Quando passei por uma grande dificuldade financeira anos atrás eu pude dividir os meus “amigos” em dois grupos: os que me apoiaram, ajudaram e participaram daquele meu sofrimento e os que ignoraram minhas circunstâncias. Em minha forma muito humana de analisar o fato passado, sigo a tendência social de rotular estes dois grupos: grupo dos bons e grupo dos maus. Ou grupo dos amigos verdadeiros e dos falsos amigos.
Diante de um ser humano que pensa majoritariamente em si mesmo e em seus interesses, encontrar pessoas que se preocupam com amigos e familiares é coisa rara, grata e até emocionante. Os que ajudam os irmãos, que estão sempre prontos para dar uma “força” aos amigos e preocupam-se com o bem estar dos familiares são celebrados como justos, bons, verdadeiros cristãos... Exemplos a serem seguidos: Filhos de Deus.
Quando me deparo com o discurso de Jesus, me assusto, pois Ele compara estas pessoas, tão melhores que a maioria de nós, a pessoas más. Jesus, no arcabouço de seu raciocínio, nos explica que não existe qualquer vantagem em ajudar as pessoas que amamos. Não existe qualquer mérito em “dar uma mãozinha” ao meu amigo de quem tanto gosto. Ele diz que isto é apenas um pré-requisito para estar vivo, nada mais. Jesus justifica seu comentário dizendo o seguinte: “Os maus também ajudam as pessoas que gostam. Os pecadores também cuidam de sua família. As pessoas de má fama também emprestam dinheiro para quem sabem que receberão a grana de volta.”
Os maus fazem todas estas coisas, assim como nós fazemos, e muitas vezes achamos que nós somos sensacionais... Ao ajudarmos um amigo ou um parente dormimos com a consciência um pouco mais leve, dando uma piscada para Deus e dizendo pra Ele: “Tá vendo? Não sou tão mal assim...”, com uma pontinha de orgulho. Um tipo de vaidade invertida, até massageando o ego. Jesus diz que ajudar quem nos ajuda, ajudou ou que possa nos ajudar, ou ajudar as pessoas que amamos não nos faz melhor que qualquer pessoa má, pois estas, mesmo que movidas por interesses, também fazem igual.
Jesus quebra a lógica das relações humanas. Jesus funda uma nova forma de enxergar a vida. Jesus, sem a pretensão de sê-lo, torna-se um filósofo original ao afirmar: “Faça o bem a quem te faz o mal. Ame quem te odeia. Ajude quem não te ajuda. Não pague o mal que te fazem com o mal, mas pague o mal com o bem”. Jesus emenda: “Caso façam isto, aí sim, poderão ser chamados de Filhos do Deus Altíssimo, pois estarão agindo como Deus, que manda chuva sobre a lavoura dos bons e dos maus e manda o sol para aquecer os bons e os maus, não fazendo distinção de pessoas”.
Se aqueles que se dizem seguidores de Jesus agissem como Ele ensinou, o mundo seria outro.
Temos a escolha de sermos como os maus, ajudando quem nos ajuda, ou sermos como o Pai, que ajuda a todos nesta vida, retribuindo a indiferença e a ingratidão humana com chuvas, calor, saúde e coisas boas, mesmo para aqueles que Dele zombam nesta vida.
Tenho descoberto que não possuo qualquer autoridade para separar as pessoas em grupos de bons e maus, posto, eu mesmo estar mais atuante no grupo dos que são como os maus, que ajudam apenas os amigos, do que no grupo dos bons, que como Deus, ajuda inclusive os inimigos.
(Saiba mais sobre este discurso de Jesus lendo o capítulo sexto do Evangelho segundo São Lucas)
Diante de um ser humano que pensa majoritariamente em si mesmo e em seus interesses, encontrar pessoas que se preocupam com amigos e familiares é coisa rara, grata e até emocionante. Os que ajudam os irmãos, que estão sempre prontos para dar uma “força” aos amigos e preocupam-se com o bem estar dos familiares são celebrados como justos, bons, verdadeiros cristãos... Exemplos a serem seguidos: Filhos de Deus.
