa ser punido severamente.
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A esposa de Geremias, Marilene Silva, de 38 anos, em prantos só pedia justiça.— Foi uma maldade que fizeram com ele, ele não merecia morrer desse jeito.
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O governador Jackson Lago, que esteve no velório do artista, afirmou que não vai tolerar a impunidade: — Antes, crimes iguais a este eram abafados; agora é diferente.
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Se comete crime, o policial é preso, julgado e expulso da corporação e nós vamos limpando e melhorando o sistema de segurança do estado.
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Reportagem de Raimundo Garrone publicada no O Globo Online, O País em 24.03.2007
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Artista negro maranhense é cruelmente assassinado por policiais
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Na tarde da última quinta-feira, 22 de março, o compositor e repentista Geremias Pereira da Silva, mais conhecido como Gero, foi espancado até a morte pelos policiais militares José Expedito Ribeiro Farias e José Waldimar Carvalho, do 9º Batalhão da Polícia Militar. Os dois PMs foram presos em flagrante e estão detidos no Plantão Central da RFFSA, mas há indícios que existem outros envolvidos por negligência e por tentativa de proteger os assassinos.
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Gerô foi abordado por volta das 13h no terminal de ônibus Integração, na Praia Grande. A entrada no hospital público Djalma Marques, conhecido como “Socorrão I”, entretanto, só foi registrada às 16h30. Nestas três horas e meia, Gerô foi vítima da brutalidade dos dois policiais e da omissão de outros que assistiram às cenas de violência. O pretexto para o crime foi que Gerô teria sido apontado por uma senhora – que até o momento não foi identificada – como possível assaltante.
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Crueldade deliberada
O Jornal Pequeno, órgão da imprensa local que cobriu o caso, informou que, diante do grave estado de Gerô, já quase morto, os policiais o levaram até o Plantão Central, cujo delegado não quis receber o cantor e sequer tomou providências contra a brutalidade que presenciara. Os dois PMs foram, então, ao Primeiro Distrito e relataram ao delegado Eduardo Jansen que Gerô era um doente mental que deveria ser encaminhado ao hospital. O delegado acreditou na versão dos criminosos e concedeu o encaminhamento mesmo sem ver a vítima.
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No Primeiro distrito, o delegado Castelo Branco, da Delegacia de Costumes e Diversões Públicas, assistiu ao espancamento. Os policiais tentaram colocar Gerô no porta-malas da viatura. Ao não conseguirem, deram seqüência ao espancamento, com Gerô já desacordado. Castelo Branco, que observava a cena, diz que “pediu” que eles parassem e não foi atendido. Nenhuma atitude de fato foi tomada para que cessasse a agressão.
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Já morto, uma viatura levou Gerô ao hospital numa viatura. Os policiais envolvidos – nesse caso, todos e não apenas os dois que golpearam o cantor – ainda tentaram atenuar ou abafar o crime, dizendo que a vítima havia “passado mal”.
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No laudo preliminar do IML, consta quatro costelas fraturadas e hemorragia interna num rim. No corpo, Gerô carregava múltiplas escoriações, os punhos feridos pelas algemas – ele esteve o tempo todo algemado, sem nenhuma possibilidade de defesa – e a marca impossível de apagar do racismo e da repressão policial.
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Indignação e protesto
O crime aconteceu um dia depois do Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, em memória do Massacre de Shaperville, em 1960, quando 69 sul-africanos foram mortos. No Maranhão, a barbaridade da PM chocou a população e causou a revolta de militantes do movimento negro e da esquerda do estado. Está marcado para às 15h30 desta sexta-feira, 23, um ato de protesto na praça Deodoro, no centro de São Luís.
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Gerô era negro, artista, tinha 46 anos e morava na vila Cidade Operária, na capital do Maranhão. Atualmente, ele respondia a um processo movido pelo presidente da Fundação Municipal de Cultura, o arquiteto Adirson Veloso. A razão do processo foi um cordel composto por Gerô, em que ele denunciava Veloso. Segundo informou o site Badauê, ele teria sido condenado a prestar serviços de faxineiro.
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O repentista tinha atuação política e era muito conhecido no meio artístico da cidade. Ao velório, compareceram diversos artistas e militantes de várias organizações, indignados com o ato explicitamente racista.
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Um crime como esse deveria ter repercussão nacional, chocar e levantar revolta na população brasileira. Gerô, entretanto, não era morador da Zona Sul carioca, não era branco.
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Infelizmente, esse não é um caso isolado: acontece todos os dias, às centenas, no pobre Nordeste ou nos morros cariocas; nas favelas paulistas ou nos subúrbios do sul. As vítimas, em sua maioria, são sempre as mesmas: pobres, negros, oprimidos, tão distantes das campanhas de combate à violência encampadas pelas ONGs e pela mídia.
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A morte de Gerô traz uma reflexão: estamos, infelizmente, muito distantes da igualdade racial. Ela só virá com o fim do capitalismo, quando os negros deixarão de ser mão-de-obra barata superexplorada e não mais servirão apenas para engordar os lucros dos empresários.
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Reportagem de Luciana Candido, de 23/03/2007.
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NOTA: Os assassinos de Gerô estão livres, vivendo suas vidas tranqüilamente. Punição? Expulsão da PM. É isso que vale a vida de um ser humano. É essa a política de "segurança cidadã" do atual Governo do Estado do Maranhão.

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