No dia 03 de outubro de 2010, serão realizadas eleições para todos os cargos políticos eletivos desta nação, exceto para prefeitos e vereadores. As principais matérias de cunho anticristão, tais como aborto, casamento gay, projeto de lei da homofobia, projeto de direitos autorais da internet e outras, estão estrategicamente escondidas nas gavetas do Congresso esperando o término dessas eleições para voltarem com toda força. No momento, os crentes, que sempre foram considerados o atraso da sociedade brasileira pela grande maioria dos políticos, estão sendo paparicados e adulados.
Creio que isso não é novidade para nenhum dos leitores.
Como também não é novidade a certeza de que muitos políticos descrentes têm de que é muito fácil comprar o voto dos evangélicos a partir de propostas indecentes para seus pastores. Eles sabem que a fé e a moral desses pastores são bem relativas -- com as raras e abençoadas exceções de sempre.
Pois bem, assim que os próximos deputados federais e senadores tomarem posse, em 2011, todos os assuntos antibíblicos engavetados e camuflados voltarão à pauta. E os crentes voltarão a ter o cheiro ruim de fundamentalismo e atraso que eles sempre disseram, depois de eleitos.
Se esses projetos contrários à Bíblia se converterem em Lei -- como já aconteceu na Argentina, no Chile e na Suécia, berço dos missionários que fundaram e organizaram a Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Brasil -- eu tenho algo muito grave a dizer. Se essas leis vieram a prejudicar a sociedade brasileira, é por culpa principalmente dos pastores da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.
Por que?
Porque seus templos recebem a visita de todos os candidatos com pretensão ao Congresso Nacional. Os homens que decidirão o destino das leis. Esses pastores sabem exatamente o que deve e o que não deve ser feito com os votos dos membros das suas Igrejas. E digo mais: que é muito difícil um aspirante ao Congresso Nacional, hoje, conquistar seu cargo sem votos de evangélicos.
Se, na próxima legislatura, as crianças e adolescentes de nossas Igrejas voltarem para casa com uma cartilha de homoafetividade na mão, impressa com autorização do MEC, como está acontecendo no Chile; se, no dia de amanhã, pastores forem obrigados a mudar a liturgia ministerial em suas Igrejas para se adequar à lei de homofobia, como aconteceu na Suécia; se, no dia de amanhã, quebraram as portas de templos evangélicos para celebrar casamentos e outros eventos para gays e lésbicas, eu vou culpar e responsabilizar principalmente os pastores da "minha" Igreja -- a Igreja Evangélica Assembleia de Deus.
Vou culpar por não conscientizarem seus membros, porque eu não me atreveria a pensar que os culparia por negociar os votos potenciais de suas Igrejas em favor de ímpios por dinheiro ou vantagens inescrupulosas. Ou por empregos para parentes, terrenos para templos ou cinco milheiros de blocos.
Senhores pastores, o voto evangélico representa, no mínimo, 25% dos eleitores desta nação. Não costumamos votar com base em vida religiosa dos candidatos, mas por sua potencial competência. Mas, de agora em diante, os candidatos comprometidos com causas inimigas da Igreja, ainda que vierem vestidos de branco e trazendo auréola de santos, não merecem o nosso voto. Não devem receber um voto que seja de um cristão que tenha temor de Deus.
E, por falar em temor de Deus, antes de votar em outubro pergunte para seu travesseiro: o deputado federal e os dois senadores em que estiver pensando em votar vão respeitar os interesses cristãos diante de um projeto que venha a prejudicar a Igreja? Se tiver dúvidas, não vote neles.
E, se seu pastor estiver fazendo campanha ostensiva ou disfarçada na Igreja em favor de candidatos que só aparecem na Igreja no período eleitoral, reúna alguns irmãos e peçam explicações a ele. Não seja omisso, pois no dia em que seu filho ou neto voltar para casa com uma cartilha gay ou sua Igreja for obrigada a realizar casamentos gays, ou for proibido ler a Bíblia inteira no púlpito, a culpa vai ser do seu pastor e também sua, porque não fez nada, a não ser criticar.
Isto é muito duro, mas é melhor dizer agora -- antes das eleições.
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Texto de João Cruzué, autor do Blog Olhar Cristão: http://olharcristao.blogspot.com/
Gravura: "O Beijo" - desconheço o autor.
Revisão: Maya
6 comentários:
Prezada Maya,
Graça e paz!
Parabéns pela postagem.
Cheguei a ela através do seu conceituado blog.
Acabo de criar uma coluna no Point Rhema sôbre Voto Consciente e já reverberei por lá, lógico com o devido crédito ao João Cruzue e a você.
Um grande abraço!
Pr. Carlos Roberto
Infelizmente essa torpeza não é exclusividade das lideranças da Assembléias de DEUS. Ela tem se espalhado como praga em todas as denominações evangélicas, movida pelos mesmos torpes motivos.
É lamentável verificar que pastores tem se deixado levar por essa linha de conduta, que tem por único objetivo satisfazer a própria carne.
Não bastasse adulterarem o significado original dos títulos atribuídos aos sacerdotes para criarem um hierarquia voltada para o jogo de poder - secular e carnal, portanto -, passam a associar-se aos políticos da pior estirpe, isso quando eles mesmos não se tornam tais e quais.
Hoje não basta ser pastor ou missionário: há que ser bispo, apóstolo, patriarca, tudo para satisfazer a vaidade desses líderes. Já deve haver algum deles se preparando para ser consagrado a "Messias" daqui a pouco, não duvido, pois até mesmo isso está escrito. Porém, eles vão mais além, induzindo os rebanhos sob sua responsabilidade ao erro.
Temo por eles quando o dono do rebanho os chamar para a prestação de contas.
Não seja assim conosco. Amém.
Maya passei para conhecer seu blog ele é not°10, show, espetacular desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua familia
Um grande abraço e tudo de bom
Ass:Rodrigo Rocha
Robson Lelles veja esse artigo onde o “rev.” Moon é coroado “messias” em plena Casa Branca nos EUA! http://www.espada.eti.br/n1932.asp
A melhor pergunta seria: Qual seria o posicionamento de um senador ou um deputado federal evangélico, tendo que combater essa lei. Será que eles vestiriam a camisa e assumiriam o que são? Com certeza isso é uma incógnita.
Me impressiona q os evangélicos, não apenas os da Assembéia como de todas as denominações (menos os da universal, cujo papa aparece no youtube defendendo o aborto) votem é na Dilma. O currículo dela, por si só, já deveria repelir qualquer cristão. Mas ter um vice satanista (ele é chamado de Marlon, no livro Filho do Fogo, de Daniel Mastral, q vem a ser seu filho) e o povo de Deus não fazer nada é de chorar e ranger os dentes. Volta, Jesus!
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