Quando me deparo com o discurso de Jesus, me assusto, pois Ele compara estas pessoas, tão melhores que a maioria de nós, a pessoas más. Jesus, no arcabouço de seu raciocínio, nos explica que não existe qualquer vantagem em ajudar as pessoas que amamos. Não existe qualquer mérito em “dar uma mãozinha” ao meu amigo de quem tanto gosto. Ele diz que isto é apenas um pré-requisito para estar vivo, nada mais. Jesus justifica seu comentário dizendo o seguinte: “Os maus também ajudam as pessoas que gostam. Os pecadores também cuidam de sua família. As pessoas de má fama também emprestam dinheiro para quem sabem que receberão a grana de volta.”
Os maus fazem todas estas coisas, assim como nós fazemos, e muitas vezes achamos que nós somos sensacionais... Ao ajudarmos um amigo ou um parente dormimos com a consciência um pouco mais leve, dando uma piscada para Deus e dizendo pra Ele: “Tá vendo? Não sou tão mal assim...”, com uma pontinha de orgulho. Um tipo de vaidade invertida, até massageando o ego. Jesus diz que ajudar quem nos ajuda, ajudou ou que possa nos ajudar, ou ajudar as pessoas que amamos não nos faz melhor que qualquer pessoa má, pois estas, mesmo que movidas por interesses, também fazem igual.
Jesus quebra a lógica das relações humanas. Jesus funda uma nova forma de enxergar a vida. Jesus, sem a pretensão de sê-lo, torna-se um filósofo original ao afirmar: “Faça o bem a quem te faz o mal. Ame quem te odeia. Ajude quem não te ajuda. Não pague o mal que te fazem com o mal, mas pague o mal com o bem”. Jesus emenda: “Caso façam isto, aí sim, poderão ser chamados de Filhos do Deus Altíssimo, pois estarão agindo como Deus, que manda chuva sobre a lavoura dos bons e dos maus e manda o sol para aquecer os bons e os maus, não fazendo distinção de pessoas”.
Se aqueles que se dizem seguidores de Jesus agissem como Ele ensinou, o mundo seria outro.
Temos a escolha de sermos como os maus, ajudando quem nos ajuda, ou sermos como o Pai, que ajuda a todos nesta vida, retribuindo a indiferença e a ingratidão humana com chuvas, calor, saúde e coisas boas, mesmo para aqueles que Dele zombam nesta vida.
Tenho descoberto que não possuo qualquer autoridade para separar as pessoas em grupos de bons e maus, posto, eu mesmo estar mais atuante no grupo dos que são como os maus, que ajudam apenas os amigos, do que no grupo dos bons, que como Deus, ajuda inclusive os inimigos.
(Saiba mais sobre este discurso de Jesus lendo o capítulo sexto do Evangelho segundo São Lucas)
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FONTE: Bloggernacle Times
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NOTA: Muito bom, esse texto do Luciano Maia, pastor da Igreja Metodista em Brasília. A reflexão dele é muito oportuna, sobretudo porque uma das tendências mais imediatas do ser humano, inclusive do cristão, é reagir de imediato à injustiça com... outra injustiça, é claro - e eu me incluo nessa. Boa reflexão para os dias individualistas que vivemos todos.
2 comentários:
Esse texto define um dos grande dilemas da vida, de quem nos aproximamos, nos afeiçoamos e a lealdade dessas pessoas!
Querido Rafael,
É verdade, mas o texto vai além, ele diz que, ao contrário do que nós mesmos deejamos, devemos amar nossos inimigos. Esse é um dos grandes - talvez o maior - desafio dos cristãos.
Um abraço, comente sempre aqui no meu Blog!
:)
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